O que é volatilidade? Entenda com o Bora!
A volatilidade afeta todos os investimentos, mas alguns deles são mais instáveis do que outros
Por Guilherme Naldis
A volatilidade é um conceito que se refere a mudanças: seja do comportamento humano ou do estado de uma substância. Mas, nas finanças, a volatilidade pode ser definida pela frequência e intensidade da oscilação de preços de um ativo.
Todo investimento é volátil e, por isso, registra variação nos seus preços. É impossível pensar em alguma aplicação financeira que não reaja às mudanças no quadro fiscal do país ou às decisões da taxa básica de juros, a Selic. Porém, alguns ativos são mais voláteis do que outros, e suas oscilações podem depender de inúmeros fatores.
A volatilidade é uma via de mão dupla: ao mesmo tempo que pode gerar lucros astronômicos, pode reduzir um patrimônio investido a centavos. Por isso, tem quem a evite a todo custo, enquanto os mais arrojados mergulham de cabeça nas incertezas.
Bora entender como a volatilidade funciona!
O que é volatilidade?
A volatilidade é uma forma de mensurar as mudanças de preços que um ativo ou um mercado registra em um determinado período. Quanto maior a volatilidade, maior a flutuação dos preços.
“Ativos mais voláteis são mais arriscados. Por isso, no mercado, a volatilidade também pode ser entendida como medida de risco”, diz Lucas Rufino, CEO e Fundador da Simpla Invest.
O que pode causar volatilidade?
Como a volatilidade está presente em todos os investimentos, é preciso saber o que afeta o preço em cada uma das aplicações. Afinal, o que mexe com o valor de uma ação pode não fazer diferença nenhuma para outra.
Entretanto, algumas variáveis são praticamente universais, pois costumam mover todo o mercado. Uma delas é a Selic, os juros básicos do País, que afeta todos os segmentos da economia. A inflação e o desemprego também, já que estes indicadores estão ligados a todos os setores e a todas as camadas da população.
Mas, em momentos de crise, a expectativa por esses dados aumenta, assim como a volatilidade. Em outros casos, informações diferentes podem vir a mover o mercado, mesmo que estes dados não sejam, em condições normais, tão decisivos para tudo.
Um exemplo são dados relacionados ao petróleo: normalmente, eles só interessam aos setores petroquímicos, de plásticos e de transportes. Mas, em um momento de crise de preços ou escassez, qualquer dado, positivo ou negativo, a respeito desta commodity fará os preços gerais oscilarem. O mesmo vale para outros setores e mercadorias.
Como a volatilidade afeta meus investimentos?
Quando um investidor descobre seu perfil de risco, ele está, na verdade, descobrindo sua tolerância à volatilidade, explica Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
E, para lidar bem com as imprevisibilidades do mercado de ações, que é, por definição, mais volátil que a renda fixa, o especialista afirma que é necessário ter experiência e conhecimento de mercado.
“Sem sombra de dúvida, os investidores mais arrojados são os melhores para lidar com investimentos que oscilam muito”, diz. Ao passo que um ativo tido como instável pode se valorizar a partir de uma notícia boa, ele também pode perder grandes parcelas de seu valor de mercado em pouco tempo. Por isso, é preciso frieza.
Como escapar da volatilidade?
Não há uma estratégia única para evitar perdas ou aumentar lucros em cenários de grande volatilidade, pois cada investidor tem diferentes objetivos e tolerância ao risco. Mas, a primeira delas você já conhece: constituir uma reserva de emergência e, ao poucos, traçar uma estratégia de investimentos progressiva.
Para evitar que uma carteira fique perigosamente à mercê da volatilidade do mercado, é importante diversificar o portfólio. Assim, é importante distribuir os recursos entre diferentes classes de ativos, setores e regiões geográficas. “Dessa forma, se um ativo estiver sendo afetado pela volatilidade, outros podem compensar as perdas”, diz Wanessa Guimarães, planejadora financeira CFP pela Planejar.
Como se beneficiar de momentos de grandes oscilações?
Alguns ativos podem se beneficiar de mercados voláteis. Um exemplo são as opções de ações, que oferecem aos investidores o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo a um preço pré-determinado em uma data futura. A volatilidade dos preços das ações pode aumentar o valor das opções, oferecendo oportunidades de lucro.
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