Mercado hoje: decisão sobre juros na Europa dita mercados
Também serão divulgados dados de atividade dos Estados Unidos. No Brasil, o volume de serviços de abril é destaque.
A decisão sobre os juros do Banco Central Europeu, seguida de entrevista coletiva da presidente de Christine Lagarde, atrairão as atenções dos mercados nesta quinta-feira, 15/06.
Também serão divulgados os dados de atividade dos Estados Unidos. No Brasil, o volume de serviços de abril, que tende a desacelerar, é destaque.
No exterior
O Fed, o banco central dos EUA, manteve nesta quarta-feira, 15/06, o nível de seus juros, como era amplamente esperado. Contudo, também sinalizou aumentos da taxa até o fim deste ano. O anúncio impôs volatilidade aos negócios, mas houve certo alívio depois que o presidente do BC americano, Jerome Powell, esclareceu que uma decisão para a reunião de julho ainda não foi tomada.
Agora, os investidores avaliarão os números do varejo e da indústria norte-americana, que podem ajudar a balizar as expectativas para os juros.
Investidores na Europa aguardam a decisão de juros do BCE, que deve elevar a taxa em mais 25 pontos-base. Isso porque a inflação na zona do euro segue muito acima da meta oficial de 2%, ainda que tenha desacelerado significativamente desde o pico que atingiu em outubro do ano passado.
Na Ásia, as bolsas fecharam em lados distintos depois da divulgação de dados de atividade da China mostrarem fraqueza econômica. Eles sugerem que Pequim seguirá adotando medidas de estímulos.
No Brasil
As expectativas de que a China continuará adotando medidas para estimular sua economia podem influenciar o desempenho do Ibovespa. Da mesma forma, os mercados ainda tendem a seguir reagindo positivamente à decisão da S&P Global.
Ainda com os negócios funcionando, ontem a agência surpreendeu ao revisar de estável para positiva a perspectiva do rating BB- do Brasil, levando à queda do dólar e dos juros futuros e alta do Ibovespa, que fechou em 119.068,77 pontos, em alta de 1,99%, no maior valor de fechamento desde 21 de outubro.
A decisão também foi comemorada pelo governo, reforçando sua cobrança para a queda da Selic. O anúncio tende a atrair mais investimentos e acelerar as pautas do Executivo no Congresso, segundo analistas.
Ao comentar mudança do rating, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Três Poderes se harmonizaram e que agora falta o Banco Central se somar a esse esforço. Porém, economistas ponderam que o Brasil precisa seguir avançando para obter o grau de investimento.
*Com informações da Agência Estado
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