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Mercados financeiros hoje: redução do preço da gasolina fica no radar, em meio à alta de mais de 1% do petróleo

No exterior, mercados ainda focam nos sinais sobre a trajetória de juros nos EUA

Bomba abastece carro em posto. de combustível
Combustíveis têm bastante peso na inflação. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O destaque local desta sexta-feira, 20/10, é a redução dos preços da gasolina pela Petrobras a partir deste sábado (21/10). Na agenda, será divulgado o IBC-Br de agosto. A 12 dias da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), os mercados ficam atentos lá fora aos discursos dos dirigentes Patrick Harker (Filadélfia) e Loretta Mester (Cleveland).

No exterior, foco se mantém nos juros nos EUA

O petróleo segue em alta firme, de mais de 1%, mas os rendimentos dos Treasuries recuam, após os longos terem renovado ontem máximas desde 2007 em meio à expectativa de que o Fed mantenha juros em sua reunião de novembro, daqui a 12 dias.

Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a inflação nos EUA segue muito alta e provavelmente exigirá crescimento econômico menor, deixando aberta a possibilidade de que os juros americanos voltem a ser elevados mais adiante, após a manutenção das taxas no mês passado.

O presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, reforçou ontem que os EUA estão em um momento em que é possível deixar os juros no nível atual. Os futuros de NY caem levemente, mas na Europa a queda das bolsas supera 1% em Paris e Frankfurt.

Mais cedo, foi divulgado que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha caiu 14,7% em setembro, mais do que a estimativa de queda de 14,2%. No Reino Unido, as vendas no varejo caíram 0,9% em setembro ante agosto, bem pior do que a expectativa de analistas de -0,1%.

No Brasil, mercado reage à redução do preço da gasolina

A curva de juros deve se ajustar em baixa à redução dos preços da gasolina, em meio também ao recuo dos rendimentos dos Treasuries. O mercado deve revisar suas projeções para IPCA e pode também ajustar as apostas para o total de cortes da Selic, embora um corte de 50 pontos-base daqui a duas semanas já esteja bem precificado.

O anúncio da redução impacta também as ações da Petrobras, que devem subir, impulsionadas ainda pelo avanço de mais de 1% do petróleo. O IBC-Br tende a ficar em segundo plano, embora o recuo esperado de 0,60% em agosto, após alta de 0,44% em julho, também seja fator para alívio nas taxas.

*Agência Estado

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