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Mercado hoje: Powell no foco em discussão sobre juros e teto da dívida americana

Ficam ainda no radar os presidentes do BC brasileiro, Roberto Campos Neto, e a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde

Números sendo mostrados em uma tela
Os pontos da bolsa ajudam o investidor a tomar decisões, servindo como referência para as carteiras. Foto: Adobe Stock

O presidente do Fed, Jerome Powell, fica no centro das atenções nesta sexta-feira, 19/05, em meio às discussões sobre o rumo da política monetária e o teto da dívida americana. Powell participa de discussão com o ex-presidente do BC americano Ben Bernanke na Conferência de Pesquisa Thomas Laubach, às 12h.

Ficam ainda no radar os presidentes do BC brasileiro, Roberto Campos Neto; a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Eles participam do High-Level Seminar on Central Banking, evento promovido pelo Banco Central em São Paulo.

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O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, fala às 18h15, enquanto a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde fará participação gravada às 16h10. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do evento às 14h05.

Por fim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem compromissos da cúpula de líderes do G7, no Japão. A agenda traz ainda o IBC-Br de março, às 9h.

No exterior

Os mercados monitoram as negociações do teto da dívida dos EUA, na expectativa de que um acordo seja fechado em breve.

O presidente dos EUA, Joe Biden, que participa da cúpula de líderes do G7, tem se mostrado confiante em um desfecho positivo. A oposição republicana está concordando em elevar o teto e evitar calote.

Já o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, sinalizou ontem que um eventual projeto de lei sobre a questão do teto poderá ir à votação na próxima semana.

A Capital Economics alerta que um calote temporário do Departamento do Tesouro dos EUA poderia ser catastrófico, já que atingiria o alicerce dos sistemas financeiros americano e global – os Treasuries.

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O impasse pode forçar os dirigentes do Fed a revisitar o “manual” de gerenciamento de crises que eles elaboraram quando a economia passou por um momento parecido em 2013.

O estresse com o teto da dívida se soma a uma situação ainda preocupante do sistema financeiro. A soma que os bancos americanos tomaram de empréstimos pela janela de redesconto e pelo programa emergencial do Fed aumentou pela segunda semana consecutiva.

No Brasil

O Ibovespa pode se favorecer por conta de movimentos no exterior em um dia de agenda local esvaziada.

Nos juros, o IBC-Br pode ter efeito limitado, mas a esperada desaceleração para alta de 0,30% em março, de 3,32% em fevereiro, segundo projeções, pode servir de contraponto para dados mais fortes de atividade divulgados recentemente, como as vendas no varejo.

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O mercado digere comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele manifestou mais uma vez confiança na aprovação da reforma tributária e reiterou a promessa de neutralidade da reforma, sem redução nem aumento da carga de impostos. Haddad disse ainda que as medidas tomadas pelo governo abrem espaço para que o Banco Central reduza os juros de maneira técnica.

O ministro defendeu também, em entrevista à CNN Brasil, mudanças no regime de metas de inflação e criticou a fixação de objetivos anuais para a alta dos preços. Dando como exemplo os modelos americano e europeu, o ministro manifestou preferência por metas contínuas, a serem atingidas ao longo do tempo.

*Com informações da Agência Estado

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