Ações do setor de serviços lideram ganhos da B3 no 1° semestre; veja o ranking
Levantamento feito com exclusividade para o Bora Investir mostra os desempenhos de cada setor da Bolsa no primeiro semestre deste ano
Por Guilherme Naldis
Que o setor de serviços é o maior empregador do Brasil, você já sabia. Mas, durante os primeiros seis meses de 2023, as sete ações que compõem o setor de “serviços diversos” da B3 também tiveram os melhores desempenhos na bolsa, segundo levantamento do Trademap. O retorno de 44,87% decorreu da expectativa de queda na taxa básica de juros, segundo especialistas ouvidos pelo Bora Investir.
Depois, vem a categoria dos tecidos, vestuário e calçados, com avanço de 42,35%, e a construção civil, que teve ganhos médios de 39,19% no semestre que se encerrou. Já as maiores perdas médias foram do setor de mineração, que regrediu 21,31%; computadores e equipamentos, com queda de 14,29%; e hotéis e restaurantes, com baixa de 7,86%.
Veja o ranking:
Posição | Quantidade de ações | Setor | Variação porcentual |
1° | 7 | Serviços diversos | 44,87 |
2° | 16 | Tecidos vestuário e calçados | 42,35 |
3° | 24 | Construção civil | 39,19 |
4° | 13 | Transporte | 30,87 |
5° | 11 | Exploração de imóveis | 28,14 |
6° | 4 | Viagens e lazer | 27,66 |
7° | 23 | Intermediários financeiros | 26,25 |
8° | 8 | Material de transporte | 19,83 |
9° | 4 | Madeira e papel | 17,97 |
10° | 10 | Diversos | 17,94 |
11° | 13 | Máquinas e equipamentos | 17,70 |
12° | 7 | Telecomunicações | 16,85 |
13° | 14 | Programas e serviços | 16,34 |
14° | 33 | Energia elétrica | 12,17 |
15° | 8 | Serviços financeiros diversos | 11,22 |
16° | 19 | Comércio | 10,86 |
17° | 10 | Serviços médico-hospitalares, análises e diagnósticos | 10,74 |
18° | 12 | Comércio e distribuição | 10,31 |
19° | 3 | Utilidades domésticas | 10,24 |
20° | 5 | Água e saneamento | 10,10 |
21° | 3 | Automóveis e motocicletas | 8,97 |
22° | 12 | Petróleo gás e biocombustíveis | 5,14 |
23° | 6 | Químicos | 4,88 |
24° | 3 | Holdings diversificadas | 4,35 |
25° | 8 | Previdência e seguros | 3,99 |
26° | 8 | Agropecuária | -0,29 |
27° | 9 | Alimentos processados | -1,57 |
28° | 4 | Construção e engenharia | -2,68 |
29° | 7 | Siderurgia e metalurgia | -4,52 |
30° | 3 | Hotéis e restaurantes | -7,86 |
31° | 3 | Computadores e equipamentos | -14,29 |
32° | 5 | Mineração | -21,31 |
Serviços na dianteira
O setor de serviços se destacou na colocação. O sentimento positivo dos investidores, que realizaram aportes nas empresas da categoria, foi incentivado pelos resultados de crescimento e consumo positivos deste ano.
“Serviços têm tido números positivos de crescimento no semestre, acima do esperado pela maior parte dos analistas”, afirma Rachel de Sá, chefe de economia da Rico.
A razão está na recomposição do poder de compra da população com a desaceleração da inflação, o que permite que maiores parcelas do orçamento sejam destinadas a gastos que não sejam essenciais. Também pesa a expectativa da queda na taxa básica de juros do Brasil, a Selic, nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Isso porque, à medida que os juros básicos caem e a curva de juros precifique taxas menores, as compras parceladas e a aquisição de crédito por parte da população ficarão mais baratos. Assim, os setores da economia ligados ao consumo tendem a se beneficiar, à medida que venderão mais e terão mais capital para se expandir.
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