Selic a 12,75%: quanto rende R$ 1.000 no Tesouro Direto com essa taxa de juros?
Apesar na queda da taxa de juros, investimentos de renda fixa continuam com sua atratividade devido ao alto valor da taxa
Na última quarta-feira, 20 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por baixar a taxa Selic em 0,50%, de 13,25% para 12,75%. É a segunda vez que o comitê opta por reduzir a taxa com uma queda em 0,50%. Antes disso, o juro básico passou quase um ano no nível dos 13,75%.
A mudança na taxa básica de juros além de ser importante para a macroeconomia, também tem impacto nos investimentos, principalmente nos de renda fixa.
Ela interfere diretamente no rendimento de ativos atrelados a ela, como o Tesouro Selic Já em outros investimentos de renda fixa, ela tem influência indireta, como na poupança e nos investimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), como CDB; LCI, LCA e LC.
Além disso, ela norteia aportes em Fundos de Investimento e títulos atrelados ao IPCA (índice de inflação oficial do país).
Queda na Selic e a renda fixa
Momentos de queda na Selic costumam favorecer investimentos com mais risco, como os de renda variável. Porém, a taxa atual em 12,75% ainda é considerada alta, o que continua a favorecer os títulos de renda fixa.
“O cenário abre espaço para investimentos relativamente mais arriscados, mas não elimina a importância da renda fixa. Não é porque crescem as oportunidades na bolsa que a renda fixa perde sua atratividade. Pelo contrário”, afirma Rachel de Sá, chefe de economia da Rico.
Ela justifica ao dizer que os juros devem continuar em patamares altos, acima dos níveis de inflação no curto prazo. O que garante retornos elevados para investimentos de prazos mais curtos (até três anos) e reserva de emergência.
“Além disso, diante de um cenário onde a inflação segue um risco no longo prazo, títulos de renda fixa atrelados a índices de preço seguem uma excelente proteção para seus investimentos – dando espaço para vencimentos mais longos, acima de 2030”, completa.
Quanto rende R$ 1.000 em um ano no Tesouro Direto
Com a continuação da atratividade da renda fixa, o Bora Investir buscou simular quanto renderia R$ 1 mil em ativos do Tesouro Direto e outros de renda fixa em um ano. Confira os valores gerados pelo simulador do TD:
Título | Rendimento em 1 ano | Total |
Tesouro Selic 2026 | R$ 76,23 | R$ 1.076,23 |
Tesouro IPCA+2029 | R$ 75,39 | R$ 1.075,39 |
LCI e LCA | R$ 67,17 | R$ 1.067,17 |
Fundo DI | R$ 62,88 | R$ 1.062,88 |
CDB | R$ 61,63 | R$ 1.061,63 |
Poupança | R$ 60,31 | R$ 1.060,31 |
Como pode ser visto, os títulos do TD, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+ encabeçam a lista de melhores rendimentos no período de 12 meses com o valor inicial de R$ 1 mil reais investido.
Em seguida vêm os investimentos em LCI e LCA, Fundo DI, CDB, e por fim, a poupança.
Rentabilidade x risco
Para quem não está familiarizado com o mundo dos investimentos, o retorno do Tesouro Selic pode parecer modesto. Entretanto, os juros estão diretamente relacionados ao tempo do investimento. Logo, quanto mais tempo o investidor deixar seu dinheiro render com juros, mais retorno terá.
+ Qual a relação entre risco e retorno nos investimentos? Entenda
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