5 mitos e verdades sobre o Day Trade
É preciso de muito dinheiro para operar? O day trade é arriscado? Confira perguntas e respostas
A oferta de cursos e o número de influenciadores falando sobre Day Trade tem aumentado, mas o tema ainda gera diversas dúvidas entre os investidores. A promessa de ganhos rápidos pode atrair a atenção de muita gente, mas é preciso entender os riscos antes de começar a operar. Confira 5 mitos e verdades sobre esse tipo de operação.
#1: Day trade te faz ficar rico rápido
Mito.
Pensar isso é natural, mas não condiz com a realidade, diz Luis Pardal, gestor da PRX Capital e professor da B3 Educacional e da Saint Paul. “É humano que as pessoas queiram ganhar muito dinheiro rápido. Ninguém quer plantar uma árvore para colher fruta daqui a dez ano. Mas não funciona assim”, diz.
“A bolsa e o mercado não caminham em linha reta. Você tem a expectativa e tem o emocional, as pessoas podem se enganar na hora de comprar e vender, tomam decisões sob pressão”, diz. Na verdade, quem opera no day trade costuma ter dias de ganhos e dias de perdas. O objetivo não é não perder nunca, mas ganhar mais do que perder – o que nem sempre é fácil.
#2: É preciso muito dinheiro para investir
Mito.
“Quando se fala em mercados futuros, é possível fazer operações sem a necessidade de muito capital”, explica o professor. “O tamanho de um contrato de mini dólar, por exemplo, é em torno de R$ 60 mil. É preciso colocar algo entre 10% a 13% como margem de garantia e mais um capital reservado para efeito de ajuste. No total, você reserva algo com R$ 15 mil para fazer uma operação de R$ 60 mil”, explica. O mesmo acontece nos mini contratos futuros de Ibovespa, em que o investidor aloca em torno de R$ 6 mil e tem um efeito de operar um contrato de R$ 24 mil.
Isso significa que você, mesmo desembolsando menos, tem o efeito de operar um contrato maior. Isso amplifica os seus ganhos, mas também as perdas. É muito importante que o investidor entenda os riscos e o conceito da alavancagem e da margem de garantia antes de começar a operar, para não ser pego de surpresa. O que nos leva ao terceiro ponto…
#3: Operar no day trade é arriscado
Verdade.
Com as oscilações do mercado, o preço de um ativo pode rapidamente ir contra a sua posição, te levando a ter prejuízo. Mas há formas de mitigar os riscos, configurando níveis de stop loss e stop gain, que permitem ao investidor determinar o máximo de perda e de ganho de cada operação. Outra vantagem de configurar esses parâmetros é que a compra ou venda do ativo são feitos automaticamente, reduzindo a chance de o investidor tomar decisões precipitadas no calor do momento. Mas sempre há riscos.
Gerenciamento de risco no Day Trade: técnicas para proteger seu capital
#4: É preciso estudar antes de começar a operar no day trade
Verdade.
Antes de entrar no mundo do day trade, é importante entender os riscos e a complexidade das operações. Por isso, é necessário estudar as técnicas e formas de operar, aprender a ler e interpretar os diferentes gráficos disponíveis.
E além de dominar a técnica, os investidores precisam também testar lado emocional. É preciso ter estômago e frieza para se manter racional diante de grandes variações no mercado. Uma forma de minimizar erros e ganhar experiência antes de colocar dinheiro real na mesa é através de simuladores de day trade. Essas plataformas replicam as condições do mercado ao vivo, permitindo que os traders testem estratégias, entendam o funcionamento das operações e se acostumem com a volatilidade sem arriscar seu capital.
No modo day trade do Hub3, por exemplo, o investidor recebe R$ 100 mil fictícios para criar uma carteira tanto de longo prazo quanto para operações diárias. Isso possibilita testar estratégias e preparar-se antes de operar com dinheiro real.
#5: Análise técnica só serve para day trade
Mito.
Se você se interessou pela análise técnica dos preços dos ativos, mas acha que não tem perfil para o day trade, saiba que é possível usar essa estratégia também para operar no longo prazo. “Essa é uma das ferramentas com que eu trabalho, e eu olho para o longo prazo”, diz o professor.
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