Organizar as contas

8 erros mais comuns dos casais quando o assunto é dinheiro

Conheça os comportamentos relacionados ao dinheiro que podem abalar sua vida de casal

Viver a dois já é um desafio por si só. Dividir experiências, rotina, família e boletos, muitos boletos…. a vida de casal é quase uma maratona. Por isso, para não deixar o dinheiro virar um problema no relacionamento, é importante se atentar a erros básicos que se pode cometer.

Para isso, o B3 Bora Investir e a especialista em finanças e comportamento Ana Paula Hornos, fizeram uma lista dos erros mais comuns que podem atrapalhar os casais neste aspecto.

Conheça os oito erros mais comuns dos casais quando o assunto é dinheiro:

1 – Manter a relação baseada no dinheiro

Este erro pode pode acontecer nas duas pontas (quando se tem um provedor e uma pessoa que é provida) da relação com o dinheiro. Os efeitos colaterais desse erro podem causar a superproteção, a dependência financeira e as relações abusivas. Comportamentos mobilizados pelo medo de perder a pessoa ou deixar de ser amado.

2 – Colocar-se como salvador(a)

Para a especialista, esse erro acontece muitas vezes na tentativa de ajudar, onde a pessoa age inadequadamente assumindo obrigações que não cabe a ela. O comportamento pode ser movido por sentimento de culpa ou de responsabilidade com o outro. Assim, a pessoa passa a cobrir dívida dos outros, emprestar a conta bancária e o próprio CPF para pessoas próximas, por exemplo.

3 – Endividar-se por amor

Outro erro comum, é causado pelo medo da separação ou a vontade de fazer a pessoa amada feliz. Isso pode levar a dívidas com a compra de presentes em demasia, de oferecer agrados não compatíveis com seu orçamento e por esconder a sua situação financeira real. Tudo isso para fazer com que o outro se sinta satisfeito, realizado e seja retribuído também com amor.

4 – Deixar a própria vida e os sonhos

Tanto do lado de quem se dedica a resolver problemas da pessoa amada como de quem tem a dificuldade, quando deixam de lado a própria vida e sonhos, ambos acabam perdendo a condução da própria vida, comprometendo sua autonomia e o próprio ganhar financeiro.

A pessoa que busca excesso de controle desenvolve uma obsessão que alimenta o sentimento de dependência e incapacidade do outro. Ambos são prejudicados e deixam de viver seus sonhos, por estabelecerem uma relação sufocante. O medo de ser abandonado também pode ser um disparador desse comportamento.

5 – Desenvolver vícios financeiros

Outro problema, muitas vezes não intencional, se dá com as compras compulsivas, onde a busca de emoções ou ganhos extraordinários nos investimentos podem ser desencadeados por desilusão amorosa ou pela tentativa de manter o objeto amado por perto. 

“A saúde no amor e no dinheiro está em estabelecer uma relação saudável consigo mesmo e com o outro, um verdadeiro equilíbrio entre amar o próximo como a si próprio. Está em conquistar uma relação justa”, afirma Ana Paula.

6 – Erro na comunicação

Conflitos financeiros são gerados por falta de empatia, julgamentos, falta de conhecimento dos sentimentos, crenças, valores e pensamentos do par. Todos esses fatores dificultam a negociação e o alinhamento da relação com o dinheiro do casal.

7 – Infidelidade Financeira

A infidelidade financeira se dá na quebra de confiança entre as pessoas em relação ao dinheiro. Desviar, omitir ou mentir sobre o assunto são os erros mais comuns que levam a gerar essa quebra.

8 – Não ter metas conjuntas

Assim como a individualidade é importante na relação com o dinheiro, não ter metas conjuntas também é um erro. “Não necessariamente precisa de conta conjunta, mas é importante o compartilhamento das prioridades e do conhecimento mútuo do orçamento”, afirma Ana Paula.

Como fazer para identificar e corrigir os erros sobre dinheiro

O primeiro passo para identificar os erros cometidos pelo casal é o autoconhecimento. Só por meio dele pode-se corrigir os comportamentos errôneos sobre dinheiro no relacionamento. A partir dele há outros passos que podem ajudar:

  • Diálogo por meio da técnica de comunicação efetiva;
  • Ampliar nível de conexão e empatia no casal;
  • Psicoterapia;
  • Fazer orçamento conjunto. Ter o dia definido para isso como rotina;
  • Ter espaço também para exercer autonomia (espaço para individualidade também é importante – algum centro de custo independente);
  • Respeito.

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