Como começar a investir com R$ 1, R$ 10 ou pouco mais de R$ 100
Há tipos de investimentos que permitem aplicações pequenas; além de retorno financeiro, também contribuem para a disciplina de investir todo mês
Entre os mitos que impedem as pessoas de entrar no mercado financeiro está o de que investir é caro e difícil. Entretanto, vários especialistas lembram que há opções de investimento com custo baixo. Quanto a possíveis dificuldades, elas podem ser superadas com disciplina e estudo. Se você quer começar a investir, mas não sabe como começar e nem se tem dinheiro suficiente para isso, confira a seguir as dicas de Murilo Duarte, do canal Favelado Investidor, Arthur Moreira, professor da B3 Educação e Bernardo Pascowitch, educador financeiro e criador do YUBB.
De quanto dinheiro preciso para começar a investir?
Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso grandes montantes de dinheiro para iniciar as aplicações – com valores pequenos, em torno de R$ 10, já é possível começar. É isso o que afirma Bernardo Pascowitch – empreendedor, educador financeiro e criador do YUBB.
Segundo ele, os valores mínimos hoje para investimentos são muito acessíveis. A partir de R$ 1 você já consegue acessar vários ativos. Com R$ 30, é possível investir em Tesouro Direto e com R$ 100 ou mais já é possível aplicar em ativos de Renda Fixa, como CDBs, e até em alguns fundos de investimento.
“A falta de dinheiro já foi, no passado, um motivo para não investir, mas atualmente esse já deixou de ser um motivo”, explica Pascowitch nesta entrevista recente sobre o assunto:
Quando começar a investir?
Muitos se perguntam em qual momento de nossas vidas devemos começar a investir. Murilo Duarte afirma que isso tem menos a ver com uma época e mais com o estado das contas pessoais.
Por exemplo, dívidas vetam o ingresso no mercado financeiro, pois o retorno de um investimento dificilmente supera os juros de contas em atraso. Mas se não é esse o caso e se não falta dinheiro no final do mês, então já é possível começar a investir.
Murilo conta que seu primeiro investimento foi o Tesouro Direto, modalidade de renda fixa com baixos riscos e que permite aplicações iniciais a custos baixos. Ainda segundo Murilo, quem investe pouco a cada mês só terá resultados mais expressivos no médio e longo prazo. Mesmo assim, a rotina de investimento é importante para criar a disciplina de investir todos os meses.
O rendimento da poupança ainda vale a pena?
Outro fator que impede o ingresso no mercado financeiro é o contentamento com a poupança. Muitos acreditam que a caderneta já é uma boa aplicação e ficam só com ela. Além disso, também acreditam em sua segurança e tradição.
De fato, nunca é uma má ideia ter uma poupança. Porém, Arthur Moreira lembra que existem aplicações mais rentáveis e até mais seguras que ela.
É esse o caso do Tesouro Direto, citado acima, e também do CDB, outro investimento de renda fixa que conta com três modalidades – pré-fixado, com rendimento definido no momento da compra do título; pós-fixado, com rentabilidade atrelada a um indicador econômico, como a Selic; e híbrido, em que a rentabilidade é dividida entre porcentagens pré-fixada e pós-fixada.
Como funcionam os fundos de investimento?
Ambos especialistas concordam que uma boa maneira de diversificar a carteira é por meio dos fundos de investimento. Segundo Arthur Moreira, essa modalidade de investimento pode ser indicada para iniciantes, pois conta com gestão profissional. Além disso, o investidor escolhe quantas cotas quer comprar de determinado fundo, o que pode minimizar o valor de uma aplicação inicial.
Importante lembrar que os fundos contam com taxas da administração cobrada pelas gestoras.
Murilo, por sua vez, lembra da importância de uma carteira equilibrada – com uma parte em renda fixa e outra em variável. Ele também recomenda a pesquisa sobre empresas que mais pagam dividendos – investir em algumas delas é um meio de maximizar o retorno de uma aplicação modesta em ações.
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