Como avaliar um título de CDB?
Descubra quais fatores devem ser considerados na hora de escolher um título
Títulos de renda fixa, como os Certificado de Depósitos Bancários (CDBs), são conhecidos por riscos menores e uma clareza maior na hora de prever os ganhos. Mas como saber qual é o melhor título para você?
Veja a seguir como escolher o CDB que se adequa melhor às suas expectativas:
Como avaliar a segurança de um CDB?
Na prática, quem compra um CDB está emprestando dinheiro ao banco emissor do título, e o retorno para o investidor corresponde ao valor emprestado acrescido de juros.
A segurança é uma das principais características que levam investidores a escolher o CDB, pois a chance de calote, ou seja, a possibilidade de um banco falir e não honrar as dívidas, é remota. Mas ainda há a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), associação que oferece indenizações no caso de falência das instituições emissoras.
A ideia de segurança pode servir como primeiro guia ao investidor – CDBs emitidos por bancos de grande porte e consolidados no mercado podem ser mais seguros do que aqueles oferecidos por instituições menores. Como risco e retorno caminham em direções opostas, é possível que uma instituição menor ofereça um prêmio maior (juros) ao investidor ao longo do tempo.
Uma maneira prática de escolher um título é analisando as notas de crédito que as instituições recebem das agências de classificação de risco. O sistema de pontuação varia entre cada agência, mas, no geral, pode-se dizer que, quanto mais próxima de AAA, mais bem avaliada é a instituição.
Quais são os tipos de CDB?
Assim como boa parte dos produtos voltados para pessoa física, o CDB tem valores relativamente baixos de aporte inicial, o que facilita a entrada dos investidores. É sobre esse valor que será calculado o retorno do título.
O CDB é uma alternativa à poupança? Saiba mais
Os CDBs podem ser divididos em três categorias, de acordo com o tipo de rentabilidade que oferecem.
CDB prefixado é aquele cujo rendimento é conhecido no momento da aquisição do título, correspondendo ao aporte inicial mais a taxa de juros definida pela instituição emissora. O CDB prefixado pode ser ideal para o investidor que quer prever com exatidão qual será o retorno, obtido na data de vencimento do título.
Já o CDB pós-fixado é aquele cuja remuneração está atrelada a um indicador da economia, na maior parte das vezes, à taxa DI. A rentabilidade varia ao longo do período do investimento – da data do aporte inicial até o vencimento –e de acordo com o indicador. Se, no período da aplicação, houver um aumento da taxa DI, a rentabilidade também irá crescer; se, por outro lado, a taxa DI sofrer uma queda, o título terá menor rendimento.
Além da taxa DI, podem servir como indicadores o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a taxa básica de juros (Selic). A grande vantagem do investidor de CDB pós-fixado é a rentabilidade significativa – há títulos, por exemplo, que rendem mais de 200% da taxa DI. Já no caso de estar atrelado ao IPCA ou Selic, a vantagem é que o rendimento nunca será menor que a inflação ou os juros, ou seja, o CDB pós-fixado pode ajudar o investidor a manter o seu poder de compra frente às flutuações econômicas.
Há também os CDBs híbridos, quando uma parte do rendimento é definida no momento de compra do título, e outra fica atrelada a algum indicador econômico. Pode ser uma boa escolha para se obter rendimento acima da inflação, isso acontece quando a parte pós-fixada é o IPCA.
Qual seu prazo? Qual seu objetivo?
Uma recomendação dos especialistas em finanças é que o prazo do investimento esteja de acordo com os objetivos. No caso dos títulos de renda fixa, em que há um período considerável entre a aplicação inicial e a data do vencimento, seguir essa recomendação é essencial.
Por exemplo, se o objetivo do investimento são férias que serão realizadas em três anos, é necessário que a data de vencimento do CDB seja anterior ou próxima à da viagem. Porém, se o objetivo é a aposentadoria, o investidor pode optar por datas mais longas de vencimento.
Há quem invista em CDB para criar uma reserva de emergência. Nesse caso, deve-se dar preferência aos títulos que oferecem liquidez diária, ou seja, aqueles que permitem que o dinheiro aplicado seja resgatado a qualquer instante. Em geral, o rendimento dos títulos com maior liquidez é menor. Hoje, é possível encontrar CDBs com liquidez diária cujo rendimento ao ano equivale à taxa DI, isso é, 13,5% ao ano.
Importante lembrar também que o CDB com liquidez diária–- assim como os prefixados, os pós-fixados e os híbridos – tem cobrança do Imposto de Renda na data do resgate. A alíquota decresce com o tempo, logo, resgates mais ágeis terão maior cobrança de imposto. A tabela completa é a seguinte:
- 22,5% até 180 dias
- 20,0% de 181 a 360 dias
- 17,5% de 361 a 720 dias
- 15% acima de 720 dias
É bom lembrar que a alíquota incide sobre os ganhos, não sobre o valor total aplicado.
Peça ajuda aos universitários
Se, mesmo após considerados todos os quesitos que listamos acima – segurança, prazo, objetivos, rendimento e liquidez –, você ainda não está seguro para se decidir entre um e outro título de CDB, a recomendação é buscar o apoio de uma corretora de valores.
A instituição tem profissionais capacitados para reconhecer as circunstâncias de cada cliente e sugerir os investimentos que melhor se adequam a elas. Também há corretoras que disponibilizam simuladores de investimentos. Por meio de uma plataforma digital e considerando aspectos como aporte e prazos disponíveis, a ferramenta calcula qual título de renda fixa é o mais indicado para o investidor.
Os simuladores da Rico e do BTG Pactual são duas dessas ferramentas e funcionam mediante cadastro de dados.
Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.