Tesouro direto

Quanto investir no Renda+ para ter renda de R$ 5 mil em 20 anos?

Simulador do Tesouro traz diversas possibilidades para o investidor que quer aportar no Renda+ e gerar renda para o futuro

Tesouro Nacional. Foto: Adobe Stock
Valor foi levantado utilizando a própria calculadora do Tesouro, que permite simular valores, prazos e quantidade a ser investido. Foto: Adobe Stock

O Renda+ é uma aplicação de longo prazo criada pelo Tesouro Direto que funciona como complemento à previdência social. Por meio de aportes mensais ao longo do tempo, ele pode gerar uma renda que ajudará na aposentadoria no futuro. Desde o seu lançamento em janeiro deste ano, o título ultrapassa a marca de R$ 751 milhões, segundo dados de maio divulgados pela Secretaria do Tesouro.

Para aqueles que se perguntam sobre quanto seria necessário investir no título para ter uma renda de R$ 5 mil daqui a 20 anos, o Bora Investir traz a resposta.

Utilizando a própria calculadora do Tesouro, que permite simular valores, prazos e quantidade a ser investido, Vinicius Romano, Head de Renda Fixa da Suno Research, fez as contas a pedido do Bora para descobrir o valor a ser aportado mensalmente. Veja!

Para quem quer uma renda mensal para daqui a 20 anos, o Tesouro sugere o título Renda+ aposentadoria extra 2045. Nele, a conclusão foi: para receber R$ 5 mil de renda extra mensal, durante 20 anos, é preciso investir aproximadamente R$ 900 por mês até janeiro de 2045, data de conversão do ativo.

Segundo Romano, tudo depende da capacidade dos aportes e, principalmente, do tempo. “Olhando para a fórmula de juros compostos, o fator exponencial é justamente o tempo. Quanto antes começar a investir, mais cedo verá o patrimônio crescer. Consequentemente, o fluxo de renda recebido será maior. É possível fazer algumas simulações nesse sentido na plataforma do Tesouro”, diz.

O que avaliar antes de investir no Renda+?

Na opinião do Head de Renda Fixa da Suno Research, o principal cuidado a se tomar antes de investir é avaliar muito bem a disposição e capacidade de manter um título de tão longo prazo até o vencimento. 

“Por característica, esses ativos oscilam diariamente, e podem não agradar muito os mais conservadores. Por outro lado, por serem baseados em renda fixa, em casos de manutenção do título até o vencimento, a taxa de compra é garantida”, afirma.

Também é importante lembrar que há outras opções de ativos para diversificar seus investimentos e alcançar essa mesma quantia mensal. Dentro da própria renda fixa existem diversas alternativas que geram renda extra, assim como os próprios fundos de previdência e outros títulos do TD. 

“Os investidores contam com títulos pós-fixados, prefixados e indexados à inflação, além de terem a possibilidade de escolher emissores públicos ou privados. O cardápio é bem grande e vale uma reflexão sobre diversificação, perfil de risco, e outros fatores”, destaca Romano.

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O Tesouro Renda + é recomendado para quem?

A criação do Tesouro Renda+ buscou responder às questões levantadas pela reforma da previdência e pelo envelhecimento da população brasileira. Ele não pretende substituir o INSS, mas ser um complemento para que o trabalhador mantenha o seu poder de compra depois de se aposentar. 

É justamente para manter o poder de compra do investidor que o ativo será um título cujas amortizações serão corrigidas pela variação do IPCA, o índice oficial da inflação. Assim como em outros títulos do Tesouro Direto, será possível começar a investir com aproximadamente R$ 30.

Além disso, após uma carência aplicada no período inicial do investimento, 60 dias, ele passa a ter liquidez diária. Por fim, ele tende a ser voltado para toda a população, principalmente as de menor renda e poder de investimentos de altos valores.

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Taxas e tributação: vantagens e desvantagens do Renda+

Como forma de tornar o investimento acessível e competitivo ante os fundos de previdência privada, o título do TD não tem taxa de administração. Já a taxa de custódia poderá chegar a zero se o papel for mantido pelo investidor até o vencimento.

Contudo, o investidor que decidir fazer o resgate antecipado, terá que pagar taxa sobre o valor de resgate, conforme a tabela:

Prazo até saída (anos)Taxa sobre valor de resgate (a.a)
0 a 100,50%
10 a 200,20%
Acima de 200,10%
Vencimento0%

Quanto ao Imposto de Renda, o novo título público seguirá a tabela regressiva que acompanha outras aplicações do Tesouro Direto, sendo 15% a alíquota mais baixa.

Quer saber como funciona e como investir no TD e outros produtos de renda fixa? Acesse os conteúdos de finanças pessoais do Hub de Educação Financeira da B3.

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