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Mercado financeiro hoje: inflação ao produtor nos EUA e BCE são o foco do dia

Internamente, seguem as preocupações em relação ao fiscal e será divulgado o volume de serviços de julho

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A medida do BCE segue o plano da instituição para combater a inflação que tem dado sinais de reaceleração. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Nesta quinta-feira, 14/9, os investidores dividem as atenções entre a inflação ao produtor, vendas do varejo e pedidos semanais de desemprego dos Estados Unidos. Do outro lado do Atlântico, tem a decisão de política monetária do BCE, seguida de coletiva com a presidente Christine Lagarde.

Internamente, seguem as preocupações em relação ao fiscal e será divulgado o volume de serviços de julho.

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Dados externos

Os mercados internacionais operam indefinidos, em meio a temores de que o juro básico em importantes economias ficará alto por mais tempo do que o imaginado. Por isso, os investidores avaliarão com afinco a inflação ao produtor (PPI), dados do varejo e de emprego dos Estados Unidos.

Também será avaliada com atenção a decisão sobre juros do BCE, para a qual não há consenso, e as bolsas europeias têm sinais divergentes. Alguns analistas preveem nova elevação de 0,25 ponto porcentual, diante da persistência da inflação elevada na zona do euro, mas outros apostam em manutenção das taxas, de forma a evitar uma recessão mais profunda em um horizonte próximo.

O BCE vem elevando juros, de forma contínua, desde julho do ano passado. Se vier novo aumento hoje, será o décimo consecutivo. Fica a expectativa de sinais dos próximo passos, que poderá ser dado pela presidente do BCE, Chrisinte Lagarde.

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Meta fiscal no Brasil

Por aqui a alta dos índices de ações de Nova York, do petróleo e do minério de ferro na China pode estimular o Ibovespa, que ontem subiu apenas 0,18%, aos 118.175,97 pontos. O dólar à vista caiu aos R$ 4,9173 (-0,72%), em dia também de baixa dos juros futuros.

Uma eventual valorização do Índice Bovespa e uma possível estabilização do dólar e dos juros futuros, em linha com o exterior, dependerão ainda de temas internos. Isso porque persistem dúvidas no mercado quanto ao cumprimento da meta fiscal.

Entre economistas permanecem as dúvidas sobre a fixação de despesas e receitas no texto do Orçamento de 2024. Nas contas do ex-secretário do Tesouro Nacional e economista da ASA Investments, Jeferson Bittencourt, dos R$ 168 bilhões estimados de recursos extras no próximo ano, o suficiente para zerar o déficit, o Executivo deve conseguir R$ 80 bilhões.

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