Quer ir ao Lollapalooza? Veja como se planejar financeiramente para o festival
Controlar os gastos e chamar os amigos para dividir as contas são boas estratégias
Sempre na rota dos eventos internacionais, o Brasil está repleto de opções durante o ano todo para quem gosta de esportes, feiras de cultura e exposições. No campo musical, a próxima grande atração será o Lollapalooza 2023, entre 24 e 26 de março de 2023.
Com o line-up de atrações divulgado hoje, há tempo para se organizar e encaixar no orçamento as despesas de ingressos e de consumo durante os três dias do Lolla. Se você também quer ir ao festival, mas ainda não começou a se planejar, confira a seguir algumas dicas para se divertir sem aperto.
Como se planejar para o Lollapalooza?
Segundo a educadora e consultora financeira Carol Stange, o primeiro passo de qualquer planejamento financeiro é saber com clareza quanto se ganha e quanto se gasta. A recomendação é importante, uma vez que muitas pessoas confundem salário líquido e bruto, ou seja, acreditam que o valor recebido todo mês é o registrado no holerite, ignorando os descontos de FGTS, entre outros.
Stange traça o quadro hipotético de alguém que recebe R$ 5.000 reais por mês e gasta R$ 4.000. Os R$ 1.000 reais que sobram podem ser gastos em objetivos de curto, médio ou longo prazo; no caso do Lollapalooza, basta adequar a sobra a um dos três períodos, dependendo das circunstâncias de cada um. Porém, é fundamental que parte da sobra seja direcionada a uma reserva de emergência, destinada a possíveis imprevistos.
Num outro quadro hipotético em que se ganhe R$ 5.000 reais e se gaste todo esse valor, não sobrará dinheiro para reserva ou algum outro objetivo. Esse é um sinal de alerta para quem planeja ir ao Lollapalooza, pois a ida ao festival poderia levar a dívidas, como no caso da compra de ingresso no cartão de crédito.
Despesas agregadas
A educadora financeira chama de despesas agregadas os gastos que acontecem durante o festival, com comida e bebida; no caso de pessoas que se deslocam até São Paulo, também estão agregados os valores de hospedagem e transporte. Para esses últimos dois quesitos, o prazo se torna fundamental para o controle de gastos, pois maior antecedência na reserva de passagens e hotéis resulta em preços mais vantajosos.
Também nesses pontos, dividir os gastos com os amigos pode ser uma ótima estratégia – aplicativos de hospedagem e de transporte privado têm despesas amenizadas se compartilhadas.
Já para os gastos de comida e bebida, Stange recomenda que se fixe um valor de gasto diário. Outra estratégia de autocontrole é o meio de pagamento. Ter dinheiro em espécie facilita a visualização de gastos; por outro lado, há o risco de ausência de troco, furto ou perda do dinheiro. Se a escolha foi pagar com cartão, o melhor é que ele tenha um limite menor, segundo a especialista.
Dá para pagar o Lolla com investimentos?
São vários os meios de investir e obter um valor que cubra o do ingresso. No caso em que se preze pela segurança do investimento e previsibilidade de rendimento, uma boa opção pode ser a renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto.
Considerando que a pré-venda da edição deste ano fixou um valor a partir de R$ 1.620 para o Lolla Confort, categoria intermediária entre as três opções disponíveis, pode-se adotar como objetivo de investimento o lucro de R$ 3.000, valor com folga para cobrir eventuais aumentos de preço nas edições seguintes ou compra realizada fora do período de pré-venda, em que há desconto.
Hoje, está disponível para aplicação o Tesouro Prefixado 2025, com rendimento anual de 12,15%. O simulador do Tesouro Direto prevê que, se iniciados hoje, aportes mensais no valor de R$ 99,86 obteriam rendimento líquido – descontados os impostos – de R$ 2.999,91. Com isso, é possível começar o investimento que garanta o ingresso da edição de 2025.
Outra opção é Tesouro Selic 2025. Também de acordo com o simulador, um aporte único de R$ 2.456,59 realizado hoje resultaria no valor de R$ 3.000 em três anos. No mesmo título, aportes mensais de R$ 94,81 obteriam o valor pretendido na data de resgate.
Para quem não quer esperar três anos, há opções de títulos do Tesouro Direto com juros semestrais. Eles costumam ter datas de vencimento mais longas, mas permitem resgate de juros ao final de cada semestre – mesmo que não cubram o valor total do ingresso, os resgates podem ajudar no custeio deles ou nas despesas agregadas.
Lembrando que na renda fixa, também há o CDB entre as opções, sendo que alguns tipos possuem liquidez diária, permitindo o resgate do dinheiro investido a qualquer instante. A renda variável não deixa de ser uma opção, mas a imprevisibilidade, tanto de lucros quanto de prejuízos, é maior.
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