Mercado financeiro e Morning Call Safra: política monetária do FED e Copom
Dirigentes da Febraban recebem hoje a visita dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento, Simone Tebet e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante
A primeira reunião do ano de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e do Copom brasileiro começa nesta terça-feira, 31/1, sob forte expectativa pelas decisões e principalmente pelos comunicados de seus dirigentes, que serão divulgados amanhã.
Com a agenda interna mais enxuta, as atenções ficam no relatório do Caged de dezembro e no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião da Febraban, juntamente com a ministra Simone Tebet (Planejamento) e Aloísio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Dados de produção e vendas da Vale no quarto trimestre de 2022 serão publicados também no fim da tarde.
No exterior, os destaques são o índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos em janeiro e a prévia mensal do CPI da Alemanha.
Balanços EUA e dados Europa
Os mercados de ações em Nova York e na Europa voltam a recuar nesta manhã, ampliando perdas de ontem, com mais uma série de balanços de grandes empresas dos EUA, além de dados da economia europeia e americana no radar. Também seguem na expectativa pelas decisões de juros do Fed, amanhã, e do Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira.
Na Europa, o euro ampliou perdas, com investidores repercutindo a forte queda de 5,3% nas vendas no varejo da Alemanha em dezembro ante novembro, na contramão das projeções de avanço dos analistas, enquanto o PIB da zona do euro cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2022, ante previsão de queda de 0,1%.
Na Ásia, as bolsas recuaram após dados mostrarem recuperação mais fraca do que se esperava na manufatura chinesa. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China avançou de 47 em dezembro para 50,1 em janeiro, resultado abaixo das previsões dos economistas.
Ibovespa e Petrobras
A postura defensiva dos investidores no exterior pode extrapolar o Ibovespa, bem como as fortes perdas do petróleo devem pressionar também as ações da Petrobras, que ontem driblaram o recuo da commodity e subiram.
A cautela externa e o risco fiscal podem pesar ainda no mercado de juros, em dia de leilão do Tesouro e novas falas do ministro da Fazenda. Ontem, Haddad defendeu na Fiesp a necessidade de se “harmonizar” a política monetária e fiscal e disse ver espaço para “acomodação virtuosa” do câmbio e juros no Brasil sem comprometer a competitividade da indústria brasileira.
O Ibovespa B3 fechou ontem perto da estabilidade, com leve baixa de 0,04%, a 112.273 pontos, com investidores atentos aos dados do boletim Focus, que mantém cautela sobre a economia e elevou mais uma vez a projeção da inflação para o ano.
O Morning Call Safra desta manhã traz hoje mais detalhes sobre as negociações de ontem:
*Informações da Agência Estado