Imposto de renda

O que fazer com a restituição do Imposto de Renda?

Saiba quais devem ser as prioridades para os valores recebidos na restituição do Imposto de Renda

O pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2025 está sendo feito nesta sexta-feira, 30/05. O primeiro lote da restituição do IR deste ano é o maior da história e pagará R$ 11 bilhões a mais de R$ 6 milhões de contribuintes.

As restituições estão distribuídas da seguinte forma:

  • 2.375.076 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix;
  • 2.346.445 contribuintes de 60 a 79 anos;
  • 1.096.168 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
  • 240.081 contribuintes acima de 80 anos;
  • 199.338 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave.

Embora não tenham prioridade por lei, os contribuintes que usaram dois procedimentos em conjunto, pré-preenchida e Pix, passaram a ter prioridade no recebimento da restituição neste ano.

A restituição do Imposto de Renda retido na fonte pode aliviar a vida financeira de muita gente. Veja abaixo dica de especialistas sobre o que fazer com o dinheiro:

Pagar dívidas é prioridade

Para quem está no vermelho, o pagamento das contas deve ser prioridade, diz Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios. “As dívidas podem acumular juros altos e se transformarem em uma bola de neve. Antes disso acontecer, o consumidor deve se organizar financeiramente e entender quais são as mais urgentes para pagar”, explica.

Carlos Castro, CEO da SuperRico, afirma que as dívidas são ainda mais perigosas em um cenário de juros altos como o atual. “O endividamento do brasileiro está muito alto e a taxa de juros também. Então, se você possui alguma dívida, a melhor opção é reduzi-la ou amortizá-la ao máximo. Com o dinheiro em mãos, também é possível renegociar os juros e, quem sabe, adiantar algumas parcelas para pagar menos encargos”, disse.

Depois, se prepare para emergências

Para quem está com as contas em dia, os especialistas apontam que reforçar a reserva de emergência com o valor é uma boa alternativa.

O investidor deve procurar reservar, todo mês, uma parcela de seu salário e, aos poucos, montar a sua reserva de emergência. Ela deve somar algo entre seis e 12 meses do custo de vida e precisa estar alocada em um investimento com baixo risco e alta liquidez.

Onde investir reserva de emergência: Tesouro, CDB, fundo, LCIs, conta remunerada ou ETF?

“Embora a reserva de emergência busque acessibilidade em primeiro lugar em vez de rentabilidade, a taxa de juros alta tem favorecido a renda fixa, o que pode dar uma margem melhor para os colchões financeiros”, completa Castro.

Onde colocar a reserva de emergência?

Existem várias alternativas para criar uma reserva de emergência. Cada uma delas atende a uma necessidade e pode ser mais ou menos recomendada, à depender do tipo de estratégia financeira de cada um. Entre as opções mais populares, existem os Certificados de Depósito Bancário (CBDs), que funcionam como títulos de um empréstimo a uma instituição financeira.

E, ainda que muitos CDBs ofereçam rentabilidades superiores à inflação e à taxa CDI, a exposição ao risco tende a se manter baixa. Outra opção são os títulos públicos do Tesouro Nacional. Nesta modalidade, investidor empresta seu dinheiro ao governo em troca do valor aplicado acrescido de uma taxa – quase sempre superior à Selic ou ao IPCA, o medidor oficial de inflação do Brasil.

Quando os pagamentos serão feitos?

Os próximos pagamentos acontecerão em quatro lotes, nas seguintes datas:

  • Segundo lote: 30 de junho;
  • Terceiro lote: 31 de julho;
  • Quarto lote: 29 de agosto;
  • Quinto e último lote: 30 de setembro

Os valores da restituição estão disponíveis no site da Receita Federal. Para consultar o saldo disponível, o contribuinte deverá selecionar a opção “Meu Imposto de Renda” e, depois, clicar em “Consultar Restituição”.

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