EUA tem crescimento mais lento em meio a moderação no mercado de trabalho
Livro Bege, do BC americano, apontou que os salários cresceram no nível mais lento desde 2022 e queda nas pressões inflacionárias. Gastos do consumidor avançaram com turismo
A economia e o mercado de trabalho nos Estados Unidos registraram um crescimento mais lento entre julho e agosto deste ano. A perda de ritmo na atividade trouxe um impacto positivo para a inflação, que desacelerou de forma geral.
A análise consta no Livro Bege, relatório sobre as condições econômicas medidas pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, publicado nesta quarta-feira, 06/09, duas semanas antes da reunião que vai decidir a taxa de juros no país.
“Os dados da maioria dos distritos indicaram que o crescimento econômico foi modesto”, diz um trecho do documento.
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A percepção dos membros do FED é que apesar do crescimento dos empregos em alguns setores, os ganhos salariais aumentaram no ritmo mais lento desde o início de 2022, diante da oferta reduzida de mão de obra qualificada.
A desaceleração trouxe um alívio para a inflação, que também sofreu menos pressão de produtos manufaturados e bens de consumo.
“A maioria dos distritos reportou uma desaceleração global no crescimento dos preços, mais rapidamente nos setores da indústria de transformação e bens de consumo”, diz o Livro Bege.
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Por outro lado, os gastos dos consumidores cresceram acima do esperado na área de turismo. Para analistas, esse aumento ainda é explicado pela demanda reprimida durante a pandemia.
Já os preços no varejo continuam em ritmo mais lento, especialmente em itens não essenciais.
Cenário econômico
Apesar dos números mais positivos, o Fed está longe de conseguir levar a inflação para a meta de 2%. Mesmo assim, há uma cautela dentre os membros do Banco Central americano quanto a um novo aumento dos juros na próxima reunião em setembro.
Em junho o Federal Reserve elevou a taxa básica de juros para o maior patamar em 22 anos, no intervalo de 5,25% a 5,5% ao ano.
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