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Mercado financeiro hoje: cautela externa em dia de balanços de empresas nos EUA

Entre os indicadores, destaque para a confiança do consumidor no Brasil e o relatório semanal de estoques de petróleo nos EUA

Cédulas de Dólar e Euro sobre nota de Real, dando foco a uma nota de cem reais
No Brasil, assim como em outros mercados emergentes, a presença de investidores estrangeiros é marcante. Foto: Adobe Stock

A quarta-feira é de agenda enxuta e de feriado na cidade de São Paulo, mas a B3 funciona normalmente. Com os dirigentes do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed) no chamado “período de silêncio” a uma semana do anúncio de decisões monetárias, as atenções se voltam para balanços corporativos do quarto trimestre de 2022, como de Boeing, AT&T, IBM e Tesla. 

Entre os indicadores, destaque para a confiança do consumidor no Brasil e o relatório semanal de estoques de petróleo nos EUA. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passa o dia hoje no Uruguai, onde se encontra com o presidente do país, Luis Lacalle Pou, depois de ter passado os últimos na Argentina.

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Mercado exterior 

O sentimento de cautela volta a pesar nas bolsas ocidentais, que recuam nesta manhã em meio a temores de recessão nos Estados Unidos e Europa, após dados de atividade PMIs fracos divulgados ontem e discursos de dirigentes do Banco Central Europeu reforçando novas altas de juros na região. 

Na zona do euro, a Bolsa de Frankfurt acelerou as perdas e as expectativas se voltam agora para balanços das empresas dos EUA. Diante do cenário de crise do setor de tecnologia, a Microsoft viu seu lucro encolher em 12% para US$ 16,4 bilhões no último trimestre, segundo balanço divulgado ontem. 

O petróleo tenta se firmar em terreno positivo com investidores esperançosos de que a demanda deve se recuperar diante do fim da política de covid zero na China, onde os mercados se mantêm fechados pelo feriado prolongado de Ano Novo Lunar. 

Ibovespa e Americanas 

Por aqui, o cenário externo negativo pode inibir o ânimo na Bolsa local em dia de agenda econômica esvaziada e com os investidores de olho no encontro de Lula e Lacalle Pou. 

A persistente queda do dólar ante algumas moedas emergentes e ligadas a commodities e também dos retornos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) pode voltar a ter impacto nos mercados de câmbio e de juros. 

Ontem, investidores devolveram parte das altas recentes reagindo à percepção de atividade fraca nos Estados Unidos, na Alemanha e no Reino Unido. No entanto, o Ibovespa B3 subiu 1,16%, a 113.028 pontos, apoiado pelo desempenho de ações relacionadas à commodities, que seguem respondendo ao movimento de reabertura da economia chinesa, como também pelo setor de consumo, como Magazine Luiza e Natura. 

O mercado segue ainda de olho no caso das Americanas, que divulgou sua lista de credores.