Organizar as contas

5 hacks financeiros para te ajudar a sair do vermelho

Organizar as contas e economizar pode ficar muito mais fácil com algumas soluções criativas e inteligentes de finanças pessoais

Em alguns momentos, as contas apertam e pode parecer mais fácil empurrá-las para debaixo do tapete e fingir que está tudo bem. O problema é que as dívidas se acumulam e, quanto mais o tempo passa, mais caras elas ficam. Por isso, a melhor solução é encará-las e começar a agir já. E, se tratando de finanças, os remédios mais amargos nem sempre são os melhores: eles podem ser hacks financeiros!

O que isso quer dizer exatamente? “Hack” é uma solução inteligente e inusitada para um problema. O termo vem das práticas dos hackers, que burlam as regras da internet para conquistar coisas com mais facilidade. Em finanças, não vamos te ensinar a dar golpes nem a violar a segurança digital, mas, sim, a contornar alguns hábitos ruins e hackear suas contas pessoais para conseguir o melhor delas.

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Nas finanças, prevenir é melhor do que remediar

Há maneiras de prevenir o endividamento e, caso ele aconteça, de saná-lo da maneira menos traumática.

Segundo Cristiana Nunes, gerente de política de crédito da Provu, prevenir é melhor que remediar. “Muitas vezes, as pessoas usam o cartão de crédito como parte de suas rendas. O problema é que o limite do cartão é duas, três vezes maior que o orçamento daquela pessoa”, diz.

Por isso, ela explica que um planejamento financeiro de longo, médio e curto prazo são necessários para uma boa relação com o dinheiro.

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Nunes afirma que, além dos objetivos para o futuro, é preciso projetar os gastos semanais e mensais de maneira que a fatura do cartão de crédito — o maior vilão quando se trata do endividamento da população — não venha com surpresas. Afinal, os gastos do cartão de crédito são invisíveis, segundo a gerente. “Você passa e não pensa em anotar. Por isso você esquece”, diz.

Mas, se o endividamento já é uma realidade para você, o Bora Investir reuniu cinco hacks financeiros que podem ser muito úteis na hora de sanar as contas pessoais. Confira a seguir:

1. A regra do dia seguinte

Para quem quer controlar ou reduzir os gastos, a recomendação é esperar, ao menos, 24 horas diante de uma promoção “imperdível” ou um desejo repentino de compra.

Muitas vezes, nossos impulsos de consumo são baseados em emoções ou naquele perigoso sentimento de merecimento.

Por isso, esperar um dia pode te ajudar a fazer escolhas mais razoáveis e ter mais clareza sobre a compra, que será mais racional.

2. O preço do tempo 

Uma outra maneira de avaliar se a compra realmente vale a pena é comparar seu preço com o valor da sua hora de trabalho. Isso ajuda a ter uma ideia de quanto custa um produto ou serviço em relação ao seu esforço para ganhar o dinheiro.

Para fazer essa conta, basta dividir seu salário ou sua renda mensal média pela carga horária de um mês inteiro. E aí, você saberá quanto custa uma hora de trabalho. Depois disso, faça uma pergunta sincera a si mesmo: vale a pena trabalhar horas e horas por determinado bem ou serviço?

3. A boa e velha lista

Nunca vá às compras sem uma lista. Isso vale para o supermercado, para as lojas de roupas ou qualquer outro tipo de ida ao comércio. Saber o que vai comprar, além de economizar tempo, ajuda a evitar compras impulsivas e garante que você não esqueça nada. 

Outra dica é não ir ao supermercado com fome, pois a chance de comprar mais comida do que o necessário é grande. Ou seja, o hábito levará a desperdício de alimento e dinheiro.

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4. Reserva de emergência

O quanto antes, separe uma parte da sua renda para a reserva de emergência. O ideal é fazer isso assim que o dinheiro cair na sua conta. A reserva de emergência é um colchão financeiro que absorve o impacto de gastos imprevistos e pode ser usado, inclusive, para quitar dívidas que não estavam nos planos.

Ela deve ser composta por seis meses do custo de vida e precisa estar em um investimento conservador, que tenha alta liquidez. Assim, você se compromete a economizar e garante algum respiro no caso de uma emergência.

5. Renegociação 

A última dica é para quem possui uma dívida com juros elevados: experimente trocar o endividamento por um mais adequado ao seu perfil.

Enquanto os juros do cartão de crédito ficam em torno de 14,5% ao mês, o do empréstimo pessoal pode ter taxas mais justas.

Assim, é possível trocar uma dívida cara por uma mais justa e personalizada.

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