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Mercado financeiro hoje: exterior mostra cautela antes de FED, Payroll e balanços

No Brasil, destaque ainda para as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado

O presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, em um púlpito em frente à bandeira dos EUA
O presidente do Fed, o Banco Central dos EUA, Jerome Powell. Foto: Divulgação

A semana é de agenda pesada com as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE) e Comitê de Política Monetária (Copom). Nos EUA, tem ainda o relatório oficial de emprego, o payroll, além de uma bateria de balanços, como do UBS, Meta, Santander, Alphabet, Amazon, Apple. 

No Brasil, destaque ainda para as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. E hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e vários ministros no Palácio do Planalto, às 15h30.

Juros EUA e Europa

No exterior, as bolsas internacionais mostram cautela nesta manhã diante da expectativa com as decisões sobre juros nos EUA e Europa, com sinais de arrefecimento da inflação nos Estados Unidos e a percepção de que as expectativas inflacionárias seguirão ancoradas. 

Já a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse em mais de uma ocasião nas últimas semanas que pretende “manter o curso”, alimentando expectativas de que uma nova alta de juros de 50 pontos-base está planejada para os próximos dias. O euro renovou máximas ante o dólar após divulgação de que índice de sentimento econômico da zona do euro avançou mais do que o esperado em janeiro. 

Copom, Focus e balanços

O movimento mais defensivo das bolsas no exterior tende a afetar o apetite a risco no Ibovespa. Ao contrário do Fed e BCE, aqui a expectativa majoritária do mercado em relação à decisão do Copom é de manutenção da Selic em 13,75% ao longo do primeiro trimestre. 

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Mas o investidor mantém no radar o Boletim Focus diante da contínua deterioração das expectativas de inflação e elevação na projeção para Selic para 2024 e 2025. O Focus da semana passada mostrou uma nova rodada de aumento das medianas para a inflação de 2023 (5,39% para 5,48%) e 2024 (3,70% para 3,84%), que representam o horizonte relevante da política monetária. 

O mercado também fica atento ao início da temporada de balanços, com o banco Santander dando a largada nos resultados de bancos sob a sombra do caso do rombo bilionário das Americanas.

Ibovespa

Bolsa do Brasil (B3) operou no negativo durante todo o pregão da última sexta-feira, 27/01, e encerrou com forte queda de 1,63%, aos 112.316 pontos. O mau desempenho foi puxado pelas Blue Chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que registraram baixas de 2,5% e 2,10%, respectivamente.

Já as perdas do Petrobras ainda refletem as expectativas acerca do novo presidente da estatal, Jean Paulo Prates, aprovado ontem pelo conselho da empresa.

*Com informações da Agência Estado