Conheça 5 formas de investir no setor agrícola pela Bolsa
Setor representa até 23,8% do PIB do país; diferentes opções de retorno atraem investidores
Por Rogério Piovezan
Não é nenhuma novidade que o agronegócio puxa boa parte do PIB brasileiro (a soma de todos os bens e serviços produzidos no País). O setor representa em torno de 23,8% da economia nacional, segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP. Isso chama atenção dos investidores para alocar recursos no setor por meio da bolsa de valores. Mas de qual forma?
Além das tradicionais ações – compra de uma participação no capital social de uma empresa ligada ao setor — atualmente existem outros caminhos com mais diferentes de retorno, por exemplo.
Confira, a seguir, algumas opções para se investir no agronegócio.
Ações
A primeira opção – mais comum — de se investir no agronegócio através da bolsa de valores é por meio da compra de ações das empresas ligadas ao setor. Para o diretor de gestão da Devant Asset, Tales Silva, a escolha dessa opção deve levar em conta os objetivos financeiros do investidor.
“Em termos de rentabilidade, o investidor tem objetivos diferentes. Geralmente, o investidor que compra uma ação busca um ganho de capital. Então, ele busca um lucro com a apreciação da ação”, afirma.
Fiagros
Outra opção disponível são os Fiagros. Conforme Silva, esses fundos são inspirado nos fundos de investimentos imobiliários. De forma geral, esses podem investir em direitos creditórios, cotas de outros fundos de investimento e títulos de crédito atrelados ao agronegócio.
“[São destinados ao] investidor que busca um rendimento que seja mensal. Nesse mercado dos fundos temos opções que são bastante atrativas comparando com as opções de renda fixa. Por ser um mercado que está bem desconhecido do público em geral, você tem rentabilidades que são atrativas. É muito comum você encontrar um Fiagro rendendo 1,2% ao mês. Hoje o CDI já não rende mais 1% ao mês, os juros já estão abaixo disso”, diz.
LCA
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) também é uma opção de investimento ao investidor interessado neste setor. Por ser isenta de tributação do Imposto de Renda, a LCA atrai mais atenção pela rentabilidade. São títulos de crédito emitidos por bancos. Uma vantagem é que são garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
CRA
O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é outra opção. Emitidos por empresas dos ramos imobiliário e agrícola, são formas de financiar as operações e projetos das companhias. Seus rendimentos são isentos de imposto de renda para as pessoas físicas. Não têm proteção do FGC.
Commodities
Por fim, existe a opção de investir em commodities. Nelas, o investidor pode encontrar diferentes tipos de contratos. Na B3, são negociados contratos futuros de boi gordo, café arábica, etanol hidratado, milho, soja e ouro.
Para saber mais sobre este setor, a B3 em parceria com a CVM disponibiliza uma trilha de educação financeira sobre o assunto.