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O que os investidores devem esperar de 2023?

Relatório do UBS traça cenários macroeconômicos para o ano que vem

Ao redor do mundo, 2022 foi uma ano difícil para a economia. A invasão da Rússia à Ucrânia, a escalada dos juros nos EUA e a queda histórica da libra ante o dólar acenderam o alerta para os riscos de uma recessão global. No Brasil, a persistência da inflação e as incertezas que rondam a política fiscal do governo eleito ajudam inibir o crescimento econômico.

Uma vez que tais circunstâncias econômicas ainda devem ter desdobramentos, o banco UBS preparou um relatório para guiar investidores em 2023. Confira a seguir alguns dos principais pontos.

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2023: ano de mudanças

Se 2022 foi um ano de desafios aos investidores, 2023 é visto pelo banco suíço como um momento de mudanças no cenário econômico. Mesmo que o começo do ano que vem seja ainda de desconfiança acerca de questões políticas e econômicas, é esperado que no final do ano a inflação caia e que os bancos centrais mais significativos do mundo comecem a reduzir as taxas de juros.

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As projeções para o crescimento econômico global têm ritmo parecido. Hoje, o UBS espera que a economia dos Estados Unidos e a da Europa não registrem crescimento em 2023; entretanto, espera que ao longo do ano haja crescimento da economia do mundo, puxada sobretudo pelo bom desempenho dos países asiáticos. A expectativa é de que a Ásia registre crescimento econômico de 2% no ano que vem.

O otimismo vem do afrouxamento das regras de contenção da Covid-19 na China. No cenário mais otimista, o UBS prevê que uma reabertura total aconteça no meio do ano que vem.

Para o Brasil a notícia é boa, já que a retomada da economia chinesa pode implicar num maior volume de exportações ao país asiático.

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Quais são os focos de tensão em 2023?

Entre os investidores entrevistados pelo UBS, 55% apontam risco geopolítico como principal preocupação para 2023. Depois da pandemia de Covid-19, cujas consequências ainda são sentidas, tensões políticas criam incertezas para o ano que vem.

A escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia é um cenário que pode manter inflação e juros elevados no mundo. No Brasil, o mercado financeiro não espera redução significativa da Selic no ano que vem, conforme os últimos resultados do Boletim Focus.

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O que esperar da próxima década?

Ao traçar um cenário de longo prazo, o UBS espera que a transição para a energia verde seja acelerada nos próximos dez anos. O processo já em curso se acirrou com a Guerra da Ucrânia e expôs a fragilidade da Europa em relação è dependência de gás.

Outra questão levantada pela guerra foi a segurança do abastecimento de itens alimentícios. A procura de países do hemisfério norte por novos parceiros econômicos pode favorecer o Brasil, um dos maiores exportadores de commodities do mundo.

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