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Mercado hoje: votação do arcabouço fiscal e ata do Fomc são destaques

Mercado nacional deve acompanhar a votação de quatro destaques propostos ao novo arcabouço fiscal

Números sendo mostrados em uma tela
Os pontos da bolsa ajudam o investidor a tomar decisões, servindo como referência para as carteiras. Foto: Adobe Stock

O mercado local deve acompanhar nesta quarta-feira, 24/05, a votação de quatro destaques propostos ao novo arcabouço fiscal. Ele foi aprovado no fim da noite de ontem no plenário da Câmara com regras mais duras, por 372 votos favoráveis e 108 contrários. É um placar melhor que o da votação da urgência da proposta (367 votos a 102), na semana passada.

Sem indicadores de destaque na agenda, os investidores vão monitorar a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele irá conversar com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro acontece em meio a expectativas de incentivos à indústria e de redução de preços de carros populares.

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Haddad também discute o plano safra com o ministro da Agricultura e encontra governadores de 4 estados.

No exterior, o impasse nas negociações do teto da dívida americana segue no foco em meio a expectativas pela ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) de maio.

Também estão previstos ao longo do dia pronunciamentos de presidentes do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, e do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, além do diretor do Fed, Christopher Waller.

No exterior

Os investidores globais permanecem cautelosos pela falta de consenso nas negociações entre democratas e republicanos para a elevação do teto da dívida dos EUA. O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, afirmou que não estão “nem perto de um acordo”. Sem um teto maior, o governo de Joe Biden terá dificuldades de pagar suas contas já a partir de 1º de junho.

Na Europa, a inflação ao consumidor no Reino Unido subiu 8,7% em abril, acima do esperado (8,1%), embora em desaceleração ante março. Já a confiança das empresas na Alemanha caiu em maio pela primeira vez em sete meses, segundo pesquisa do instituto alemão Ifo.

Nas próximas horas, as atenções irão recair sobre os comentários das autoridades de BCs e na ata do Fomc, que podem acrescentar pistas sobre o que poderá ser decidido nas reuniões monetárias de junho.

Ainda são majoritárias as expectativas de uma pausa no aperto de juros americano (67%). Contudo, apostas em uma nova alta de 25 pontos-base andaram crescendo (32%). O movimento aconteceu após indicadores americanos e discursos de alguns membros do Fed sugerindo necessidade de novos aumentos para conter a inflação no país, apesar das turbulências recentes em bancos regionais.

No começo deste mês, o Fed elevou seus juros em 25 pontos-base, para a faixa de 5% a 5,25% ao ano. Ao mesmo tempo, sugeriu uma possível pausa no processo de aperto monetário iniciado há mais de um ano.

No Brasil

Os mercados vão acompanhar a votação dos destaques à regra fiscal na Câmara e possíveis comentários do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad, reiterando pressão para o Banco Central iniciar o corte de juros no País.

As bolsas no exterior podem limitar um desempenho positivo do Ibovespa em reação aos fortes ganhos do petróleo e perspectivas de avanço do arcabouço no Senado, onde se espera que tenha também uma apreciação rápida.

Porém, o líder do MDB na Casa, senador Eduardo Braga (AM), disse nesta terça-feira que a nova regra fiscal passará pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Constituição e Justiça (CCJ) em vez de ser votada direto no plenário.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o assunto será discutido com os líderes. Após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o coordenador do grupo de trabalho, Reginaldo Lopes (PT-MG), disseram que começarão a articulação com bancadas depois da entrega do relatório no dia 6 de junho.

O avanço da pauta econômica pode atrair fluxo cambial e pressionar o dólar ante o real, mas uma valorização externa moderada da moeda americana pode servir de contraponto.

*Com informações da Agência Estado

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