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Mercado hoje: teto da dívida e PIB dos EUA, arcabouço fiscal e IPCA-15 marcam semana

Nesta segunda-feira, 22/05, investidores globais estão na expectativa pela reunião de Joe Biden com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy

Fachada da B3 com pessoas andando em frente. Foto: Divulgação B3
Bolsa de valores: Copom irá divulgar sua decisão no início da noite. Foto: Divulgação B3

Nesta segunda-feira, 22/05, os mercados globais estão na expectativa pela reunião do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy. O encontro acontece após o aumento das tensões no diálogo sobre o teto da dívida do país no fim de semana.

Por aqui, os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do Senado, Rodrigo Pacheco, participam de seminário sobre os dois anos de autonomia do Banco Central. O evento é promovido pela Folha de S. Paulo.

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Também estão previstos na agenda interna a votação do arcabouço fiscal no plenário da Câmara dos Deputados, o IPCA-15 e os dados de transações correntes.

Nos Estados Unidos, outros destaques da semana são a ata da última reunião monetária do Fed, o banco central americana, a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE).

Comentários de vários dirigentes do Fed e do Banco Central Europeu (BCE) também serão monitorados pelos investidores até sexta-feira, 26/05.

No exterior

As negociações sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos travaram no final de semana, após novas demandas de republicanos que a Casa Branca considera “extremas”. O impasse ameaça impor aos EUA um imprevisível cenário de default da dívida pública.

A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, disse ontem considerar “bem pequenas” as chances de o governo chegar a 15 de junho com capacidade de honrar obrigações financeiras se o teto não for suspenso ou elevado.

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O presidente da distrital do Fed em Minneapolis, Neel Kashkari, indicou que pode apoiar a manutenção dos juros no nível atual (entre 5% e 5,25%) na próxima reunião em junho. A declaração vem após debate com o presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, em que ele disse que o aperto no crédito bancário poderia levar a menos aperto da política monetária.

Na Ásia, as bolsas subiram após o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) deixar suas principais taxas de juros inalteradas por mais um mês. A taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano segue em 3,65% e a taxa para empréstimos de 5 anos em 4,30%.

No Brasil

As bolsas no exterior podem limitar os ajustes no Ibovespa. Por aqui, investidores ficam de olho no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem recebido críticas diretas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à política de juros no Brasil.

Na sexta-feira, Campos Neto disse que pode haver uma desconexão entre as expectativas do mercado para o desempenho do crédito e as expectativas de crescimento econômico. O presidente da autarquia apontou que o custo econômico de se levar a inflação para a meta pode ser o grande tópico econômico daqui para a frente.

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As expectativas também se voltam para a votação do mérito do arcabouço fiscal no plenário da Câmara amanhã ou na quarta-feira. O relator Cláudio Cajado continuará conversando com bancadas e recebendo sugestões de alterações ao arcabouço, previsto para ser votado nesta terça ou, no máximo, quarta-feira.

A Alpargatas informou nesta segunda-feira que recebeu na sexta-feira, 19, correspondência de seu bloco controlador dizendo que decidiu realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) voluntária para adquirir até 32 milhões de ações preferenciais de emissão da companhia atualmente em circulação, pelo preço de R$ 10,50 por papel.

O valor corresponde a um prêmio de, aproximadamente, 17,2% do preço de fechamento das ações na sexta-feira. A oferta permanecerá válida pelo prazo de 30 dias contados a partir de 23 de maio e se encerra em 21 de junho, data em que será realizado o leilão.

*Com informações da Agência Estado

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