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Como as finanças descentralizadas estão mudando a economia

Inovação do DeFi traz benefícios ao mercado, mas precisa de regulamentação para evolução completa

Tela com gráficos de investimentos. Foto: Adobe Stock
Várias economias do mundo estão debruçadas sobre o assunto com o objetivo de tornar as novidades mais acessíveis e seguras. Foto: Adobe Stock

A tecnologia tem sido uma importante aliada de diversos setores da economia e não é diferente no mercado de capitais, que passa por uma grande transformação com a chegada das finanças descentralizadas, ou Defi, que reúne várias categorias de mercados e ativos.

“Tem bitcoin, a primeira cripto a nascer em 2001, os NFTs do mercado artístico, outras classes de ativos e, por isso, fala em tokenização e mais recentemente a onda de moedas digitais dos bancos centrais. Juntando tudo isso é o que temos neste pacote de finanças descentralizadas”, explica Courtnay Guimarães, diretor da prática de estratégia para negócios digitais, cientista-chefe de Metaeconomia e Blockchain da Avanade Brasil.

Toda essa inovação deve trazer benefícios para o mercado como um todo, no entanto, ainda há necessidade de se definir como será a regulação deste segmento. Várias economias do mundo estão debruçadas sobre esse assunto com o objetivo de tornar essas novidades mais acessíveis e seguras. Enquanto a regulação não ocorre, a autorregulação tem tido o papel de suprir essa lacuna.

Desde 2013 teve muita inovação no setor chegando hoje à possibilidade de usar NFT para tokenizar ativo não financeiro, por exemplo. “O desafio é que tudo está acontecendo em um sistema público aberto. Para o institucional, pode ter problemas legais graves. O futuro precisa criar um ecossistema paralelo permissionado para o participante ter tranquilidade com a regulação local”, avalia Alex Buelau, CTO e co-Fundador da Parfin.

+ Para saber mais sobre a criptoeconomia, confira o vídeo preparado pela B3.

Risco menor

Entre as vantagens para o sistema financeiro com a adoção dessas novas tecnologias, especialistas destacam a democratização dos investimentos.

“A possibilidade de comprar uma fração de um imóvel em Nova York ou de um centavo em Petrobras tudo no mesmo recinto vai facilitar muito e romper com a nossa arquitetura financeira”, considera Nicole Dyskant, diretora global jurídica da Hashdex.

Além disso, vai contribuir para reduzir o custo para a indústria financeira e a tendência é que o setor reinvista esse capital na economia. “Vai reduzir risco e ao reinvestir vai conseguir aumentar retorno deste capital, com benefícios reais para a economia”, afirma Gonçalo Lima, líder de mercados de capitais e ativos digitais da R3.

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