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Vai investir em renda fixa? Faça o teste e descubra a melhor opção

Especialistas ouvidos pelo Bora Investir explicam como identificar as melhores oportunidades de investimentos em renda fixa diante dos seus objetivos

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Em meio a tantas opções, o investidor deve se manter atento aos seus objetivos e limitações para fazer a melhor escolha. Foto: Pixabay

A renda fixa tem ficado cada dia mais atraente. Tanto pela maior conscientização de que é necessário proteger patrimônio e assegurar investimentos, quanto pela rentabilidade desse tipo de aplicação que, normalmente, é atrelada à taxa básica de juros do Brasil, a Selic. Hoje, os juros referenciais estão na casa dos 13,75%.

É por isso que todos os investidores precisam ter uma parcela de suas carteiras em renda fixa, à despeito da experiência ou do apetite de risco de quem investe. Os objetivos da posse destes ativos, entretanto, vão mudar.

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Quem está começando, vai procurar rentabilidades modestas e certeiras. Quem é mais experiente, pode estar atrás de uma certa segurança mediante outros ativos mais voláteis. E, é claro, tem aqueles que estão poupando em vez de investir, à espera de uma oportunidade de negócio ou se precavendo para um imprevisto. 

“A renda fixa deve priorizar a segurança frente à rentabilidade. Mesmo em momentos econômicos de altas taxas como vivemos agora, esse tipo de investimento tem a função principal de trazer maior tranquilidade e previsibilidade para o investidor”, diz Lucas Rufino, CEO e Fundador da Simpla Invest.

Assim, o Bora Investir selecionou as cinco perguntas essenciais que todo investidor deve responder antes de iniciar uma nova posição em renda fixa. Confira!

1 – Quanto você tem disponível para investir em renda fixa?

Existem produtos de renda fixa bem baratos e que permitem investir com quantias menores. Um deles é o Tesouro Direto, que permite aporte a partir de R$ 30,00. Outros, como CDBs e LCIs, exigem uma cota mínima de investimento um tanto maior, como R$ 1.000, R$ 5 mil ou, até mesmo, R$ 10 mil. 

Por isso, a primeira pergunta a se fazer é: quanto se tem disponível para investir e buscar as melhores opções? Segundo Carlos Castro, CEO da SuperRico, a grande maioria dos brasileiros sequer poupa dinheiro – quem dirá, investe. Por isso, ele aconselha que antes de tudo, o investidor crie o hábito de “fazer sobrar dinheiro”. 

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“A caderneta de poupança não é um investimento. No máximo, é uma conta remunerada. Mesmo assim, ela pode ser o primeiro passo para quem não consegue guardar dinheiro e ainda está longe de investir. É melhor começar por esse passo mais simples”, afirma.

2 – Por quanto tempo você quer manter o investimento?

A maioria dos produtos de renda fixa possuem um prazo mínimo de investimento. Mesmo aqueles que não o tem podem sofrer certa volatilidade devido a marcação a mercado caso venham a ser resgatados antes do vencimento. 

Dependendo do ativo, é possível abrir mão de liquidez imediata se o objetivo do investimento for de longo prazo.

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“Portanto, é preciso avaliar qual o prazo do investimento. Quer um investimento com liquidez diária? Ou o objetivo é uma viagem daqui um ou dois anos? Isso vai direcionar melhor qual produto procurar”, aconselha Rufino, da Simpla.

3 – Você já tem suas reservas em renda fixa?

Ao investir, a reserva de emergência vai oferecer uma segurança perante os riscos latentes da vida e amenizar os impactos financeiros dos imprevistos. Com a provisão média de 6 a 12 meses dos gastos mensais do investidor, a reserva de emergência é prioritária na construção de qualquer estratégia financeira. Se você não possui uma, é bom começar a correr

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Além de urgências, as reservas também podem ser utilizadas para oportunidades – tanto no mercado financeiro quanto na economia real. 

O objetivo dessas reservas não é ter rentabilidade, mas disponibilidade – visto que os recursos serão utilizados para momentos espontâneos. “Nesses casos, como você vai precisar de ativo líquido, que tenha resgate imediato, vai acabar abrindo mão de taxas maiores de retorno ao longo do tempo”, explica Castro, da Super Rico.

4 – Aplicar em títulos diretamente ou colocar o valor em fundos?

Essa resposta depende da quantia em reserva e da capacidade de diversificação, afirma Castro: “quando você tem menos recursos, os fundos podem ser importantes em termos de diversificação já que você está terceirizando essa gestão para profissionais, afinal”.

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Quando se investe em títulos, o valor dos papéis pode limitar a variedade de emissores. Ainda assim, esta modalidade é livre de taxas de corretagem e administração, como ocorre nos fundos. Nesse sentido, Castro afirma que as duas opções não são excludentes – é possível balanceá-las conforme a disponibilidade do investidor.

5 – Qual a saúde financeira da instituição?

Por último, é necessário avaliar com cuidado o banco ou a corretora que está oferecendo o produto. Isso porque existem muitos players sérios e estáveis no mercado, assim como outros menos comprometidos com seus clientes ou com contas mais inseguras. Além, é claro, dos golpistas. 

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“Mesmo para produtos que possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como CDBs, LCIs e LCAs, analisar o risco de crédito é essencial para evitar dor de cabeça nos seus investimentos. E isso é ainda mais relevante para títulos de crédito privado, como debêntures. Busque analisar o grau de endividamento da instituição, suas classificações de rating, seus lucros e perfil da dívida “, conclui o CEO da Simpla.

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