7 resoluções de ano novo para começar a investir em 2024
Colocar em ordem seu orçamento e começar a investir para o futuro pode ser sua meta para este ano
Começo de ano é um momento inspirador para colocar a vida em ordem. É quando muita gente se planeja para os próximos meses e cria a famosa lista de metas para o ano seguinte. Com a vida financeira não é diferente. Mas convenhamos que apostar na Mega da Virada não é lá a melhor forma de garantir um futuro tranquilo – a não ser para os sortudos que levaram a bolada.
Para te ajudar nesse planejamento, separamos sete dicas para organizar suas contas e se tornar um investidor em 2024. Confira!
1. Gastar menos do que ganha
O primeiro passo para se tornar um investidor é criar um orçamento e começar a gastar menos do que você ganha. Pode ser difícil, mas é necessário para começar a investir no seu futuro.
Para alcançar esse objetivo, é importante saber o quanto você ganha, o quanto costuma gastar por mês, e talvez seja necessário fazer ajustes. As planilhas de orçamento podem ajudar muito nessa tarefa (você encontra uma aqui).
Depois desse primeiro diagnóstico, avalie se seu padrão de gastos permite que você economize todo mês. Se a resposta for não, pesquise como mudar esses números. O bom de ter feito o orçamento antes é que, muitas vezes, você encontra gastos que não imaginava – como aquela assinatura de streaming que ficou no débito automático e você não usa mais. Ou seja, fica mais fácil visualizar para onde está indo seu dinheiro e onde é possível cortar.
2. Montar uma reserva de emergência
A reserva de emergência deve ser composta por em torno de seis meses dos gastos recorrentes. É um dinheiro que deve ficar guardado em investimentos líquidos e seguros, para usar caso haja algum imprevisto, como consertar o carro depois de uma batida, pagar uma consulta médica inesperada ou até mesmo segurar as contas em caso de desemprego.
“Quem tem uma reserva de emergência consegue dormir melhor à noite”, diz Florence Corrêa, planejadora financeira CFP pela Planejar.
Para calcular o quanto deve ficar nessa reserva, o ideal é multiplicar o seu gasto mensal por seis. “Esse valor depende de muitas coisas, como o quão estável a pessoa está no emprego, se tem filhos, e qual é sua empregabilidade. É algo que você precisa adequar à sua realidade, mas, em média, é algo em torno de seis meses”, diz Florence.
Confira opções de onde guardar sua reserva de emergência aqui.
3. Quitar as dívidas atrasadas
Para quem tem dívidas atrasadas, uma das prioridades é se organizar para voltar a ter as contas em dia. Para isso, comece identificando todas as dívidas, seu valor total e o valor das parcelas mensais de cada uma delas.
Depois disso, estabeleça as prioridades. O ideal é pagar primeiro as dívidas mais caras, normalmente as de cartão de crédito. E vale a pena buscar uma renegociação da dívida, a fim de chegar a um valor mensal com o qual você pode arcar.
Se for possível, peça um empréstimo mais barato para liquidar as dívidas mais caras.
4. Entender seu perfil de investidor
Antes de começar a investir, é importante saber qual o seu perfil como investidor. Isso vai nortear as escolhas de produtos para seu portfólio.
O perfil do investidor pode ser conservador, moderado, arrojado ou agressivo. Além da tolerância aos riscos, a análise para descoberta do perfil leva em consideração a situação financeira (renda e patrimônio), a idade, o conhecimento do mercado e, claro, qual a destinação que será dada para o dinheiro.
Essa análise, que é uma etapa básica, pode ser feita por meio dos testes de perfil de investidor, também conhecidos como “suitabitlity”, termo em inglês que pode ser traduzido como “adequação”.
Perfil do Investidor: o que é e por que é importante descobrir o seu?
5. Começar a investir para ter uma renda passiva
Para muita gente, um dos grandes objetivos de um investimento é conseguir uma fonte de renda passiva: aquele dinheiro que cai na conta periodicamente, sem que você precise trabalhar por isso. Se esse é o seu caso, existem alguns produtos que podem ajudar a construir sua carteira.
Na renda fixa, há títulos públicos e privados com essa característica. No Tesouro Direto, há o Tesouro prefixado com juros semestrais e o Tesouro IPCA+ com juros semestrais, além dos mais recentes Renda+ e Educa+. É também possível encontrar algumas ofertas de títulos de crédito privado, como CDBs, LCIs e LCAs, com pagamentos periódicos, ainda que sejam menos comuns.
Já para quem aceita mais risco, a renda variável também tem opções, como ações de empresas com bom histórico de pagamento de dividendos e fundos imobiliários.
6. Investir para alcançar seus sonhos
Definir um objetivo é uma das formas mais fáceis de conseguir economizar. Em vez de pensar no que você está deixando de comprar ou de fazer hoje, foque em como o dinheiro acumulado vai te ajudar a realizar sonhos no futuro.
Além da parte comportamental, definir seus objetivos e os prazos vai te ajuda a escolher onde investir. Ou seja, o dinheiro que você quer guardar para fazer uma viagem daqui a um ano pode ser investido de forma diferente dos valores que você pretende usar para comprar um apartamento daqui a cinco anos. Isso porque, para prazos mais longos, e a depender do seu perfil, é possível alocar seu patrimônio em produtos mais arriscados.
Estimar o quanto será necessário para alcançar cada sonho também determina o quanto você precisa economizar. Por exemplo: se você estima que vai gastar R$ 5 mil na viagem, divida o valor pelo número de meses até a data, e você terá uma estimativa de quanto precisa separar por mês para alcançar a quantia.
7. Investir no longo prazo
Já parou para pensar em sua aposentadoria? Pois deveria. Quanto mais cedo a reserva para a aposentadoria começar a ser montada, menos sacrifícios irá exigir no orçamento familiar. Isso porque os investimentos estarão mais expostos aos efeitos dos juros compostos, e permitem que o patrimônio multiplique, pois os rendimentos recaem sobre um valor cada vez maior por mais tempo.
Confira aqui o quanto você precisa poupar para se aposentar, de acordo com a sua idade.
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