7 dicas para economizar nas contas de casa – e conseguir começar a investir
Saiba como se planejar financeiramente para economizar nas contas, poupar e começar a investir com segurança
Buscar meios de economizar nas contas de casa é sempre um dos primeiros passos para quem quer cortar gastos, seja para quem precisa adequar o orçamento, poupar ou começar a investir.
Para iniciar esse plano, a primeira coisa a fazer é começar um planejamento financeiro, já que este é essencial para ajudar a alcançar objetivos e criar uma vida financeira saudável. Segundo o planejador financeiro do C6 Bank, Rafael Haddad, o primeiro passo para começar um planejamento financeiro é avaliar a sua situação financeira atual ou da sua família. Isso inclui: levantar todas as suas receitas e despesas, dívidas, investimentos e ativos.
“A primeira pergunta que você deve ser capaz de responder é: o fluxo de caixa atual é positivo? Ou seja, quando você faz a conta de receitas menos despesas, existe uma sobra mensal? Sem isso é difícil a gente avançar para os próximos passos do planejamento financeiro porque, se não existir sobra, a lição de casa inicial é cortar despesas”, afirma.
Nesta etapa, planilhas, aplicativos de controle dos gastos familiares, e claro, a tradicional dupla papel e caneta, também podem ajudar, afirma o especialista em investimentos do Ailos, Lenon Bonk Sabino.
Confira 7 dicas para economizar nas contas de casa
Com o auxílio dos especialistas, o Bora Investir separou para você sete dicas para tentar economizar nas contas de casa e, assim, começar a investir. Depois de levantar e organizar todas as informações sobre suas finanças é hora de separar as despesas em recorrentes ou esporádicas, necessárias ou supérfluas.
Assim, organizados os custos, fica mais fácil identificar o que pode ou não ser cortado. “Claro que cada caso é um caso e varia muito de acordo com os hábitos e as prioridades de cada família, mas há alguns exemplos de despesas que podem ser cortadas”, diz o planejador financeiro do C6.
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Confira abaixo onde tentar economizar:
1 – Alimentação fora de casa e delivery: fazer refeições em casa e levar comida para o trabalho podem ser ótimas alternativas para economizar dinheiro com alimentação.
2 – Pacote de TV a cabo: hoje em dia, com um pacote de internet e um ou dois serviços de streaming é possível acessar uma variedade de conteúdo maior até do que a TV a cabo com um custo significativamente menor.
3 – Transporte: ter um carro próprio pode ser conveniente, mas também é caro. Então, considere usar o transporte público como alternativa para economizar com combustível, manutenção, IPVA e seguro do carro. Mesmo que seja necessário solicitar transporte por aplicativo, em algumas ocasiões a economia mensal ainda pode ser muito expressiva.
4 – Academia: a mensalidade de uma academia é uma despesa que pode ser evitada, então considere a possibilidade de se exercitar ao ar livre ou em casa com equipamentos básicos e utilizando o peso do próprio corpo.
5 – Viagens: os custos em fazer uma viagem tendem a ser caros. Considere reduzir a frequência de viagens ou escolher destinos mais econômicos. Isso também vale na hora de escolher opções mais em conta de acomodação, alimentação e passeios.
6 – Contas gerais da casa: reduzir o consumo de água, não deixar as luzes acesas à toa, usar menos do ar condicionado para quem tem, desligar os aparelhos eletrônicos quando for ficar um período mais longo sem utilizar, são formas também de você reduzir as despesas recorrentes de casa.
7 – Flexibilidade nos carrinhos: a lista de compras de itens para casa deve compor o que realmente precisa, mas há alternativas como alternância de produtos e busca por descontos.
Segundo o especialista em Investimentos do Ailos, é muito importante, em caso de famílias, que tudo seja conversado e as expectativas sejam alinhadas entre todos os integrantes que dividam o mesmo espaço, a mesma moradia. “Criem os combinados para que não tenham surpresas e frustrações no final do mês. Família unida cresce junto!”.
Economias feitas. É hora de investir
Após organizar as contas e economizar, é hora de pensar para frente e começar a investir. Para Sabino, o importante é começar a poupar, não importa o valor, “entender que ao receber o salário você precisa primeiro ‘se pagar’, como se estivesse pagando um boleto para você mesmo”.
Ele ainda alerta que neste início é fundamental não negligenciar seu perfil de investidor, pois isso pode ajudar a se proteger de uma série de dores de cabeça. Assim como estudar a instituição financeira antes de escolher onde abrirá sua conta. “Não existe almoço grátis, portanto, desconfie das promessas de grandes remunerações em curto prazo”, afirma.
Já Rafael Haddad indica que o novo investidor pode dividir suas etapas de evolução em três caixinhas: reserva de emergência, carteira de crescimento e reserva de aposentadoria.
Reserva de emergência
A reserva de emergência consiste em acumular um montante equivalente a pelo menos seis meses de receita mensal. “Essa é uma segurança que a família vai ter caso aconteça algum imprevisto como um gasto extraordinário em relação à saúde, por exemplo, perda de emprego”, explica ele. “É um fôlego que a família vai ter, um tempo que ela vai ter para buscar uma nova fonte de renda ou se adaptar à nova realidade com essa receita reduzida”.
Esse investimento deve ser feito em produtos com alta liquidez, ou seja, em ativos que possam ser resgatados de forma rápida. Também são indicados produtos conservadores, com baixo risco de perda de capital. Nesse caso, o mais comum é o CDB de liquidez diária ou um título do Tesouro Direto.
Carteira de crescimento
Para a carteira de crescimento você deve mapear quais são os objetivos de curto, médio e longo prazo, como fazer uma viagem, comprar uma casa ou pagar a educação dos filhos.
Nesses tipos de planos geralmente é possível diversificar suas aplicações em investimentos mais complexos, de menor liquidez e rentabilidade melhor. É o caso, por exemplo, de investir CDB sem liquidez, LCI, fundos de investimentos e, dependendo da situação, até em ações.
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Reserva de aposentadoria
Esse é um plano de longo prazo, mas a dica é começar o quanto antes e ter a disciplina de poupar todo mês.
Segundo o planejador do C6 Bank, o produto mais recomendado para esse objetivo da aposentadoria é um plano de previdência privada, porque ela possibilita uma série de vantagens tributárias, além de facilitar a disciplina nos aportes por meio da aplicação automática direto da conta corrente do seu banco.
“No site das seguradoras, bancos e corretoras é possível fazer uma simulação do valor de aporte mensal necessário no plano de previdência para que se tenha a aposentadoria esperada, levando em conta o prazo, a renda desejada e o nível de risco do plano”, ressalta.
Para ele, também é importante contar com o auxílio de um planejador financeiro ou de um assessor de investimentos nesse processo. Sempre lembrando que o planejamento financeiro deve ser algo contínuo, que precisa ser revisado com regularidade para garantir que ele se mantenha atualizado com as suas necessidades e objetivos.
Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.