Objetivos financeiros

O que é mais barato: namorar ou ficar solteiro?

Namorar e ficar solteiro tem seus custos e suas economias. Veja o que compensa mais

Coração vermelho em um carrinho de comprar que representa os gastos de namorar
Dia dos Namorados influencia a inflação de serviços. Foto: Divulgação

Tudo na vida tem um preço: até mesmo o amor! Do ponto de vista das finanças, um relacionamento pode oferecer custos extras para os pombinhos, ao passo que outras despesas da vida solteira serão cortadas. Já quem está na pista não precisa se preocupar em investir no namoro, mas ao mesmo tempo precisa investir mais em si. 

Segundo Jenni Almeida, consultora de investimentos CVM, as duas opções oferecem gastos adicionais de um lado e economias de outro. “De imediato, começar a namorar significa poupar muito mais, já que as duas pessoas começam a ficar mais em casa e passam a fazer programas mais baratos”, explica.

A solteirice ou a busca por um relacionamento levam a uma necessidade de exposição social maior. Gastos com festas e baladas são mais recorrentes e a apresentação pessoal vira uma prioridade. Afinal, quem está em busca de um novo amor – ou só quer ficar, sem compromisso – precisa ver e ser visto. Para isso, gastos com roupas novas e cuidados estéticos são prioritários. 

Esta pressão sobre a apresentação pessoal varia entre os gêneros e é maior para as mulheres. “Mulheres têm de gastar muito mais com maquiagem, cabelo e unha”, adiciona Almeida.

Colocando o amor na ponta do lápis

Em comum, tanto os solteiros quanto os comprometidos têm um gasto mais ou menos recorrente: os dates. Quem namora precisa levar o mozão para dar uma volta de vez em quando. E, novamente, a conta pesa para o lado dos solteiros: com a oferta imensa de aplicativos de paquera, os encontros a dois, mesmo que entre desconhecidos, se tornaram mais comuns. 

+ Dia dos namorados: quando e como investir a dois?

A consultora CVM fez uma simulação de quanto uma pessoa gastaria, durante um mês, se estivesse solteira ou namorando. Para a hipótese, foi estipulada uma renda mensal de R$ 6 mil, e uma certa frequência para gastar com dates. Quando a despesa não for mensal, o seu custo já estará multiplicado ou dividido pela quantidade de meses ou semanas em que ocorre. Veja!

Solteiro

GastoFrequência Valor
RestauranteMensalR$ 300,00
Cinema MensalR$ 150,00
BaladaA cada duas semanasR$ 300,00
BarA cada duas semanasR$ 300,00 
VestuárioMensalR$ 130,00
Salão/barbeariaA cada duas semanasR$ 200,00
ViagemBimestralR$ 600,00
TotalR$ 1.980,00

Uma grana, né? Ao ano, esta pessoa solteiríssima gastaria R$ 23.760,00 procurando por um novo amor ou curtindo o desapego.

Namorando 

GastoFrequência Valor
RestauranteMensalR$ 250,00
Cinema MensalR$ 100,00
BaladaTrimestralR$ 66,66
BarMensalR$ 150,00 
VestuárioBimestral R$ 65,00
Salão/barbeariaMensalR$ 100,00
ViagemMensalR$ 400,00
PresentesTrimestralR$ 150
TotalR$ 1.281,66

Alguns valores mudaram, assim como a frequência de outros. Afinal, as rotinas mudam e, namorando, dividir a conta se torna uma opção mais viável. 

Namorar também tem seus custos

É claro que o saldo final de um estilo de vida sozinho ou a dois vai variar conforme os gastos recorrentes, o estilo de vida e o orçamento de cada um. Apesar de, em geral, namorar sair mais barato, existem casos em que namorar tem um preço alto.

Casamento: como organizar os custos para realizar esse sonho?

Almeida explica que existem perfis de personalidade que, sem companhia, deixam de frequentar festas ou viajar. E, quando encontram alguém, passam a sair mais. Logo, seus gastos aumentam. 

Ainda que namorar implique em passar mais tempo junto em casa, gastos extras com viagens a dois, presentes de aniversário, Dia dos Namorados e outras datas comemorativas precisam entrar na conta.

Como encaixar um amor no meu orçamento?

A chegada de alguém especial em nossas vidas não pode significar um aumento de despesas. Afinal, amores são amores – negócios à parte. O mesmo acontece quando os caminhos se separam e é preciso reaprender a ser solteiro. Nada de torrar com ficante, hein?

“Se a sua renda não aumentar, os gastos também não podem aumentar se você terminar ou começar algo mais sério”, recomenda Almeida.

A consultora explica que, nos melhores casos, tanto as despesas do namoro quanto as da solteirice entram na faixa do orçamento destinada aos “gastos sociais”. Eles incluem se divertir com os amigos, passar um tempo de qualidade com a família e, é claro, curtir o amor (ou sua falta). 

Assim, esta faixa de gastos não pode exceder os 30% da renda mensal, já que despesas fixas com alimentação, moradia, saúde e investimentos não podem ser deixadas de lado.

Para outras orientações sobre finanças pessoais, confira os conteúdos da B3 Educação!