Mercado financeiro hoje: primeira reunião ministerial do Governo Lula
No exterior, as atenções ficam no relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) de dezembro
A primeira reunião ministerial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva fica no foco dos mercados locais nesta sexta-feira, 6/12, enquanto lá fora as atenções ficam no relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) de dezembro.
No exterior, as bolsas internacionais operam sem direção única nesta manhã, com investidores na Europa entendendo indicadores da zona do euro divulgados hoje, que apontam uma melhora no consumo da região.
Consumo na Europa dá sinais de melhora
O índice de preço ao consumidor, CPI, da zona do euro desacelerou para alta de 9,2% em dezembro e ficou abaixo das expectativas. Já as vendas no varejo da zona do euro subiram 0,8% em novembro, acima da previsão de +0,5%. E o índice de sentimento econômico da zona do euro veio melhor que o esperado.
Os mercados em geral também estão ansiosos pelo payroll dos EUA para avaliar em que ritmo o Banco Central dos EUA, o Fed, poderá aumentar seus juros básicos este ano. Ontem, dados fortes do mercado de trabalho americano geraram temores de que o Fed siga agressivo no aperto monetário.
Discurso mais equilibrado
Por aqui, embora os ativos na bolsa pareçam ser negociados de forma descolada do exterior nos últimos dias, o payroll americano pode mexer nos negócios. Internamente, a grande expectativa é a primeira reunião ministerial convocada por Lula para alinhar o discurso de seus integrantes, após uma de ruídos dentro do novo governo.
O resultado do encontro deve servir para acalmar mais os investidores como aconteceu ontem, quando vários ministros desmentirem o ministro da Previdência, Carlos Lupi. No início da semana, Lupi afirmou que iria revisar o que chamou de “antirreforma” da Previdência de 2019.
Há pouco, os ADRs (certificados de ações) da Petrobras e da Vale negociados em NY operavam em alta no mercado futuro, indicando que por aqui o humor pode continuar mais positivo.
Ibovespa em alta
A busca do novo governo por discursos mais equilibrados melhorou a percepção dos investidores e, diante disso, a Bolsa do Brasil (B3) encerrou a quinta-feira com avanço de 2,19%, aos 107.641 pontos. Na máxima do dia atingiu 107.734 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 3,73% e as ordinárias (PETR3) tiveram alta de 3,43%. Os papéis da estatal fecham no positivo pelo segundo dia seguido – ainda repercutindo a fala do futuro presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O alívio, diante das mudanças de tom do governo, também impulsionou os papéis dos bancos.
*Com informações da Agência Estado
