Imposto de renda

O que fazer com a restituição do Imposto de Renda?

Especialistas ouvidos pelo Bora Investir dão dicas de como usar os valores recebidos como restituição do Imposto de Renda

O pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda será feito nesta quarta-feira, 31/05. Neste ano, o valor das restituições deste lote totaliza R$ 7,5 bilhões. É o maior pagamento em um lote de restituição da história da Receita Federal.

O lote contemplará 4,1 milhões de contribuintes, que inclui pessoas acima de 80 anos ou com alguma deficiência física, mental ou doença grave. Também entram os contribuintes cuja maior fonte de renda seja dar aulas.

Além disso, neste último lote, 204 mil contribuintes que não têm prioridade legal foram contemplados porque utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber o pagamento da restituição via Pix.

A restituição do Imposto de Renda 2023 retido na fonte pode aliviar a vida financeira de muita gente. Veja abaixo dica de especialistas sobre o que fazer com o dinheiro:

Pagar dívidas é prioridade

Para quem está no vermelho, o pagamento das contas deve ser prioridade, diz Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios. “As dívidas podem acumular juros altos e se transformarem em uma bola de neve. Antes disso acontecer, o consumidor deve se organizar financeiramente e entender quais são as mais urgentes para pagar”, explica.

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Carlos Castro, CEO da SuperRico, afirma que as dívidas são ainda mais perigosas em um cenário de juros altos como o atual. “O endividamento do brasileiro está muito alto e a taxa de juros também. Então, se você possui alguma dívida, a melhor opção é reduzi-la ou amortizá-la ao máximo. Com o dinheiro em mãos, também é possível renegociar os juros e, quem sabe, adiantar algumas parcelas para pagar menos encargos”, disse.

Depois, se prepare para emergências

Para quem está com as contas em dia, os especialistas apontam que reforçar a reserva de emergência com o valor é uma boa alternativa.

O investidor deve procurar reservar, todo mês, uma parcela de seu salário e, aos poucos, montar a sua reserva de emergência. Ela deve somar algo entre seis e 12 meses do custo de vida e precisa estar alocada em um investimento com baixo risco e alta liquidez.

Onde investir reserva de emergência: Tesouro, CDB, fundo, LCIs, conta remunerada ou ETF?

“Embora a reserva de emergência busque acessibilidade em primeiro lugar em vez de rentabilidade, a taxa de juros alta tem favorecido a renda fixa, o que pode dar uma margem melhor para os colchões financeiros”, completa Castro.

Onde colocar a reserva de emergência?

Existem várias alternativas para criar uma reserva de emergência. Cada uma delas atende a uma necessidade e pode ser mais ou menos recomendada, à depender do tipo de estratégia financeira de cada um. Entre as opções mais populares, existem os Certificados de Depósito Bancário (CBDs), que funcionam como títulos de um empréstimo a uma instituição financeira.

E, ainda que muitos CDBs ofereçam rentabilidades superiores à inflação e à taxa CDI, a exposição ao risco tende a se manter baixa. Outra opção são os títulos públicos do Tesouro Nacional. Nesta modalidade, investidor empresta seu dinheiro ao governo em troca do valor aplicado acrescido de uma taxa – quase sempre superior à Selic ou ao IPCA, o medidor oficial de inflação do Brasil.

Quando os pagamentos serão feitos?

Os próximos pagamentos acontecerão em quatro lotes, nas seguintes datas:

  • 2º lote: 30 de junho
  • 3º lote: 31 de julho
  • 4º lote: 31 de agosto
  • 5º lote: 29 de setembro

Os valores da restituição estão disponíveis no site da Receita Federal. Para consultar o saldo disponível, o contribuinte deverá selecionar a opção “Meu Imposto de Renda” e, depois, clicar em “Consultar Restituição”.

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