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Desenrola: descontos nas dívidas renegociadas ultrapassam R$ 1 bilhão

Valor foi alcançado nos primeiros 10 dias da nova fase do programa Desenrola, que renegocia dívidas bancárias e de consumo

Desenrola Brasil
Lançado neste ano, o programa Desenrola Brasil do Governo Federal pretende diminuir o endividamento médio da população

A nova fase do programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola Brasil, atingiu R$ 1,03 bilhão em descontos sobre dívidas renegociadas desde o início do seu lançamento há dez dias.

As informações do Ministério da Economia, adiantadas pela agência ‘O Globo’, mostraram ainda que a plataforma chegou a atingir picos de 50 mil usuários ao mesmo tempo em busca de desnegativação.

Apenas a Caixa Econômica Federal já renegociou um total de R$ 51,1 milhões, em 11 mil contratos firmados com o banco nesta fase do Desenrola.

Desenrola: tudo sobre o novo programa de renegociação de dívidas do governo

Nesta etapa, através de uma plataforma online do governo, os brasileiros com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscritos no Cadastro Único do governo (CadÚnico) podem renegociar dívidas de até R$ 5 mil.

Os débitos podem ser bancários e de consumo – como contas de luz, água, varejo, educação – e precisam ter sido efetuados entre 2019 e dezembro de 2022. Dívidas com empréstimos consignados também são atendidos nessa fase, que vai até 31/12.

Condições de pagamento no Desenrola

As dívidas de até R$ 5 mil poderão ser renegociadas à vista ou parceladas em até 60 vezes. A taxa de juros será de 1,99% ao mês, com parcela mínima de R$ 50, e garantia do Tesouro Nacional.

Os débitos entre R$ 5 mil e R$ 20 mil também podem ser renegociados na plataforma, mas apenas à vista ou com o desconto oferecido pelo credor.

Desenrola Brasil: 16 perguntas e respostas sobre o programa

Segundo a Fazenda, 32 milhões de CPFs estão elegíveis ao programa, sendo que 21 milhões se encaixam no critério de dívida até R$ 5 mil e renda de até dois salários mínimos.

“Temos uma quantidade enorme de pessoas negativadas, por conta da pandemia e outros fatores. Agora há a possibilidade de ter um fim de ano um pouquinho mais folgado para os brasileiros, já com esse passivo resolvido”, afirmou o ministro, Fernando Haddad.

Balanço dos bancos

Entre os meses de julho e setembro, o programa renegociou R$ 15,8 bilhões em dívidas, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Na primeira etapa, só era permitida a renegociação de débitos com bancos e instituições financeiras.

O número de contratos negociados alcançou 2,22 milhões, beneficiando 1,73 milhão de clientes bancários.

Endividamento e inadimplência seguem altos

Apesar dos recentes esforços para diminuir o endividamento e a inadimplência dos brasileiros, o porcentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer está em 77,4%, segundo o levantamento de setembro da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Os consumidores de renda mais baixa, que recebem até três salários mínimos, são os que tiveram o maior aumento no volume de dívidas.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explica que o endividamento por si só não é sinônimo de um problema financeiro, a não ser que esteja atrelado à inadimplência. Nessa faixa de renda mais baixa, 38,6% dos consumidores admitiram ter dívidas atrasadas

Desenrola: quem pode participar do programa para renegociar dívidas

“Preocupa a alta do índice nas faixas de renda mais baixa e, inclusive, com tendência de aumento da inadimplência dessas famílias. Os desafios persistem especialmente em relação aos juros elevados do cartão de crédito, principal modalidade de endividamento”.

O cartão de crédito é a modalidade de dívida predominante, com 86,2% do total de endividados. Os juros nessa modalidade atingiram 445,7% ao ano.

No início de outubro, o Congresso aprovou uma lei que estabeleceu 90 dias para que instituições financeiras e bancos apresentem uma proposta ao Conselho Monetário Nacional de limite para os juros do rotativo do cartão.

Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentou uma proposta de limitar a 12 o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito e estabelecer um teto para a tarifa cobrada no uso das ‘maquininhas’. A proposta enfrenta resistência.

Golpes do Desenrola

O governo federal tem alertado que a única forma de participar do Desenrola é através do site do programa. O principal objetivo é evitar que a população caia em golpes

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