Dicas financeiras para investir em hobbies: música, esportes e idiomas
O B3 Bora Investir preparou algumas dicas para quem quer investir em hobbies como música, idiomas ou esportes. Confira!
Com o ano começando, também se iniciam alguns projetos. Além daqueles de médio e longo prazo, como comprar um carro ou conquistar a independência financeira, alguns objetivos relacionados ao bem-estar pessoal, como investir em hobbies, demandam menos tempo, mas ainda requerem planejamento financeiro adequado.
O B3 Bora Investir preparou algumas dicas para quem pretende aprender um instrumento musical, praticar esportes ou começar um curso de idioma. Confira a seguir!
Objetivos e orçamento necessário para investir em um hobby
Segundo Florence Correa, Planejadora Financeiro CFP® pela Associação Brasileira dos Planejadores Financeiros (Planejar), para investir em hobbies a regra é a seguinte: controlar o fluxo de caixa pessoal para que a prática deles não comprometa o orçamento.
“Pensando que o orçamento é composto por entrada e saída de recursos, é preciso dedicar atenção ao primeiro elemento para saber se a renda é adequada ao projeto. Isso faz a atenção se voltar para os números e garante que o objetivo escolhido não seja suspenso no futuro,” afirma Florence.
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Outro requisito para investir em hobbies é autoconhecimento, isso é, saber em que momento da vida financeira se está . “Se alguém está em fase de acumulação, será preciso um tempo durante o qual parcelas das entradas serão reservadas para cumprir o objetivo. Isso é comum entre as pessoas mais jovens. Se é alguém que já está aposentado e tem um patrimônio considerável, e portanto já passou da fase de acumulação, talvez não seja preciso esse tempo de preparo”, observa a planejadora financeira.
Como se organizar financeiramente para aprender a tocar um instrumento?
De acordo com Florence Correa, aprender a tocar um instrumento musical é o objetivo que demanda mais gastos, pois eles se estendem ao longo do tempo.
“Conforme a pessoa progride, irá precisar de instrumentos melhores. Como alguns são muito caros, como piano e violino, vale a pena praticar com os instrumentos da escola durante o início, até se ter certeza de que aquele é o instrumento ideal.” Florence também lembra que há no mercado opções de instrumentos infantis. Eles costumam ser mais baratos e podem ser uma boa escolha para crianças.
Já outros instrumentos requerem equipamentos para funcionar, como a guitarra elétrica, que também demanda gastos com amplificador e cabos.
Peças de reposição, como cordas, também devem entrar na conta de quem planeja aprender um instrumento. Também é importante lembrar que muitos instrumentos, peças e equipamentos são importados, logo, seus preços sobem quando o dólar está alto. Hoje, a moeda americana está na faixa dos R$ 5.
Uma saída para reduzir os custos pode ser procurar por marcas que não sejam dolarizadas. Por exemplo, um pedal de efeito de fabricação norte-americana, próprio para guitarra, está hoje na faixa de R$ 1.000. Já o mesmo efeito disponibilizado por uma empresa chinesa pode ser encontrado por R$ 200.
Prática de esportes: entenda como investir em hobbies de lazer
Nos esportes, também há saídas para se gastar menos. “Hoje é muito comum a prática conjunta de atividades ao ar livre e de graça, como aulas de Yoga em parques públicos. Já no caso do ciclismo, por exemplo, o investimento inicial de comprar uma bicicleta pode ser substituído por programas de aluguel, que contam com várias opções de pacote.”
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Outras categorias de esportes podem ter gastos adicionais. “Como planejadora financeira, já vi muitos clientes dedicarem gastos altos à prática esportiva. É o caso de esportes que levam a um estilo de vida próprio. Se alguém quer praticar remo ou natação, por exemplo, o deslocamento até locais de prova, que podem ser até outras cidades, somam aos gastos e ao planejamento financeiro como um todo”, considera Florence.
Curso de idiomas: investir em hobbies também é pensar no futuro
Assim como os esportes, há opções de cursos de idiomas para todo tipo de orçamento, inclusive os gratuitos e disponíveis no YouTube e redes sociais. “Nesse quesito, é importante que se faça uma pesquisa para saber se a gratuidade compensa, pensando na relação de custo-benefício”, observa Florence.
Uma vez que muitos planejadores financeiros dividem os objetivos em “cestas” em que quantias são depositadas para as realizações futuras, é possível unir dois objetivo num só.
“Uma alternativa é aproveitar uma viagem que se faria ao exterior para se aperfeiçoar num idioma. Essa é uma prática que compensa, pois a imersão em outro país pode pular várias etapas de um curso que se faria no Brasil”, conclui Florence.
A planejadora faz a ressalva de que a imersão deve ser bem planejada. Para que o aperfeiçoamento do idioma seja de fato cumprido, é importante se concentrar no estudo e convívio com nativos, uma vez que o contato com brasileiros no exterior pode atrapalhar a progressão do estudo de determinada língua.
Ainda precisa de dicas para organização financeira como um todo? Este vídeo sobre o tema pode te ajudar:
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