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Inflação moderada e emprego apertado vão impactar crescimento dos EUA, diz Fed

Livro Bege, do banco central americano, aponta que o impacto dos preços altos vai persistir e o emprego deve crescer em ritmo mais modesto

Brasão do Sistema de Reserva Federal dos EUA
Símbolo do Federal Reserve System na Sala de Imprensa do FED, nos EUA. Fonte: Adobe Stock.

Os efeitos ainda limitados da desaceleração na inflação dos Estados Unidos nos últimos meses e o mercado de trabalho apertado continuam a pesar sobre as perspectivas econômicas norte-americanas para 2023. A análise consta no Livro Bege, relatório sobre as condições econômicas em cada um dos 12 distritos do banco central americano, divulgado no fim da tarde desta quarta-feira, 18/01.

“As perspectivas para o crescimento econômico futuro permaneceram fracas, com expectativas de maior abrandamento da demanda nos próximos seis a doze meses”, afirmou o Federal Reserve (Fed), em relatório publicado duas semanas antes de cada reunião do comitê de política monetária.

Em relação a inflação, a avaliação do Fed é que os preços “permaneceram altamente elevados” e ainda pressionam o poder de compra dos consumidores americanos. O banco central destaca ainda que, apesar da inflação ainda elevada, as compras no recesso do fim de ano impulsionaram os gastos do consumidor.

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Na contramão da inflação vem o mercado de trabalho que ainda não mostra sinais de desaceleração e permanece apertado – com a falta de mão de obra pesando em vários setores, diz o documento. Desta forma, ainda há “elevada pressão salarial” nos Estados Unidos. Os contínuos gargalos nas cadeias de suprimentos também tem prejudicado a indústria, disse o Fed.

Em relação a economia, os empresários consultados pelo Federal Reserve afirmaram que esperam pouco crescimento nos próximos meses e que a economia mudou pouco desde a divulgação do último Livro Bege, em 30 de novembro do ano passado.

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