Vale investir em duas corretoras diferentes? Como gerenciar isso?
Revisar investimentos, analisar taxa de corretagem e de custódia são algumas dicas para gerenciar seus ativos em diferentes corretoras
Por Rogério Piovezan
Ter carteiras de investimentos em diferentes corretoras pode trazer vantagens e desvatagens, mas, no fim, o que depende mesmo é o seu objetivo financeiro. Para organizar isso e acompanhar o desempenho dos seus ativos, não é mais preciso consultar o app de cada corretora. Já é possível verificar suas posições, de forma gratuita, através da Área do Investidor, da B3.
Revisar investimentos com certa frequência, analisar a cobrança da taxas de corretagem de cada corretora e reunir suas metas, assim como despesas e receitas, em uma planilha que seja de fácil visualização são algumas das orientações para se ter investimentos em diferentes corretoras. Mas se você não quer mais manter sua conta em duas corretoras diferentes, pode usar a portabilidade dos investimentos para consolidar sua carteira em uma só.
Por que escolher mais de uma?
Antes de mais nada, o investidor precisa se questionar sobre quais são seus objetivos financeiros e traçar metas. Isso significa entender, neste primeiro momento, qual ativo combina melhor com seu propósito e qual se encaixa no seu orçamento. Feito isso, vem a organização da carteira.
Existe um jeito simples de organizar essas informações, segundo a consultora financeira da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Carol Stange. “Idealmente, consolide suas informações: crie uma planilha ou utilize um consolidador financeiro para registrar seus investimentos em ambas as corretoras.”
São informações como:
- Nome do ativo
- Quantidade
- Preço médio
- Corretagem paga
- Data de compra/venda
“Acompanhe as cotações do dia com plataformas online ou aplicativos financeiros para acompanhar o desempenho dos seus ativos em tempo real. É importante analisar seus investimentos periodicamente para avaliar seu desempenho e fazer ajustes quando necessário”, explica.
Como gerenciar?
A melhor maneira de gerenciar as contas é analisar a taxa de corretagem e de custódia de cada uma delas e verificar qual está mais em conta e de acordo com seus objetivos.
“Uma boa ideia é concentrar determinadas classes de ativos em cada corretora”, pontua Stange. “Por exemplo, a carteira de ações e ETFs pode ficar na corretora que não cobra taxa de corretagem e os produtos de renda fixa podem ficar na corretora que oferece maior opção desses produtos.”
Área do Investidor
O investidor pode acompanhar seus produtos em diferentes corretoras em um só lugar através da Área do Investidor, da B3, onde existe agora a opção de portabilidade digital entre as corretoras. Você tem acesso, de forma gratuita, aos seus extratos e posições no mercado financeiro, além de poder transferir seus recursos de uma corretora a outra.
Assim, o programa consolida todas as posições que o investidor detém em papéis negociados ou registrados na Bolsa, mesmo que estejam em corretoras diferentes, o que facilita a gestão e visão geral dos investimentos.
Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3.