Black Friday: como comprar melhor e gastar menos
Atenção ao orçamento pessoal e controle de impulsos são alguns dos pontos para comprar e não se arrepender
Copa do Mundo, Natal, Décimo Terceiro: não estão faltando desculpas para gastar dinheiro neste final de ano, e com a Black Friday fica ainda mais irresistível ir às compras. Mas para não se atrapalhar com o orçamento e ficar endividado, é importante seguir algumas regras básicas de planejamento financeiro.
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Preparamos a seguir algumas recomendações da planejadora financeira da Planejar, Flávia Gaspar, e do economista e sócio da SuperRico, Jayme Carvalho Jr.
Controle os impulsos
Segundo Flávia, antes de adquirir qualquer produto durante a Black Friday é preciso saber se a compra é por impulso ou necessidade. Nesse sentido, também é possível unir o útil ao agradável: “como muitas pessoas viajam no final de ano, uma boa ideia é pesquisar passagens com descontos da Black Friday”, analisa Flávia.
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Se considerarmos as compras feitas por impulso e aquelas movidas pela necessidade, Jayme indica o seguinte critério para decisão: “pode-se aplicar o método da substituição: eu já tenho aquilo que estou pensando em adquirir? Se já tenho, a troca é realmente necessária?”, considera Jayme.
Analise seu orçamento
Depois de controlar os impulsos, o próximo passo deve ser a análise do orçamento. De acordo com Flávia, “é preciso fazer as contas para ver se ela cabe no bolso. Se couber, vale a pena pensar qual condição de pagamento é melhor, se à vista ou parcelado. Sempre lembrando que acompanhar o orçamento deve ser um hábito de todos os meses e não apenas de um dia ou uma semana antes de um gasto.”
Por sua vez, Jayme lembra que o mesmo artigo pode ter várias opções de preço, o que ajuda o orçamento pessoal: “No caso de um celular, por exemplo, é importante que seja trocado de tempos em tempos. Mas não é necessário que se tenha o de última geração, que é sempre o mais caro”, observa Jayme.
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Outra estratégia para gastar menos na Black Friday é realizar com antecedência uma pesquisa de preços. “Quanto antes alguém souber o que quer comprar na Black Friday, melhor, assim há mais tempo para pesquisar preços e saber se o desconto oferecido é realmente vantajoso”, afirma Flávia.
Décimo terceiro e dívidas
Os recebimentos do décimo terceiro levam muitas pessoas às compras, sejam elas por impulso ou necessidade. Por outro lado, sabemos que o Brasil é um país com alto número de endividados. Logo, o orçamento de final de ano e o salário extra muitas vezes devem considerar o pagamento de dívidas.
“Existem dois tipos de despesa”, explica Jayme, “uma boa, direcionada à construção do patrimônio, como financiamento de um imóvel, ou então os custos de um estudo. O outro tipo é ruim, e são as despesas direcionadas ao pagamento de juros e parcelas de dívidas. A do primeiro tipo não veta compras na Black Friday, mas se houver contas atrasadas, o melhor a fazer é usar parte do décimo terceiro para quitá-las.”
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A posição de Flávia é semelhante: “se alguém recebeu o décimo terceiro e está no vermelho, então é preciso priorizar o pagamento e renegociação de dívidas. Outro ponto de atenção são as despesas de começo de ano, um período recheado de custos extras, como matrícula de escola e IPTU. Isso também deve ser considerado na hora de programar os gastos de fim de ano.”
A planejadora financeira lembra que não é preciso se privar de nada, apenas gastar com consciência: “A Black Friday apresenta boas oportunidades, então, se houver planejamento e se após todas as despesas sobrar algum recurso, ele pode ser direcionado às compras”, afirma Flávia.
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