Mercado

Mercado hoje: decisão sobre juros do Fed norteia agenda do dia

Dados de varejo no Brasil em abril e o índice de inflação ao produtor (PPI) dos EUA em maio também devem ser analisados pelos investidores

Números sendo mostrados em uma tela
Os pontos da bolsa ajudam o investidor a tomar decisões, servindo como referência para as carteiras. Foto: Adobe Stock

Os dados de varejo no Brasil em abril e o índice de inflação ao produtor (PPI) dos EUA em maio devem ser analisados pelos investidores.

Os indicadores serão divulgados antes do anúncio à tarde da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e da entrevista coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell.

Reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com empresários, prefeitos e o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, também serão monitoradas.

No exterior

Investidores aguardam a decisão de juros do Fed à tarde, um provável novo corte de juros de longo prazo na China na próxima semana e repercutem um aumento de 0,1% da produção industrial na zona do euro em abril, que contrariou previsões de estabilidade dos analistas.

Ontem, a desaceleração na alta dos preços ao consumidor em maio nos Estados Unidos consolidou a ideia de que o banco central americano irá pausar seu ciclo de alta de juros na decisão desta quarta-feira. Porém, o mercado focou na reunião de julho do Fed, quando há uma forte expectativa por uma nova elevação de taxas. O mercado estará de olho no tom de Powell, na coletiva de imprensa.

No Brasil

O Ibovespa pode se beneficiar do bom humor persistente nas bolsas lá fora, após uma realização parcial de ganhos recentes ontem.

Os investidores vão olhar os dados de varejo no País na abertura dos negócios. O setor deve desacelerar em abril ante o forte resultado positivo de março em meio a condições de crédito mais desafiadoras. Os dados devem corroborar os sinais de desaceleração da demanda doméstica, que vem se refletindo em alívio da inflação no País e em apostas crescentes em início de corte da Selic a partir de agosto.

As discussões sobre o arcabouço fiscal também serão monitoradas. O relator da proposta no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou ontem à noite que a equipe econômica prefere não atrasar a tramitação do projeto fiscal em nome de eventuais alterações que possam garantir maior espaço para as despesas discricionárias em 2024.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que pactuou com Aziz “parcimônia” na discussão sobre eventuais ajustes no texto, caso eles se apresentem necessários. Haddad confirmou que a pasta ainda tentará sensibilizar o Parlamento para debater o assunto no segundo semestre, dentro da segunda fase da reforma tributária.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que os setores econômicos dão sinais de que estão de acordo com a reforma tributária e que avistou ruído, nos últimos dias, apenas entre os governadores.

*Com informações da Agência Estado

Desvende a macroeconomia por meio de exemplos do cotidiano. Confira este curso oferecido pela B3!