Como investir nas empresas que estarão em campo na Copa?
Entre companhias brasileiras e estrangeiras, ações e BDRs, investidor tem várias opções
Não só os jogadores de trinta e duas seleções entrarão em campo durante a Copa do Mundo 2022, no Catar. Várias empresas fecharam contratos de patrocínio, como os sete parceiros globais da Fifa – que acompanham a entidade máxima do futebol em outros eventos além da Copa. Entre eles, estão Adidas, Coca-Cola e Qatar Airways.
Outras sete empresas acordaram patrocínio para a presente edição da Copa, como Budweiser e McDonalds. Ambas marcas também estiverem presentes na edição de 2018.
Outra categoria de patrocinadores são os parceiros regionais, companhias de continentes que estarão representados no torneio. Entre eles, está o banco digital brasileiro Nubank e a indiana UPL, focada em agricultura sustentável. Até agora, a Fifa arrecadou mais de U$ 90 milhões com patrocínios.
Fechando as categorias de empresas, estão os patrocinadores das seleções. A Nike, por exemplo, patrocina 41% das delegações que estarão no Catar. Já a Adidas estampa o uniforme de 21% dos times.
Itaú
O Itaú Unibanco é um dos patrocinadores master da seleção brasileira, estando junto à CBF desde 2008. Na bolsa brasileira, são negociadas ações ordinárias e preferenciais do banco, por meio dos tickers ITUB3 e ITUB4, respectivamente.
O banco segue com bom desempenho, sendo a décima primeira empresa entre as vinte mais rentáveis de capital aberto até outubro. Já no terceiro trimestre, o Itaú foi a quarta com maior registro de lucro.
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Vivo
Outro patrocinador master da seleção e um dos mais longevos, com parceria iniciada em 2005, a Vivo tem ações do tipo ON negociadas por meio do ticker VIVT3.
O investidor não deve se assustar se ver, no site da bolsa ou outra fonte de informação, o nome Telefônica como detentora das ações da Vivo. O Grupo Telefónica, com sede na Espanha, está presente em dezesseis países, entre eles o Brasil. Por aqui, houve a incorporação da Vivo em 2012 e mudança de todos os serviços para a marca. Por isso, o ticker da Telefônica faz referência a Vivo.
Gol
A Gol patrocina a seleção desde 2013 e possui várias opções de investimento: ações ordinárias (GOLL3), ações preferenciais (GOLL4) e units (GOL11), conjunto de duas ou mais ações.
A companhia aérea realizou IPO em 2004 e está listada no Nível 2 de governança da B3, classificação de empresas de acordo com suas regulações internas. Entre outras características, as ações preferenciais do Nível 2 dão direito a voto em situações críticas, como fusões e incorporações da empresa.
Nike
Patrocinadora da seleção brasileira e da maioria dos times presentes na copa do Catar, a Nike está disponível a investidores brasileiros por meio do BDR NIKE34.
Conforme indicado pelo número 34 em seu ticker, trata-se de um BDR Não Patrocinado. Esse é o tipo mais comum do ativo, caracterizado pela não participação da empresa que dá lastro ao recibo de ação (BDR).
Desse modo, a iniciativa de comprar ações de empresa estrangeira e negociar os BDRs correspondentes nasce do banco brasileiro encarregado da operação. A instituição nacional também fica responsável pela divulgação de informações a investidores brasileiros sobre e empresa de origem.
No caso de BDRs Patrocinados, a iniciativa de negociar recibos no Brasil parte da empresa detentora das ações. Para isso, ela contrata uma instituição brasileira para atuar como intermediária.
Coca-Cola
Ao lado de outras companhias como Adidas e Visa, a Coca-Cola é um dos parceiros da Fifa. No Brasil, seus BDRs são negociados pelo ticker COCA34.
A Coca-Cola é uma das empresas estrangeiras que paga dividendos a acionistas. Portanto, quem investe em seus BDRs também recebe parte dos lucros da companhia.
Nubank
O banco digital é um dos patrocinadores regionais da Copa do Mundo de 2022. Apesar de ser brasileiro, o banco está listado na bolsa de Nova York e oferece BDRs pelo ticker NUBR33.
Recentemente, a empresa anunciou a mudança de seus BDRs do nível 3 para o nível 1. Isso quer dizer que a oferta dos recibos não será mais supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e responderá apenas aos órgãos reguladores dos Estados Unidos.
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