7 mentiras sobre finanças que te fazem perder dinheiro
Saiba quais são os mitos que podem te atrapalhar na hora de organizar as contas e investir
Quando o assunto é finanças pessoais, não existe uma fórmula mágica para fazer o dinheiro render, até porque cada pessoa pode ter objetivos e prazos diferentes para alcançá-los. Entretanto, algumas mentiras sobre finanças podem atrapalhar a todos na hora de organizar as contas e lidar com dinheiro.
Para desmistificar alguns desses mitos e te ajudar a atingir suas metas financeiras, neste 1º de Abril listamos algumas ideias sobre o tema já mencionadas pela influenciadora Nathalia Arcuri, do canal Me Poupe!, pelo Murilo Duarte, do canal Favelado Investidor e pela Cássia D’Aquino, consultora de educação financeira.
1. Primeira mentira: poupança é o melhor investimento
Não há dúvida de que ter uma poupança e aplicar nela todo mês é um hábito saudável. Porém, é um erro pensar que isso é o suficiente para ter as finanças equilibradas.
O influenciador Murilo Duarte observa que grande parte dos brasileiros acredita que a poupança é o melhor investimento, só porque essa aplicação é popular, tendo sido relevante historicamente em nosso país no passado. Se apegar a ideia de seguir guardando dinheiro na poupança faz com que muitas pessoas deixem de procurar aplicações mais rentáveis, como o Tesouro Direto.
Para que outros investimentos ganhem um dia a popularidade da poupança, Duarte acredita que o melhor caminho é o conhecimento: é preciso que se estude mais sobre o mercado financeiro.
Felizmente, hoje há muito conteúdo sobre o que não fazer ao começar a investir.
2. Segunda mentira: é preciso economizar antes de investir
Outro mito sobre finanças, que faz as pessoas insistirem na poupança, é o de que investir custa caro e, portanto, seria preciso economizar antes de se tornar um investidor.
Porém, segundo a influenciadora Nathalia Arcuri, o ideal é que primeiro se crie o hábito de investir todos os meses, pois é a partir daí que o dinheiro começará a sobrar, tendo em vista o rendimento das aplicações.
Além de ter a disciplina de investir todos os meses, Arcuri recomenda sempre ter objetivos em mente e ligá-los aos investimentos.
3. Terceira mentira: investir é arriscado
De fato, qualquer tipo de investimento possui riscos; porém, há meios de minimizá-los.
Na educação financeira, é sempre falado sobre a reserva de emergência. É isso que Nathalia Arcuri recomenda a qualquer um antes de começar a investir em renda variável.
Para compor a reserva, ela recomenda títulos de renda fixa, que têm risco baixo. Alguns deles, inclusive, contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, isso é, indenizações em caso de irregularidades.
4. Quarta mentira: dinheiro foi feito para gastar
Todo mundo já ouviu essa frase pelo menos uma vez na vida — e ela geralmente vem acompanhada da decisão de se gastar dinheiro numa atitude impulsiva — mas essa é outra grande mentira sobre finanças.
No entanto, a influenciadora alerta que quando o assunto é dinheiro, é importante pensar no longo prazo. Se é verdade que não é preciso ter muito dinheiro para começar a investir, também é correto dizer que é preciso investir para se ter muito dinheiro.
Logo, objetivos que demandam tempo, como viagens, casamento e até aposentadoria precisam de longo planejamento financeiro – e podem ficar mais fáceis quando se investe.
5. Quinta mentira: o meu dinheiro é problema meu
Não é vergonha nenhuma precisar de ajuda para organizar suas finanças pessoais. Existem vários profissionais no mercado que podem te auxiliar em várias questões, seja para ajustar seu orçamento — caso do planejador financeiro — ou para guiar seus investimentos — como o consultor de valores mobiliários e assessor financeiro.
Contar com ajuda não significa delegar tarefas. Nathalia Arcuri lembra que, mesmo com um profissional contratado, é muito importante acompanhar suas finanças e ser o protagonista das suas decisões.
6. Sexta mentira: é difícil ganhar dinheiro no Brasil
O Brasil está repleto de oportunidades de crescimento. É esse o pensamento de Nathalia, que também reconhece que tais oportunidades envolvem a diminuição da desigualdade social e a aplicação de pautas sustentáveis.
Portanto, mesmo com alguns desafios, o Brasil tem grande potencial para investidores. Prova disso é o número crescente de contas de pessoas físicas registradas na bolsa de valores. Na prática, isso significa mais empresas de capital aberto recebendo recursos e, do lado de investidores, fontes de renda vindas da rotina de aplicações.
7. Sétima mentira: escola é lugar de educação financeira
É um equívoco pensar que só a escola deve ser responsável pelos ensinamentos de conceitos financeiros a crianças e adolescentes. Segundo a educadora Cássia D’Aquino, a principal influência que as crianças recebem em relação a dinheiro vem sempre dos pais.
D’Aquino reconhece que a escola pode ter alguma participação na disciplina financeira, já que as crianças estão passando cada vez mais tempo nesse espaço. Porém, a recomendação é que escola e pais trabalhem em conjunto, por exemplo, numa rodada de conversa sobre o tema e que envolva pais, filhos e professores.
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