BDRs

Meta, Tesla, Spotify… quais são os 10 BDRs com maiores retornos de 2023 – até aqui

Levantamento mostra os BDRs do índice BDRx que tiveram destaque no ano até agora. Ausência de Big Techs é sentida

Investir em grandes empresas internacionais não é algo exclusivo de investidores do exterior. Por meio dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) é possível aportar em companhias como Meta, Tesla, Google, Apple e muito mais.

Os BDRs não são propriamente ações, mas sim certificados de ações emitidos por empresas estrangeiras. Isso permite que sejam negociados no Brasil sem a necessidade de ter conta em uma corretora fora do país. Ele é negociado da mesma forma que uma ação local, com a mesma facilidade e em real.

Em 2023 diversos desses papéis tiveram ótimos retornos para seu investidor. Por isso, o Bora Investir trouxe para você conhecer os dez BDRs com melhores desempenhos. Confira a lista completa a seguir.

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Os 10 BDRs do índice BDRx com maiores retornos em 2023 – até aqui

O levantamento feito pelo consultor financeiro, Einar Rivero, trouxe os dez BDRs que fazem parte do índice BDRx com melhores retornos no ano de 2023, até a data de 9 de outubro.

O BDRx é um indicador do desempenho médio dos principais BDRs negociados na bolsa de valores brasileira. Para fazer parte dele, é necessário que o ativo possua formador de mercado, ou seja, uma pessoa jurídica cadastrada. 

Também é preciso ter presença em pregão maior ou igual a 95% no período de vigência das três carteiras anteriores e não ser Penny Stock (ação com cotação média inferior a R$ 1).

Nvidia, Meta e Coinbase no topo dos BDRs

O top 3 dos maiores retornos dos BDRs conta com a Nvidia e a Meta, ambas do ramo de tecnologia, ocupando as duas primeiras posições, com retornos de 202,33% e 157,95%, respectivamente. 

Segundo Celso Grisi, professor da FIA Business School, o desempenho da Nvidia foi baseado expressivamente em função dos avanços alcançados em Inteligência Artificial. “Isto tem produzido números muito favoráveis e os investidores estão priorizando a compra desses papéis”.

Já em relação à Meta, Grisi afirma que a revisão dos gastos em 2023, sobretudo no metaverso, postergando os planos feitos para esse produto e expansão dos reels em busca de liderança, foram os destaques que alavancaram a empresa.

Na terceira posição aparece a Coinbase, uma casa de câmbio digital ligada principalmente à criptomoedas. A companhia teve 121,05% de retorno no seu BDR. A empresa é seguida pela Tesla, que aparece em quarto lugar com desempenho de 104,83%.

Para o professor da FIA Business School, o modelo de negócios da empresa foi muito bem recebido por investidores. “Nesse modelo a receita depende principalmente das taxas de transação. Com isso seu desempenho financeiro tem sido impressionante, sobretudo nos últimos anos, com altas taxas de crescimento de receita, forte liquidez e margens de lucro favoráveis”.

Spotify como “intruso” em domínio de norte-americanos

Entre os dez BDRs com maiores retornos, sete deles são dos EUA. Contudo, em 5º lugar, uma empresa de Luxemburgo se destaca, o Spotify. A companhia teve retorno de 93,98% em 2023 até a data do levantamento.

“A recuperação do Spotify se deu em função da reorientação de seus recursos para a área de podcast e assinantes premium. Essas áreas trouxeram bons resultados financeiros aos seus negócios”, afirma Grisi.

As outras duas empresas não norte-americanas no ranking são a New Oriental Education, provedora de serviços educacionais privados na China, e a Transocean, da Suíça, cujos BDRs renderam 63,54%, igualmente.

A Transocean tem um total de 5.350 funcionários e está listada no setor de Energia e categorizada na indústria de Serviços e Equipamentos de Poços de Petróleo. “Esse último setor está se beneficiando dos preços mais altos do petróleo e isso traz boas perspectivas no médio prazo”, destaca o professor.

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Ausência de Big Techs consolidadas

Quem vê o levantamento pode sentir falta de empresas mais conhecidas do público brasileiro, principalmente como as Big Techs: Google, Amazon, Apple, Microsoft entre outras.

De acordo com Celso Grisi, estas empresas ainda estão ajustando seus negócios ao cenário macroeconômico norte-americano, desde o início do ciclo de aperto monetário dos Estados Unidos. Cortaram massivamente o número de funcionários e implantaram outras medidas para reduzir seus custos. 

“Com isso, os resultados só aparecerão em um futuro próximo, e os investidores brasileiros estão temerosos sobre a capacidade delas em entregar bons resultados”, completa.

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