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Brasil x Coreia do Sul: adversário tem vantagens em indicadores econômicos

O uso de energias renováveis é o ponto forte do Brasil no confronto

Economia, Brasil contra Coréia do Sul
O adversário das oitavas de final é uma seleção que surpreendeu durante a fase de grupos

O Brasil estreou com goleada no mata-mata da Copa do Mundo no Catar – 4 x 1 sobre a Coreia do Sul. Se no futebol nós confirmamos o favoritismo, nos índices econômicos e indicadores sociais a Coreia leva alguma vantagem.

Confira a seguir mais detalhes sobre a economia do país asiático e como se compara com a do Brasil, segundo dados do Banco Mundial.

Como é a economia da Coreia do Sul?

A Coreia do Sul é hoje uma economia desenvolvida. O sucesso começou há relativamente pouco tempo, quando, na década de sessenta, a indústria cresceu com base em uma política orientada à exportação.

O país asiático segue como um grande exportador. No ano passado, a Coreia totalizou US$ 644,54 bilhões em exportações, um aumento de 25,8% em relação a 2020. O principal produto vendido ao mercado externo são os circuitos integrados, componente fundamental na fabricação de produtos eletrônicos, como celulares e computadores. Hoje, os principais parceiros econômicos da Coreia são China, EUA, União Europeia e países do sudeste asiático.

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A bolsa da Coreia é a Korea Exchange, mais conhecida pela sigla KRX. Fundada em 1956, seu principal índice é o KOSPI, introduzido em 1980 para indicar o desempenho das ações negociadas na KRX. Hoje o KOSPI tem mais de oitocentos componentes, alguns dos principais são ações negociadas por grandes empresas coreanas, como Samsung, LG e Hyundai.

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PIB, PIB per capita e investimento em educação

O PIB do Brasil e da Coreia são parecidos, mas o adversário da seleção brasileira nas oitavas leva uma pequena vantagem. No ano passado o PIB coreano totalizou US$ 1,8 trilhão contra US$ 1,6 trilhão do Brasil.

Com uma população menor que a nossa – cerca de 51 milhões de coreanos e mais de 200 milhões de brasileiros – o PIB per capita da Coreia é superior ao do Brasil. O índice é de US$ 34.757 para os coreanos e US$ 7,518 para os brasileiros.

Outro dado que chama a atenção é o percentual do PIB destinado à educação em cada país. Segundo o último levantamento do Banco Mundial para a Coreia, 4,5% do PIB do país foi dedicado ao setor de educação.

O Brasil investe mais, cerca de 5,6% do PIB à educação, mas é menos eficiente. Isso porque o gasto dividido pelo total de alunos brasileiros fica abaixo do valor direcionado a cada estudante na Coreia.

Nesse quesito, a vantagem do Brasil está no crescimento do PIB. Em 2021, crescemos numa taxa de 4,6% ao ano. Já a Coreia ficou em 4%.

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Índice de Capital Humano (HCI) e expectativa de vida

O Índice de Capital Humano calculado pelo Banco Mundial leva em conta as contribuições dos sistemas de saúde e ensino na produtividade dos trabalhadores. Numa escala de 0 a 1, a Coreia pontua 0,8 e o Brasil 0,6.

A Coreia também ganha em expectativa de vida. Enquanto os coreanos vivem em média até os 83 anos, no Brasil se vive até os 76. Porém, a população coreana tem envelhecimento mais acentuado que a brasileira. Em 2021, o país asiático registrou crescimento negativo, -0,2% ao ano. Já o Brasil anotou 0,7% no mesmo período.

Sustentabilidade

A Coreia é uma grande importadora de combustíveis fósseis. Tal produto correspondeu a um quarto das importações do país no ano passado. Logo, o país asiático está longe de ser uma referência na utilização de energia renovável.

O Banco Mundial estima que 1,5% da produção energética coreana venha de fontes renováveis. Já no Brasil a energia verde corresponde a 12% do total produzido.

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