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3 opções de investimento para presentear as crianças nesse Natal

Confira as vantagens e desvantagens de opções como Tesouro Direto, fundos de previdência e ações

Criança colocando moedas dentro de um cofrinho.
Para a consultora internacional de educação financeira Cássia D’ Aquino, é importante tratar de finanças com as crianças a partir de quatro premissas bem concretas.

Quem tem crianças na família conhece bem a saga da compra de presentes nas datas comemorativas. A busca por um brinquedo ou livro que a criança vá gostar (e ainda não tenha), as lojas lotadas e a tentativa de encontrar um presente inusitado e útil, que não vá ficar jogado na prateleira logo depois de aberto. Por outro lado, há a preocupação com o futuro dos pequenos. Pensando nisso, que tal unir as duas pontas e dar investimentos como presente?

Qual a vantagem de começar investimentos desde criança?

Ensinar a investir é algo que pode começar desde cedo. Além do benefício financeiro que a criança terá ao receber os recursos quando for mais velha, a dica é usar esse presente para envolver o jovem nas conversas sobre dinheiro e educação financeira. Afinal, de nada adianta a pessoa receber uma bolada ao fazer 18 anos e gastar tudo sem pensar.

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Para Luciana Ikedo, especialista em finanças, o ideal é mostrar para a criança presenteada como o patrimônio vai crescendo ao longo do tempo. “Quando você ensina que não há necessidade de gastar, que quando você abre mão de algo que quer agora para investir no futuro o recurso aumenta, a criança ou o adolescente vê o resultado do esforço”, diz ela.

Larissa Frias, planejadora financeira do C6, lembra que a tecnologia trouxe recursos em que fica fácil essa visualização. “Hoje, o mercado tem opções de conta ou investimento para menores, e esse instrumento ajuda os pais, para que consigam conduzir a criança”, diz.

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“Ao ensinar disciplina, mostrando que é preciso fazer escolhas, renúncias e priorizar o que você quer, o jovem começa a se preparar para a vida adulta”, completa Larissa.

Quais as opções de investimentos para crianças

Tesouro Educa + vale a pena para crianças?

Lançado neste ano, o Tesouro Educa+ tem como objetivo servir como uma renda complementar para custear estudos, sejam eles de ensino superior, especialização, cursinho pré-vestibular e até mesmo uma escola particular durante o ensino médio.

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São títulos indexados pela inflação que oferecem uma rentabilidade real sobre o dinheiro investido. Quando a criança alcança a idade para começar uma faculdade, ela começa a receber uma renda mensal, por cinco anos

“Uma vantagem é que o simulador é muito simples, você coloca a idade da criança, o momento em que quer que ela comece a receber a renda, e o valor que quer alcançar. E tudo isso já no nome da criança”, diz Luciana.

Carteira de ações

Outra opção, menos comum entre os brasileiros, mas que tem ganhado força, é a compra de ações para crianças. “Olhando para um prazo mais longo, as ações têm um potencial de valorização interessante”, afirma Luciana Ikedo.

“Em um horizonte longo de tempo, opções fora da renda fixa tendem a superar o CDI”, completa Larissa Frias.

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Para montar uma carteira de ações, ambas sugerem diversificar os investimentos, dividindo o recurso entre algumas empresas de ramos mais maduros da economia, com menor risco e pagadoras de dividendos, e outros papéis de empresas mais focadas em crescimento, e até mesmo os ETFs.

Planos de previdência

Há ainda os planos de previdência privada como opção para investir pensando nos pequenos. “Geralmente, quando você vai presentear uma criança ou adolescente, tem um prazo longo para o investimento, muitas vezes para a faculdade ou para quando a pessoa faz 18 anos. Com esse tempo, os planos de previdência se encaixam super bem”, diz Larissa Frias, do C6.

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Segundo ela, o interessante dessa opção são os benefícios tributários no longo prazo, e a vantagem de não haver pagamentos de imposto ao longo do período de acumulação. “No regime regressivo, esse investimento atinge a alíquota mínima de 10% de imposto”, ressalta.

Há inclusive instituições que permitem colocar o plano no nome do menor de idade, diz ela.

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