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7 fatos e frases que resumem a 2ª semana de dezembro no mercado e na economia

Nova redução na Selic, perspectiva de baixa dos juros nos EUA e inflação em direção à meta. Semana teve ainda recorde histórico do Ibovespa e pacote de austeridade na Argentina

A nova redução dos juros no Brasil, com a Selic em 11,75% ao ano, era esperada pelo mercado. Assim como a manutenção da taxa nos Estados Unidos. A surpresa mesmo veio com o discurso do presidente do Fed. Jerome Powell afirmou que provavelmente o BC americano já terminou o processo de subida dos juros.

A declaração foi como música nos ouvidos dos investidores, que passaram a precificar uma redução dos juros americanos já no 1º semestre de 2024. Essa perspectiva levou a Bolsa do Brasil ao maior patamar nominal (descontada a inflação) de fechamento da história. 

Na Argentina, o pacote econômico de Javier Milei pretende cortar gastos públicos equivalentes a 5% do Produto Interno Bruto. Nas finanças, teve B3 Convida com a empresária Mica Rocha.

Relembre, a seguir, os principais fatos e frases que marcaram a semana:

1) “OS INVESTIDORES PODEM SE PREPARAR PARA UM CICLO DE CRESCIMENTO MAIS SUSTENTÁVEL, COM BAIXA INFLAÇÃO E BAIXO DESEMPREGO”. (Fernando Haddad, ministro da Fazenda)

O Comitê de Política Monetária reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros. A Selic agora está em 11,75% ao ano, menor patamar em dois anos. Os membros do Copom sinalizaram uma nova redução na mesma proporção na próxima reunião.

A decisão foi comemorada pelo ministro da Fazenda. Fernando Haddad afirmou que a decisão do Copom e os indicadores de inflação mostram que a política econômica está no caminho certo. 

A nova queda da Selic já era esperada pelos investidores, que voltaram a fazer as contas de onde vale mais a penas começar a aplicar. O B3 Bora Investir ouviu especialistas para saber quais as melhores oportunidades de investimento neste novo cenário. Também detalhamos quanto vai render agora uma aplicação de R$ 10.000 no Tesouro Direto.

2) “SABEMOS QUE HÁ RISCO EM SEGURAR JUROS ALTOS POR MUITO TEMPO”. (Jerome Powell, presidente do Federal Reserve)

O Federal Reserve manteve a taxa básica de juros no patamar entre 5,25% e 5,50% na última reunião do ano. O movimento era esperado pelo mercado, mas a sinalização de que o ciclo de ajustes monetários pode ter chegado ao fim animou os investidores.

Jerome Powell afirmou que a autoridade monetária provavelmente já terminou de aumentar a taxa básica de juros, mas manteve aberta a opção de agir novamente, se necessário. Diante da fala do presidente do Fed, diversos bancos estrangeiros anteciparam a suas expectativas para o início do ciclo de flexibilização monetária nos EUA

3) IBOVESPA ATINGE O MAIOR PATAMAR DA HISTÓRIA

A amplitude entre os juros dos EUA e a Selic alcançou o menor patamar em mais de três anos, com os dois indexadores apontando uma diferença de 6,25%. Esse movimento beneficiou a renda variável.

Na semana que passou, a Bolsa do Brasil atingiu o maior fechamento da história em valor nominal (sem descontar a inflação), superando a marca anterior, de 130.776 pontos, registrada em 7 de junho de 2021.

Juros mais baixos nos Estados Unidos reduzem a rentabilidade dos títulos públicos do país e favorecem os ativos de risco, como o mercado de ações. Os sinais advindos do Fed, de que os juros devem começar a cair em 2024, também impulsionaram as bolsas internacionais. 

4) BRASIL E EUA EM PROCESSO DE DESINFLAÇÃO

Pelo lado da inflação, as economias do Brasil e dos Estados Unidos permanecem com um processo de queda nos preços – apesar de alguns repiques pontuais, como aconteceu em novembro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo avançou 0,28% no mês passado, ante uma alta de 0,24% em outubro. Apesar da leve aceleração, em 12 meses a inflação acumula avanço de 4,68% – abaixo do teto da meta perseguida pelo Banco Central, que é de 4,75%. 

A inflação subiu 0,1% em novembro nos Estados Unidos, após uma estabilidade no mês anterior. Apesar da leve alta, o índice de preços de gastos com consumo ficou em 3,1% na taxa anualizada, dentro do projetado pelos analistas.

5) “NO HAY PLATA”. (Javier Milei, presidente da Argentina)

O governo da Argentina apresentou seu primeiro pacote fiscal para tentar conter a crise econômica, uma das piores da história e que mergulhou o país em um espiral de hiperinflação e aumento da pobreza. 

Dentre as principais medidas estão um corte dos gastos públicos equivalente a 5% do Produto Interno Bruto do país, desvalorização do peso em relação ao dólar e a suspensão de novas licitações.

Parte das medidas anunciadas pela equipe de Javier Milei, em especial um aumento provisório do imposto de importação, pode diminuir o fluxo de vendas do Brasil para o país vizinho.

Para os brasileiros que pretendem viajar à Argentina, apesar da desvalorização, o câmbio segue atraente para turistas, mas a cotação no paralelo (dólar blue) deverá ser um ponto de atenção para quem planeja visitar os nossos hermanos.

+ Réveillon 2024: quanto custa passar o Ano Novo na Argentina

6) B3 CONVIDA MICA ROCHA: “O EMPREENDEDORISMO É UM CAMINHO NÃO LINEAR, QUE NÃO TEM MANUAL DE INSTRUÇÕES, A NÃO SER A SUA INTUIÇÃO”.

O B3 Convida desta semana conversou com Mica Rocha – empresária, publicitária, influenciadora digital, apresentadora e autora de best sellers.

A executiva falou dos desafios de ser uma mulher empreendedora, deu dicas de como fazer o seu negócio render e não escondeu frustrações passadas durante a sua jornada. “Às vezes o empreendedor dá uma “sangrada”, mas ele também precisa saber a hora de fechar a torneira”, contou. 

7) DÍVIDAS E CONTAS

Com a chegada do fim do ano e início do próximo, as contas começam a chegar e as dívidas ainda sem quitação passam a preocupar os brasileiros. Vale então a pena pegar um empréstimo para quitar as pendências? A troca só vale se os juros forem menores do que os pagos atualmente.

Na semana que passou, o governo prorrogou o programa de renegociação de dívidas, o Desenrola Brasil. Agora o acesso ao sistema para renegociar débitos foi alterado, sendo possível participar a partir do nível bronze de cadastro no gov.br.

IPVA e IPTU: vale a pena pagar à vista com desconto ou parcelado? O B3 Bora Investir também conversou com especialistas para entender e sanar de vez essa questão.

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