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Petz e Cobasi negociam fusão para criar gigante de R$ 6,9 bilhões

Operação ainda está sujeita à aprovação do Cade

Petz e Cobasi negociam fusão. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Petz e a Cobasi anunciaram um acordo para juntar os negócios e criar uma gigante do setor de animais de estimação que terá R$ 6,9 bilhões de receita bruta, 483 lojas e pelo menos 20 marcas, como ZeeDog, Petix, Flicks e Spike!. Caso o negócio seja fechado, Petz e Cobasi farão uma fusão entre iguais, sendo que cada uma ficará com 50% da nova empresa. Paulo Nassar, da Cobasi, se tornará presidente executivo e Sergio Zimerman, fundador e CEO da Petz, irá para a presidência do conselho.

A Petz confirmou que celebrou nesta sexta-feira, 19, memorando de entendimentos não vinculante (MoU) para a possível combinação de negócios com a Cobasi. A proposta para celebrar o MoU já havia sido aprovada em reunião do conselho de administração da última segunda-feira, 15, segundo ata da reunião divulgada há pouco na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo fato relevante, “com a implementação da operação, a companhia combinada terá uma rede de 483 lojas, e alcançará um faturamento bruto de aproximadamente R$ 6,9 bilhões e um Ebitda ajustado IAS17 de R$ 464 milhões (considerando o ano de 2023)”.

A operação implicará na união de duas companhias com modelos de negócios e direcionamentos estratégicos similares, com o fortalecimento da omnicanalidade na plataforma combinada, ganho de escala e potencialização da estratégia comercial.

A relação de troca entre as companhias foi calculada considerando o preço por ação de R$ 7,10 de emissão da companhia, valor 102% maior do que o do fechamento da ação no pregão de ontem.

O memorando prevê ainda que, quando do fechamento da operação, o capital social da sociedade combinada será representado por 50,0% de acionistas da companhia e por 50,0% de acionistas da Cobasi; e uma distribuição em moeda corrente nacional no valor total de R$ 450 milhões para os acionistas da companhia, sujeitos a determinados ajustes.

O MoU também determina que a Petz e a Cobasi se comprometem a negociar de forma exclusiva visando a conclusão da operação, se abstendo de tratar com terceiros quaisquer transações similares à operação.

A consumação da operação está sujeita à negociação e à celebração dos documentos definitivos, ao cumprimento de determinadas condições precedentes, tais como a aprovação da pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e à realização de diligências legal, operacional, contábil e financeira.

A companhia engajou como assessor financeiro o Itaú BBA e como assessor jurídico o escritório Lefosse Advogados. A Cobasi engajou como assessor financeiro o Morgan Stanley e como assessor jurídico o escritório Pinheiro Neto Advogados.

*Agência Estado

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