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Onde investir para fazer a festa de casamento em um ano

Não importa o tamanho: festas de casamento exigem fazer frente a múltiplos gastos. Mas é possível se preparar para que, assim que o evento terminar, as despesas estejam quitadas

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Casamento e dinheiro. Foto: Adobe Stock

Festas de casamento podem ser do tamanho do seu sonho. Mas, de qualquer forma, exigem a contratação de muitos serviços. Além disso, a cerimônia pode ser repleta de detalhes: é necessário incluir até mesmo as taxas pagas ao cartório para formalizar a união. Isso sem contar a lua de mel: caso o casal queira viajar após o evento, acumulará ainda mais gastos.

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Para fazer frente a imprevistos e evitar dores de cabeça em um momento tão especial, o objetivo financeiro exige planejamento. Portanto, antes de sair parcelando tudo no cartão de crédito, especialistas recomendam não se endividar por causa da festa. É possível se preparar para que, assim que o evento terminar, todas as despesas estejam quitadas.

Veja abaixo onde investir para realizar uma festa de casamento em um ano:

Onde investir para uma festa de casamento?

Por conta do prazo curto do objetivo, de até 12 meses, a opção mais segura para investir o dinheiro da festa será em títulos pós-fixados que acompanham a Selic, como o Tesouro Selic e CDBs. “Por mais que a Selic esteja em tendência de queda, os juros ainda estão na casa dos dois dígitos. O objetivo deve ser preservar o dinheiro do avanço da inflação”, diz Carlos Castro, CEO da SuperRico.

Os CDBs podem ter liquidez diária ou vencimento pouco antes da data do evento, em seis meses. É possível também aplicar em CDBs sem liquidez diária, que oferecem um rendimento maior do que os que permitem resgates diários, diz Nayra Sombra, sócia da HCI Invest e planejadora financeira certificada pela Planejar.

Enquanto um CDB com liquidez diária está pagando de 100% a 103% do CDI, um CDB com vencimento em 1 ano está pagando entre 111% e 113% do CDI. “É uma diferença relevante para quem vai investir o dinheiro do 13º salário ou um bônus durante um ano. Já se o intuito for guardar um valor a cada mês até a data da festa, a diferença entre ambos os títulos será menor”.

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Ou seja, se o cliente aplicar R$ 10 mil por 1 ano, terá uma rentabilidade líquida de R$ 1.040 em um CDB com liquidez diária que renda 100% do CDI. Já em um CDB sem liquidez, que pague 111% do CDI, terá R$ 1.154,40. Sombra considerou o CDI de 13% ao ano e a alíquota de 20% de Imposto de Renda sobre o rendimento.

A poupança não é recomendada para esse investimento. Além de sua baixa rentabilidade (equivalente a 70% da Selic), é necessário lembrar que a aplicação rende apenas após a data de aniversário. Ou seja, se o investimento foi feito no dia 15, o rendimento será gerado apenas no dia 15 do mês posterior. Portanto, caso os noivos precisem resgatar o dinheiro no meio do mês, perderá o rendimento de um mês inteiro.

Um mês antes da cerimônia é recomendado não investir: apenas deixar o dinheiro na conta corrente. Isso porque, caso a quantia seja aplicada e retirada em menos de um mês, haverá a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Como o tributo vai comer toda a rentabilidade, é melhor evitar a dor de cabeça de colocar e retirar o investimento”, diz Sombra.

Gastos maiores podem entrar no orçamento mensal

O investimento mensal pode se concentrar em despesas menores, como buquê, decoração, aluguel do traje e vestido de noiva. É recomendável, ao estimar esses gastos, guardar de 10% a 20% mais, diz Sombra, da Planejar. Afinal, sempre surgem despesas imprevistas, como adicionar convidados à lista de presença ou descobrir que o contrato não inclui um gerador de luz.

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Outros gastos maiores, como aluguel do espaço para o evento, DJ para casamento, contratação do buffet, maquiagem, penteado, fotografia e vídeo, exigem compra com antecedência, pois o serviço ou profissional necessita reservar a data do evento. Neste caso, é necessário dar um ‘sinal’, que pode ser o dinheiro do 13º salário ou um bônus. Se o casal não tiver reservas anteriores, é possível parcelar o valor restante e criar um fluxo de pagamento para cada profissional, de forma a diluí-lo no orçamento mensal até a data do evento.