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Liquidez: o que é e quais ações têm maior volume de negociações no último ano

A liquidez de um investimento é uma característica importante na hora de escolher um ativo e, especialmente, transformá-lo em dinheiro. Entenda!

liquidez. Foto: Adobe Stock
A liquidez diária diz da possibilidade do investidor se desfazer da aplicação a qualquer hora. Foto: Adobe Stock

O investidor precisa estar atento a vários pontos na hora de escolher um investimento. Um deles, que não pode ficar de fora e deve ser avaliado com atenção, é a liquidez, que pode ser definida como a facilidade de transformar o ativo em dinheiro na conta corrente. 

“Alguns ativos podem possuir uma facilidade e velocidade maior de conversão em dinheiro, enquanto outros podem exigir um prazo maior”, explica Gabriel Sena, especialista em investimentos da Top Gain

E como medir a liquidez? Pela sigla D+, incluída nas características de cada aplicação e que significa “disponibilidade”. Se um fundo de investimento tem liquidez em D+2, significa que o recurso ficará disponível em 2 dias, não contando o dia da solicitação, afirma Jefferson Souza, sócio e head de operações da Semeare Investimentos.

Souza alerta que em alguns casos a liquidez pode ter contagem em dia útil ou corrido. É necessário também se atentar ao horário limite da solicitação, que pode variar conforme a corretora. 

Liquidez diária ou imediata

A liquidez diária ou imediata é a forma mais rápida de transformar o ativo em dinheiro na conta corrente. Como o próprio nome diz, em ativos com liquidez diária você consegue o dinheiro na hora.

“Essa característica é especialmente vantajosa para aqueles que precisam de acesso rápido aos recursos investidos, permitindo resgates em situações de emergência ou oportunidades de investimento que surgem de forma inesperada”, diz Caritsa Moreira, analista da VG Research.

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Liquidez em renda fixa e renda variável

A liquidez pode ter características diferentes quando relacionada a ativos de renda fixa e de renda variável

Segundo Moreira, os ativos de renda fixa, como títulos do governo, geralmente possuem alta liquidez, permitindo resgates rápidos no mercado secundário antes do vencimento. Por outro lado, os ativos de renda variável, como ações, tendem a ter liquidez mais baixa devido a possíveis restrições de venda e menor volume de negociação. 

No entanto, é importante observar que há ativos de renda fixa com baixa liquidez e opções de renda variável com maior liquidez, o que pode favorecer a renda variável em termos de agilidade na conversão em dinheiro. A escolha de ativos deve considerar o equilíbrio entre liquidez e potencial de retorno, de acordo com os objetivos financeiros de cada investidor.

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Por que a liquidez é importante para o investidor?

Para o especialista em investimentos da Top Gain, todo investidor pode precisar do dinheiro antecipadamente e, para isso, sua carteira de investimentos deverá incluir aplicações mais líquidas no curto prazo.

Já o sócio e head de operações da Semeare Investimentos recomenda equilibrar bens ativos líquidos no curto prazo e menos líquidos para objetivos de médio e longo prazo, de forma a não gerar possíveis prejuízos que podem ser causados por um resgate antecipado, por exemplo.

Relação liquidez x rentabilidade

Apesar de representarem duas características distintas de um ativo ou investimento, a liquidez e a rentabilidade estão diretamente relacionadas. Portanto, devem ser consideradas em conjunto na tomada de decisões financeiras.

Conforme enfatizado, a liquidez está relacionada com a facilidade e rapidez com que um ativo pode ser convertido em dinheiro sem perdas significativas de valor. Já a rentabilidade é a capacidade de um ativo ou investimento gerar retorno financeiro ao longo do tempo. Essa rentabilidade está associada a juros, dividendos, valorização de capital ou outros mecanismos. 

Liquidez e rentabilidade, normalmente, representam um trade-off: quanto maior a rentabilidade de um investimento, maior é o risco associado a ele, o que pode afetar negativamente a sua liquidez. Nesse sentido, investimentos com maior potencial de retorno podem ser menos líquidos, uma vez que os investidores podem estar dispostos a abrir mão de liquidez em troca de maiores oportunidades de lucro”, pontua a analista da VG Research.

“Por outro lado, investimentos mais líquidos geralmente oferecem menor retorno, pois a facilidade de acesso ao dinheiro reduz o risco assumido pelo investidor, diminuindo potencialmente a rentabilidade”, completa ela.

Assim, o investidor precisa alinhar bem as suas estratégias de investimentos, estando ciente dos seus objetivos de curto e longo prazo, bem como dos riscos, para que assim possa usufruir o melhor possível da relação entre liquidez e rentabilidade.

As ações do Ibovespa com maior volume de negociações no último ano

A pedido do Bora Investir, o TradeMap levantou as ações do Ibovespa com maior volume financeiro médio diário no último ano. O Volume Diário Médio (VDM) é considerado o medidor de liquidez entre as ações. Conheça:

De acordo com o levantamento, a ação da Vale (VALE3) é a que registrou o maior volume negociado na bolsa de valores no período. Ela é seguida pelo papel PN da Petrobras (PETR4). A ação do Itaú Unibanco (ITUB4) completa o top 3.

Também se destacam as ações da Assaí (ASAI3), Eletrobras (ELET3) e Banco do Brasil (BBAS3), que tiveram o maior crescimento em volume no período. Os papeis tiveram 77,6%, 43,4% e 41,4% de aumento no VDM, respectivamente.

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