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Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 8,4 bilhões

Resultado foi puxado pelo crescimento da carteira de crédito que avançou em todos os segmentos: pessoa física, jurídica e agro

Faxada do banco do Brasil
Edifício sede do Banco do Brasil, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Banco do Brasil registrou lucro recorde no terceiro trimestre deste ano. O resultado vem na contramão do Bradesco e Santander que tiveram números decepcionantes. O bom desempenho faz com que as ações ordinárias (BBAS3) comecem o dia em alta de 0,59% a R$ 37,20, enquanto a Bolsa do Brasil (B3) cai 1,40%, aos 111.994 pontos, às 10h50.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 8,360 bilhões, avanço de 62,7% (R$ 5,139 bilhões) em relação ao mesmo período de 2021. Frente ao segundo trimestre deste ano, o ganho é de 7,1% (R$ 7,803 bilhões).

O resultado, que ficou acima do projetado pelo mercado, reflete “o crescimento da carteira de crédito com mix que apresenta um melhor retorno ajustado ao risco; a continuidade da diversificação na linha de serviços, que começa a refletir a monetização de novos modelos de negócios; a disciplina constante na gestão de custos; e a sólida posição de capital”, disse a instituição em nota.

Para o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, sua gestão entregou um retorno sobre patrimônio líquido de 21,8%, o que consolida um novo patamar de rentabilidade para a instituição.

“Os resultados que apresentamos se originam do bom desempenho da margem financeira bruta, da diversificação nas receitas com serviços, despesas sob controle e capital forte. Cada vez mais, utilizamos a inteligência de dados para subsidiar nossas decisões estratégicas”, disse Ribeiro em nota.

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Carteira de crédito

A carteira de crédito do BB avançou em todas as modalidades no terceiro trimestre e atingiu R$ 969,2 bilhões em setembro, alta de 19% em 12 meses. A carteira de pessoa física totalizou R$ 281,9 bilhões, com elevação de 10,9% em um ano. A boa performance foi puxada, segundo o banco, pelo aumento do crédito consignado, empréstimo pessoal e cartão de crédito.

No segmento de pessoas jurídicas, o portfólio era de R$ 354,8 bilhões no fim do trimestre, avanço de 20,2% na mesma base de comparação. A alta foi puxada por concessões para capital de giro, títulos privados e garantias e adiantamentos de contratos de câmbio e linhas de comércio exterior.

Em agro, a carteira somava R$ 286 bilhões, alta forte de 26,7%. Os desembolsos relacionados ao Pronampe, programa voltado a microempreendedores individuais e pequenas empresas, puxaram o resultado.

Inadimplência alta

A inadimplência subiu para 2,34% em setembro – aumento em relação aos 2% no fim de junho e 1,82% em setembro do ano passado. As operações em atraso que mais puxaram o índice foram com pessoas físicas – chegando a 5,25%, ante 4,31% e 3,21%, respectivamente.

Segundo o Banco do Brasil, o avanço dos índices na pessoa física foi influenciado “pelo cenário macroeconômico e em linha com a estratégia de mudança de mix da carteira para linhas de melhor retorno ajustado ao risco”.

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Balanços Bradesco, Santander e Itaú

Na terça-feira, o Bradesco divulgou resultados decepcionantes com queda de 22,8% (R$ 5,223 bilhões) no lucro líquido no terceiro trimestre deste em ano em relação a 2021 (R$ 6,767 bilhões). O Santander lucrou R$ 3,122 bilhões em julho, agosto e setembro – queda de 28,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A temporada de balanço dos bancos termina nesta quinta-feira, quando o Itaú vai divulgar os seus resultados, após o fechamento do mercado. Os analistas do Goldman Sachs esperam um aumento de até 4% no lucro da instituição. Segundo o Goldman, o banco é a maior aposta para o trimestre.

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