Mercado hoje: balanços de bancos nos EUA e dados do varejo no Brasil são destaques
Resultados do JPMorgan, Citi, Wells Fargo e Blackrock serão divulgados antes da abertura das bolsas de Nova York
O setor financeiro abre a temporada de balanços dos EUA do segundo trimestre hoje, com resultados do JPMorgan, Citi, Wells Fargo e Blackrock antes da abertura das bolsas de Nova York.
Na agenda enxuta do dia estão previstos apenas o índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos preliminar de julho e as expectativas de inflação em 1 e 5 anos, apurados pela Universidade de Michigan.
Aqui, os dados de vendas no varejo restrito e ampliado no País em maio saem na abertura dos negócios.
Os investidores vão monitorar ainda a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), para tratar do lançamento do programa Desenrola Brasil na próxima semana.
Também acompanham a participação em eventos dos ministros Geraldo Alckmin (Indústria e vice-presidente) e Simone Tebet (Planejamento) e do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy.
No exterior
As Bolsas de Nova York e as bolsas europeias acumulam ganhos na semana e repercutem a desaceleração da inflação ao consumidor (CPI) e no atacado (PPI) nos Estados Unidos, que praticamente consolidaram nos últimos dias nos mercados as aposta em apenas mais uma alta de juros nos EUA no atual ciclo, na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no próximo dia 26.
Em Wall Street, a Unitedhealth, controladora da Amil, divulgou lucro líquido e receita acima do esperado por analistas no segundo trimestre e, na sequência, a ação da empresa do setor de saúde subia quase 3% no pré-mercado. A empresa teve lucro líquido de US$ 5,47 bilhões de abril a junho, maior do que o ganho de US$ 5,07 bilhões apurado em igual período do ano passado.
Na Europa, mais cedo, pesquisa da Eurostat mostrou que a zona do euro registrou significativa queda no déficit comercial ajustado, de 900 milhões de euros em maio, bem menor do que o previsto no mercado, de 5 bilhões de euros. Em abril, o bloco havia registrado saldo negativo bem maior, de 8 bilhões de euros, de acordo com dado revisado.
No Brasil
O fôlego curto das bolsas internacionais pode limitar os ajustes na B3 após o rali ontem, diante do otimismo externo sobre a política monetária americana e a queda do dólar abaixo de R$ 4,80, aos R$ 4,7903 no mercado à vista.
Os investidores devem repercutir na Bolsa também captações corporativas, como a da Azul no exterior e ofertas secundárias de ações, a exemplo de BRF e MRV.
Podem trazer desconforto as novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao mercado financeiro e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à RecordTV, exibida na noite desta quinta-feira, 13. O presidente afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não foi indicado para agradar a “Faria Lima”, mas para tentar resolver a vida do povo pobre do País.
O presidente questionou novamente a atual taxa básica de juros, de 13,75%, disse que a “Faria Lima” apoia a política monetária do BC para fazer especulação e que Campos Neto tem função de “gerar empregos e fazer a economia crescer”, voltou a questionar os objetivos dele, a quem se referiu como “esse cidadão”.
Também o debate sobre a reforma tributária segue no radar. Appy disse ontem que a equipe econômica já trabalha em várias frentes da reforma sobre o imposto de renda, mas a decisão do que será enviado ao Congresso e quando irá para o Legislativo é política. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já disse que gostaria de enviar a proposta junto do Orçamento de 2024, no final de agosto.
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