3 maneiras de reinvestir o lucro das suas aplicações
Especialistas ouvidos pelo Bora Investir recomendam maneiras de reinvestir dividendos e juros gerados pelas aplicações financeiras
Por Guilherme Naldis
Um dos momentos mais esperados por qualquer investidor é quando seus ativos se valorizam e é possível colher os frutos dos investimentos – ou realizar lucros, no jargão do mercado.
“A carteira de aplicações pode gerar dividendos, juros ou valorizar, que é o caso da cotação das ações”, explica Jayme Carvalho, economista da SuperRico. Esses rendimentos, entretanto, são os precursores de ganhos ainda maiores, desde que o investidor reinvista esses valores.
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É como uma bola de neve. Com os proventos recebidos de um investimento que se valorizou, o investidor “a engorda” e faz gerar ainda mais lucro, já que se beneficiará ainda mais do efeito dos juros compostos. A retroalimentação dos investimentos é uma das chaves para a multiplicação de patrimônio e para a conquista de objetivos financeiros.
Veja, abaixo, 3 formas de reinvestir proventos da maneira mais adequada, segundo especialistas em finanças pessoais:
1. Reequilibrar a carteira
Suponha que 30% de uma carteira de investimentos seja composta por ações. Em um ciclo econômico favorável, em que os papéis tenham alta constante, o porcentual passa para 35% em razão da valorização dessas aplicações. Proporcionalmente, essa fatia da carteira cresce perante outros ativos que compõem a carteira. A recomendação de Carvalho é de que se mantenha a taxa de composição anterior, 30%, e se destine os 5% de lucro para a renda fixa.
Se, no futuro, os papéis se desvalorizarem, e o porcentual de 30% cair para 27%, é o momento de retirar os 5% realocados na renda fixa “durante a época das vacas gordas” e recompor o patrimônio anterior.
“Com essa estratégia, você sempre vai estar comprando barato e vendendo a preços mais altos”, sugere o especialista.
2. Comprar outras ações
“Imagine comprar uma ação só com os proventos recebidos de outras?”, indaga Fernanda Melo, planejadora financeira certificada pela Planejar. “Esta é uma forma bastante visual de observar a carteira crescendo”, afirma.
Melo conta que, mais do que se apegar aos papéis que estão se valorizando, é necessário acompanhar o noticiário e ficar de olho no desempenho das ações de cada setor da economia. Como a economia é feita de ciclos, os melhores investimentos mudam com o passar do tempo.
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“Diluir o risco para maximizar os ganhos deve ser uma constante na revisão da sua carteira de investimentos”, aconselha Melo.
3. Aproveitar o bom momento da renda fixa
Com a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, investimentos cujas remunerações tomam a Selic como referência são opções seguras e rentáveis em momentos de inflação alta e aperto monetário.
Por isso, a planejadora afirma que com o valor dos proventos gerados é possível “surfar” o momento de valorização da renda fixa através de suas inúmeras modalidades, enquanto a política monetária favorece estes ativos. Mas é preciso ter pressa! Afinal, nenhum ciclo é eterno.
“Uma opção é buscar títulos com prazos mais longos e prefixados. Eles tendem a oferecer rentabilidades maiores agora, e oferecem a possibilidade de serem vendidos antes do vencimento com ágio, caso a taxa Selic diminua no futuro.”
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