Câmbio

Como investir no dólar pela bolsa de valores?

A B3 oferece opções para quem quer investir no dólar com o objetivo de diversificar o patrimônio ou se proteger da volatilidade do mercado

Dólar americano

O valor dos investimentos sobe e desce o tempo todo. Para se proteger da volatilidade do mercado, é comum investir em moedas fortes, como o dólar americano, o euro ou a libra esterlina.

Mas comprar dinheiro físico pode não ser a melhor ideia. Afinal, cédulas estão em desuso e oferecem maior risco de perda ou roubo. Também estão sujeitas ao pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado pelas casas de câmbio.

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Uma solução mais segura e que oferece menos custos é investir em moedas pela B3. São várias formas de aplicações: para escolher a mais adequada é necessário considerar objetivos financeiros e o perfil de investidor. Em comum, todas são maneiras simples e seguras de se criar uma reserva de valor.

As principais formas de investir em moedas estrangeiras são:

Contratos futuros de dólar

Os contratos futuros são uma modalidade de investimento em que o investidor se compromete a realizar uma operação, seja de compra ou de venda de moeda, em uma data pré-determinada. É uma forma de especular sobre o valor do dólar.

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As negociações dos contratos futuros são feitas da seguinte forma: um investidor que acredita que o preço do dólar vai subir compra a moeda pela cotação atual, mas só vai receber o ativo na data estabelecida pelo contrato. Se, na época do recebimento, o dólar realmente subir, o investidor lucra e poderá vender o que recebeu por um preço maior. Caso contrário, terá prejuízo.

Se o investidor acredita que a moeda irá se desvalorizar em relação ao real, ele pode vender os seus ativos pela cotação atual, mas só irá entregá-los ao comprador na data estabelecida. Assim, se o preço da moeda cair, o vendedor lucra com a operação, e vice-versa.

Opções de taxa de câmbio

Em poucas palavras, uma opção é um contrato que oferece a possibilidade, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo a um preço determinado em uma data futura. O mecanismo é uma opção de proteção contra possíveis perdas e foi criado para reduzir riscos de oscilação de preços. 

Se, no vencimento do contrato, o negócio não estiver valendo a pena, quem o comprou pode desistir dele. Mas, nesse caso, será obrigado a pagar uma taxa pré-estabelecida. 

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As opções de dólar comercial são instrumentos que mitigam os riscos das instituições que têm ativos ou passivos referenciados à moeda. Basicamente, trata-se de uma proteção contra possíveis perdas e uma ferramenta para criar estratégias de especulação sobre a trajetória de preço da moeda. 

ETFs (Exchange Traded Fund)

Os ETFs, sigla para Exchange Traded Fund, ou fundos de índice, em português, são um tipo de fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores.

Esses fundos têm como objetivo acompanhar a rentabilidade de algum índice de referência. Para isso, o gestor do fundo precisa montar a carteira de forma que ela fique o mais próxima possível da carteira teórica do índice. Por isso, se diz que a gestão do ETF é passiva.

Nesse sentido, um ETF que busque acompanhar o desempenho do S&P 500 – principal índice acionário dos Estados Unidos – vai replicar a carteira teórica do índice. Dessa forma, se o S&P 500 subir, o fundo também ganha.

Os ETFs também podem acompanhar outros indicadores econômicos. Assim, se o objetivo do investidor é se expor a uma moeda internacional, será necessário escolher um ETF que tenha como referência ativos atrelados a essa moeda, como os índices acionários de algum país específico, setores da economia ou, até mesmo, um fundo de índice que acompanhe a variação da própria moeda.

A bolsa de valores do Brasil também oferece um sistema de visualização da taxa referencial de câmbio. Você pode checá-lo aqui!

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