Debêntures isentas de IR impulsionam financiamento privado em infraestrutura
As debêntures de infraestrutura, isentas de Imposto de Renda, tiveram papel importante para evolução do financiamento do setor
Por Marília Almeida
![Conferência P3C Painel da Conferência PPPs e Concessões, promovida pela platafoma P3C e a B3. Foto: Necta](https://cdn.borainvestir.b3.com.br/2023/02/28162957/p3c-dia02.jpg.webp)
Desde que o BNDES tirou o pé do financiamento de grandes empresas para se concentrar em companhias de menor porte, o setor privado tomou a dianteira no financiamento de projetos de infraestrutura.
É o que apontou Cristiano Cury, coordenador de emissões de renda fixa da Anbima, em um debate sobre a necessidade de capital privado para o setor de infraestrutura. A apresentação foi exibida em um dos painéis da Conferência PPPs e Concessões, promovida pela plataforma P3C com coparticipação da Bolsa de Valores do Brasil, a B3.
As debêntures incentivadas de infraestrutura, que são isentas de Imposto de Renda, tiveram papel importante para a evolução desse financiamento. Isso porque oferecem prazos maiores do que as debêntures simples, necessários para o desenvolvimento de projetos do setor. Enquanto as debêntures simples têm vencimento de 5 anos, em média, as de infraestrutura têm prazo médio de 12 anos.
A liquidez do investimento também vem melhorando: o volume de debêntures negociadas no mercado secundário cresce ano contra ano, segundo dados da Anbima. As aplicações estão concentradas em setores com maior previsibilidade de caixa, como energia, transporte e logística, telecomunicações, saneamento e mobilidade urbana.
+Afinal, qual é o risco do crédito privado?
Cury, contudo, ressalta que o setor continuará precisando do BNDES, ainda que tenha diminuído a dependência dessa fonte de financiamento. “Não faltam projetos para construir no país”. A experiência do banco financiador também pode ajudar na criação de garantias.
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