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A visão de 10 gestoras de fundos sobre a economia brasileira

Veja o resumo das cartas mensais das principais gestoras referentes ao mês de junho elaborado por inteligência artificial e divulgadas pela Gorila

As cartas mensais de gestoras de fundos de investimento costumam dar uma visão valiosa para a economia. Afinal, são escritas por profissionais cujo trabalho é monitorar, diariamente, os principais indicadores do mercado com o objetivo de realizar os melhores investimentos para os cotistas de seus fundos.

As visões, por vezes, podem ser conflitantes. Contudo, servem como referência e, principalmente, inspiram cautela, pois o cenário pode ser alvo de incertezas. Alguns fundos abrem suas posições. Ou seja, mostram, de forma prática, no que estão investindo no momento, e quais são as suas expectativas.

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Veja abaixo um resumo das cartas de junho de 10 gestoras (Verde, Kinea, Ibiúna, Dahlia, Legacy, Alaska, Santander, Opportunity, Armor e Itaú BBA), e o que elas dizem sobre juros, inflação e crescimento da atividade econômica. Os documentos foram compilados e resumidos pelo consolidador de investimentos Gorila, por meio do uso de inteligência artificial.

Verde Asset

No cenário global, a gestora acredita que a economia está se recuperando rapidamente após a pandemia de covid-19, com os bancos centrais mantendo as taxas de juros baixas para estimular o crescimento econômico. No entanto, há preocupações com a inflação em alguns países e a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China continua sendo um fator de risco.

No cenário brasileiro, a economia está se recuperando gradualmente, com a retomada da atividade econômica e a queda da taxa de desemprego. O governo brasileiro tem implementado reformas importantes, como a reforma da previdência, mas a incerteza política ainda é um fator de risco. 

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A exuberância dos mercados acionários, mesmo diante de um cenário onde a taxa de desconto segue subindo devido à lucratividade das empresas, tem se mostrado melhor que o temido, fruto de um bom controle de custos (especialmente no setor de tecnologia) e da resiliência do consumo na maioria dos mercados.

Para os gestores, a economia americana se mostrou mais robusta do que o consenso imaginava, resultado de balanços bastante sólidos (empresas e famílias tomaram dívida a taxas baratas na época do juro zero). Em outras palavras, a sensibilidade da economia a juros altos é menor do que imaginado.

A pressão de custos, tanto do lado da energia e outras commodities, quanto do lado dos salários, ainda não se materializou de forma significativa.

Posições

O fundo da Verde voltou a ter uma pequena exposição vendida em bolsa global, além de continuar com relevante alocação no mercado brasileiro. A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida.

A casa está tomada em juros na parte curta da curva, mas reduziu substancialmente a compra em inflação nos EUA, passando a estar aplicada no juro real lá, e continua tomada no Japão. A posição em ouro foi mantida, assim como a pequena alocação em petróleo. As posições em crédito high yield global e local também foram mantidas.

O fundo teve ganhos nas posições em ações no Brasil, em operações de juros nos EUA e Europa, no livro de crédito e na posição de inflação implícita americana. As perdas vieram do hedge em inflação implícita no Brasil, das posições de commodities, especialmente ouro, bolsa global e juros no Japão.

Clique aqui para ler a carta da Verde na íntegra 

Kinea Investimentos

A Kinea apresenta uma visão cautelosa sobre o cenário econômico brasileiro e internacional, com destaque para a resiliência observada no primeiro semestre e a possibilidade de fadiga no segundo semestre.

No cenário internacional, destaca a desaceleração da economia global e a expectativa de redução de juros, que tem impulsionado a bolsa de valores. No entanto, a gestora alerta que essa expectativa pode não se sustentar no decorrer do ano, o que justifica um posicionamento mais tático.

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No cenário brasileiro, a Kinea reconhece a resiliência da economia no primeiro semestre, mas destaca que o cenário para o final do ano demanda mais cautela. A gestora não vê um cenário de reaceleração econômica que justificaria uma sequência de upgrades nos lucros do setor privado. Além disso, as medidas fiscais anunciadas até o momento não são suficientes para atingir a meta para as contas públicas no próximo ano.

A Kinea reforça a importância de uma visão de longo prazo e de uma gestão ativa e tática para enfrentar os desafios do cenário econômico atual. Também destaca a importância de uma abordagem seletiva e diversificada, com foco em ativos de qualidade e com potencial de geração de valor.

Clique aqui para ler a carta da Kinea na íntegra 

Ibiuna Investimentos 

O fundo Ibiuna Hedge teve um rendimento positivo em junho e acumula retornos favoráveis ao longo de diferentes períodos. Contudo, a incerteza sobre o fim do ciclo de aperto monetário global continua afetando os preços dos ativos. No Brasil, os ativos tiveram bom desempenho em resposta a fatores positivos de curto prazo.

No segundo semestre, o foco será o impacto do fim do aperto monetário global e o relaxamento monetário em outros países. Espera-se queda nos juros longos e enfraquecimento do dólar, afetando bolsas, câmbio e juros.

Posições

A estratégia macro do fundo adota posições em juros no Brasil e no exterior, reduzindo exposição em juros curtos nos EUA. Há uma posição vendida em dólar e comprada em moedas de maior carrego. Na renda variável, há posições táticas no Ibovespa e na bolsa americana, além de exposição em ações brasileiras. O fundo também mantém alocação de risco em crédito e estratégias quantitativas.

Os destaques positivos do mês incluíram ganhos na compra do Real e em investimentos de juros no Brasil, além de posições compradas no índice Ibovespa.

No exterior, houve benefícios nas posições de moedas e nas bolsas americana e japonesa. No entanto, o livro de juros no G10 teve um desempenho negativo em junho. O setor de consumo discricionário e o setor financeiro tiveram as maiores contribuições positivas no mês. Além disso, o setor de energia continuou sendo um destaque positivo.

Clique aqui para ler a carta da Ibiuna na íntegra 

Dahlia Capital

Para a gestora, a desinflação global e no Brasil abre espaço para o início do ciclo de cortes de juros, e a provável aprovação de uma nova âncora fiscal minimamente crível reduz o risco de crescimento descontrolado da dívida pública brasileira.

No entanto, é importante analisar como os juros impactam as ações e as empresas. O aumento dos juros afeta os múltiplos das empresas e as taxas de desconto utilizadas em modelos de avaliação, reduzindo o valor presente dos ativos. A queda da Selic se reflete no custo da dívida, uma vez que a maior parte da dívida das empresas brasileiras é indexada à taxa básica de juros.

Além disso, juros mais altos aumentam o custo de investimento em novos projetos ou expansão dos negócios, o que pode levar as empresas a adiar ou reduzir seus planos de investimento, limitando seu crescimento. Também pode haver uma redução no consumo, já que os consumidores têm menos acesso a crédito e enfrentam custos mais altos de financiamento.

Portanto, embora as ações possam já precificar a queda de juros, os efeitos nos múltiplos das empresas, no custo da dívida e nos planos de investimento e consumo devem ser considerados ao avaliar o impacto das mudanças na taxa de juros no mercado acionário, recomenda a Dahlia.

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Embora as curvas de juros futuras indiquem uma possível queda da taxa Selic para abaixo de 10% no final de 2024, acredita-se que as ações ainda não precificam completamente essa redução. Modelos indicam que o mercado de ações no Brasil reflete algo próximo a 12%, enquanto o mercado de juros já antecipa uma Selic abaixo de 10%.

Um modelo que considera o valor de mercado das empresas brasileiras em relação à base monetária nacional, os múltiplos de lucro de algumas empresas domésticas e a relação entre ações de alto e baixo valor de mercado sugere que os múltiplos das empresas ainda têm espaço para subir, especialmente as Small Caps.

À medida que nos aproximamos do final do ciclo de aperto de juros nos Estados Unidos e do início do ciclo de cortes no Brasil, há um aumento do risco nos fundos.

Posições

Os portfólios são mantidos balanceados, com posições em ações, juros, moedas e commodities, e com proteções, principalmente contra uma desaceleração mais acentuada da economia americana.

Clique aqui para ler a carta da Dahlia na íntegra 

Legacy Capital

A Legacy Capital apresenta uma visão geral da economia dos EUA, que tem mostrado resiliência, apesar de alguns sinais de desaceleração no mercado de trabalho. Os setores mais cíclicos, como veículos e propriedades residenciais, seguem mostrando força, a despeito do aperto das condições de crédito à compra destes bens. A inflação (PCE) deverá registrar desaceleração nas próximas divulgações, na visão dos gestores. 

O documento também apresenta um panorama dos mercados em junho de 2023, destacando o crescimento das economias desenvolvidas e emergentes. As bolsas e moedas seguiram se apreciando, e as curvas de juros das economias centrais abriram.

Já no Brasil e em outras economias emergentes, como México e Chile, os juros seguiram caindo, como reflexo da aproximação do corte de juros nestes países. O desempenho do fundo em relação ao CDI no mês de junho foi positivo, com as posições em juros locais e externos sendo as principais responsáveis pelo resultado.

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A Legacy Capital apresenta uma análise do cenário econômico brasileiro, que segue positivo, com indicações de alta frequência sugerindo que a economia seguiu em expansão ao longo do segundo trimestre de 2023. A dinâmica do mercado de trabalho segue favorável, com a taxa de desemprego permanecendo próxima a seus níveis mínimos.

Já a inflação vem mostrando melhora mais consistente, em especial nas componentes de bens industriais e alimentação, tendo em vista a normalização das cadeias globais, a apreciação cambial, a queda nos preços de commodities e os elevados juros reais. As projeções de inflação são de 4,7% em 2023 e de 3,8% em 2024.

Clique aqui para ler a carta da Legacy na íntegra 

Alaska

Em junho, a economia global apresentou uma divergência entre o setor de manufaturas estagnado e o setor de serviços resiliente, tanto em economias desenvolvidas quanto emergentes. A inflação refletiu essa tendência, com desaceleração nos preços de bens e discreta melhoria nos preços de serviços, na visão da casa.

Outro destaque foi a diferença nos ciclos de aperto monetário entre economias emergentes, que estão próximas de iniciar uma política de relaxamento monetário, e de economias desenvolvidas, que ainda elevaram suas taxas de juros.

Na China, os indicadores de atividade continuaram desapontando, levando o Banco Central a reduzir as taxas de juros de forma considerada insuficiente para reverter a desaceleração. 

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No Brasil, os indicadores de atividade mostraram crescimento contínuo, embora em ritmo mais lento, e houve melhorias nos indicadores de inflação. O Banco Central do Brasil sinalizou a disposição de iniciar o ciclo de cortes de juros na próxima reunião em agosto. Além disso, foram discutidos o novo arcabouço fiscal no Senado e a proposta de reforma tributária na agenda legislativa do país.

A casa acredita que o Banco Central iniciará um ciclo de redução da taxa Selic em agosto, após a diminuição da inflação, redução de riscos fiscais e definição de metas de inflação pelo CMN, o que melhora as expectativas de longo prazo.

Posições

A Alaska mantém uma visão neutra positiva em relação ao Brasil, especialmente em termos de desempenho de curto a médio prazo.

Sua estratégia inclui um nível mínimo de caixa, com posições acima do nível estrutural nas partes curta e intermediária da curva de juros nominal, assim como na parte intermediária da curva de juros real.

Além disso, mantém posições estruturais em crédito privado e levemente abaixo do estrutural em fundos multimercado e no mercado de ações local (por meio de uma combinação de índices Ibovespa e Small Caps). Dada a melhora do ambiente interno, prefere alocar mais nos mercados de ações locais em relação aos internacionais.

Clique aqui para ler a carta da Alaska na íntegra 

Santander Asset

Para a casa, permanece a visão de um cenário internacional desafiador, onde a inflação nas principais economias desenvolvidas ainda se mantém elevada e acima das metas estabelecidas. O processo de desinflação está ocorrendo, porém em um ritmo mais lento, com expectativa de convergência para níveis próximos das metas apenas no final de 2024. O mercado de trabalho apertado representa um risco para a desinflação projetada, podendo resultar em um movimento ainda mais gradual.

A elevação dos juros continua em curso, com o Fed indicando a possibilidade de ajustes adicionais nos EUA e o ECB sugerindo taxas mais altas na Zona do Euro, próximo de 4,0%. A redução dos juros ainda neste ano é pouco provável, com o debate sobre essa questão adiado para 2024. Essa política monetária restritiva terá efeitos sobre as condições financeiras. Embora os principais Bancos Centrais estejam próximos do estágio final do ciclo, o impacto nas taxas finais será limitado em relação às projeções atuais.

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O PIB global deve desacelerar nos próximos trimestres devido à política monetária contracionista, com os EUA desacelerando mais intensamente e a Zona do Euro mantendo um ritmo fraco de atividade. Além disso, a economia chinesa está passando por um desaquecimento mais pronunciado do que o previsto, após um primeiro trimestre forte devido à reabertura pós-pandemia.

O cenário de inflação no Brasil tem evoluído de forma mais favorável recentemente, com uma desaceleração do IPCA que parece mais rápida do que o esperado. Embora o núcleo da inflação ainda esteja em um patamar elevado e acima da meta, alguns fatores condicionantes, como a taxa de câmbio e as commodities, estão apresentando uma trajetória mais benigna. As projeções de inflação para 2023 e 2024 também têm recuado.

Posições

Para a renda fixa doméstica, mantém-se uma visão neutra com viés positivo. A perspectiva é de que não ocorram cortes de juros neste ano, devido à persistência da inflação de serviços e à resiliência do mercado de trabalho. No cenário fiscal, houve uma diminuição da cautela, contribuindo para uma visão mais construtiva do cenário de inflação.

No crédito privado, a visão é neutra, observando-se uma redução no fluxo de resgates e uma queda nos spreads de crédito para papéis de melhor qualidade creditícia, embora os papéis com maior risco de crédito ainda estejam sob pressão.

Na Bolsa de Valores local, a visão é neutra com viés positivo. Internacionalmente, embora haja um curto prazo mais positivo, os fundamentos ainda apontam para um cenário desafiador, com juros elevados e expectativas de desaceleração da atividade econômica.

No cenário local, a queda dos juros e o aumento potencial de entradas na Bolsa podem favorecer a valorização. A preocupação com o impacto das medidas fiscais tem diminuído, mas as discussões em curso podem afetar a renda variável doméstica.

Em relação ao câmbio, a visão da casa é neutra. O diferencial de juros entre o Brasil e os EUA continua relevante e tende a favorecer o Real frente ao dólar. No entanto, a queda dos juros pode exercer pressões negativas devido à diminuição do diferencial nos próximos meses.

Clique aqui para ler a carta da Santander na íntegra

Opportunity Asset

Durante o mês de junho, houve uma combinação de diminuição das pressões inflacionárias e resiliência na atividade econômica a nível global. As economias avançadas estão em diferentes estágios do ciclo de aperto monetário, com alguns bancos centrais ainda em processo de elevação de taxas de juros, enquanto outros estão começando a pausar ou reduzir o ritmo de alta, na visão dos analistas da casa.

O Banco Central Europeu (ECB) mostrou preocupação com a convergência da inflação para a meta de 2% e indicou uma alta adicional de juros em sua próxima reunião. O Federal Reserve (Fed) sinalizou pelo menos mais duas altas de juros, mesmo com setores sensíveis aos juros apresentando desaceleração. Nas economias emergentes, houve sinalizações concretas de cortes de juros pelo Chile e pelo Brasil, e há chances crescentes de cortes em outros países, como México, República Tcheca e Polônia.

Na China, medidas monetárias e fiscais estão sendo adotadas para impulsionar o crescimento. No Brasil, a taxa de juros está em um patamar restritivo, mas há sinais de desaceleração na demanda interna e uma perspectiva favorável para a convergência da inflação. Espera-se o início de cortes de juros na próxima reunião do Copom em agosto.

Posições

A estratégia do fundo envolve posições aplicadas na parte curta da curva DI no mercado brasileiro e posições aplicadas em curvas de juros de países emergentes no mercado internacional, além de uma pequena posição comprada em bolsas internacionais, concentrada no setor de tecnologia.

Clique aqui para ler a carta da Opportunity na íntegra 

Armor Capital

No cenário externo, a reunião do FOMC nos Estados Unidos resultou na manutenção da taxa básica de juros, como era amplamente esperado. No entanto, as projeções divulgadas mostraram a perspectiva de duas altas adicionais nas taxas futuras, levando a uma taxa terminal de 5,75%.

O Federal Reserve destacou sua disposição em trazer a inflação de volta para a meta de 2%. Apesar disso, já são observados sinais de desaceleração na atividade econômica e há melhorias em alguns indicadores de inflação. Essa postura mais combativa do Fed pode ser explicada pela busca por estabilidade e pelo viés cognitivo da ancoragem.

No cenário doméstico, a ata do Copom indicou de forma mais clara a possibilidade de redução da taxa Selic em agosto, considerando a continuidade do processo de desinflação e o impacto nas expectativas. O Comitê mencionou a construção da confiança necessária para iniciar um processo de redução da taxa de forma parcimoniosa.

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O Copom apresentou uma avaliação mais positiva do cenário fiscal, afirmando que o arcabouço fiscal reduziu a incerteza. A manutenção da meta de inflação em 3% pelo CMN também contribui para as expectativas de inflação descendentes. A perspectiva do Brasil foi revisada para positiva pela S&P, devido ao novo arcabouço fiscal e ao crescimento econômico.

Projetamos taxas de câmbio mais baixas e revisamos as previsões de IPCA para 2023 e 2024. O PIB brasileiro superou as expectativas, impulsionado pelo desempenho da agricultura. Revisamos nossa previsão de crescimento do PIB para 2023 e estimamos que a Selic chegará a 11,25% no final de 2023 e a 8,75% no final de 2024.

No mês de junho, as bolsas internacionais tiveram um desempenho positivo, apesar do aumento das taxas de juros nos EUA. O mercado doméstico registrou uma queda nas taxas de juros, impulsionada pelas expectativas de corte de juros e revisão das perspectivas de inflação. O índice Bovespa teve um aumento de 9% e o real se valorizou frente ao dólar.

Posições

As posições compradas em bolsa e em real, assim como as posições aplicadas em juros reais, contribuíram para o desempenho positivo do fundo no mês.

Clique aqui para ler a carta da Armor na íntegra 

Itaú BBA

Nos EUA, os dados econômicos continuam mostrando resiliência, com setores cíclicos se recuperando e geração de emprego robusta. O Fed surpreendeu o mercado ao sinalizar duas altas de juros adicionais, mas em um ritmo mais lento. A desaceleração da economia é evidenciada pela queda nas horas trabalhadas e indicadores de sentimento mais fracos.

No México, a inflação continua recuando, o que pode levar o Banxico a iniciar um ciclo de cortes de juros. No Chile, o Banco Central manteve a taxa estável, mas há percepção de uma desaceleração mais forte da atividade. Na China, surgiram rumores de novos estímulos diante do desapontamento com o crescimento almejado, mas o governo prioriza a “nova economia”.

No mercado doméstico, foram resolvidos os principais temas em relação ao arcabouço fiscal e à meta de inflação. O Banco Central sinalizou um possível corte de juros na próxima reunião, o que é provável devido à expectativa de dois novos diretores e melhorias nas determinantes da inflação. O mercado precifica um corte maior do que o esperado. O book de renda variável contribuiu positivamente, beneficiando-se do fechamento da curva de juros e empresas com menor despesa financeira. Ainda há espaço para melhora gradual nos preços das ações, mas a assimetria reduziu.

Posições

O banco de investimento decidiu encerrar uma pequena posição que havía tomado na parte curta e aplicada na parte intermediária da curva de juros no mês anterior. Também está sem posições relevantes em moedas.

O Itaú BBA continua com sua posição nas inflações relativas aos EUA contra a Zona do Euro. No México, manteve a posição na parte intermediária da curva de juros. No Chile, tem uma posição na parte curta e aplicada na parte intermediária.

Além disso, iniciou uma pequena posição aplicada nos EUA. O banco segue comprado em uma carteira diversificada de bonds de empresas brasileiras, as principais alocações estão em empresas ligadas aos setores de óleo e gás e a empresas sensíveis a juros não cíclicas. Mantém uma posição vendida em petróleo, via opções, como hedge da posição comprada nas empresas de óleo e gás. 

Clique aqui para ler a carta do Itaú BBA na íntegra